Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 1

Resumo de 1: Caminho Traçado - Uma babá na fazenda

Resumo do capítulo 1 do livro Caminho Traçado - Uma babá na fazenda de Célia Oliveira

Descubra os acontecimentos mais importantes de 1, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Caminho Traçado - Uma babá na fazenda. Com a escrita envolvente de Célia Oliveira, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Já passavam das dezoito horas, quando minha mãe chegou de frente portão de casa gritando.

— Aurora, Aurora! — Apareci mais que depressa, ela carregava diversas sacolas em mãos. — Anda logo menina burra, não ver que está pesado?

Minha mãe estava com a cara de péssimo humor, como sempre, Sandro devia ter feito ou falado algo que não tenha gostado, e com certeza no final de tudo, ela iria descontar em mim sua frustração.

— Estas são as compras do mês, arrume tudo no devido lugar, sabe que o Sandro odeia bagunça, e mais uma coisa! Não pegue nada sem permissão, quando tiver fome, me avisa que separo algo para você.

— Nossa! Não posso pegar algo sozinha para comer em minha própria casa.

— Cala a boca menina, ou quebro seus dentes, por conta dessas suas piadinhas, sabe que aqui nestas compras não tem um centavo seu, você não ajuda em nada nesta casa.

— Eu quero trabalhar, mais acabo tendo que olhar a Alice para você.

De repente, só sinto um tapa no meio do rosto. As garras de minha mãe já estavam soltas.

— Você não. SENHORA! Acha que está falando com suas amiguinhas da rua? Estou cansada de sua desconsideração, eu sou sua mãe, se quiser viver aqui dentro desta casa, vai ter que aprender como se trata os mais velhos, e colocar esse rabinho entre as pernas.

— E para onde eu iria? — Falo entre o choro, já era o segundo tapa na cara que recebia esta semana. — Só tenho a senhora neste mundo, e mesmo assim, é como se não tivesse, depois que a senhora se juntou com o Sandro, só me maltrata e o pior deixa ele fazer o mesmo!

Já fazia quatro anos que meu pai havia morrido, um ano depois, minha mãe arrumou um novo namorado, com dois meses, já estavam morando juntos, pois ela havia engravidado da Alice, minha irmã, quem eu tomo conta para que eles trabalhem fora. Depois que nos mudamos para a casa dele, ele nunca mais foi com a minha cara, não trocava palavras comigo, apenas quando iria reclamar de algo que sumiu da geladeira, ou me dar ordens para arrumar as coisas, quando algo estava fora do lugar na casa, minha mãe é cega por ele, de amor e de ciúmes, acho que por isso ela me trata assim.

Acho não! Tenho certeza, tanto que, quando é dia de folga dele, ela me põe para ficar fora de casa o dia inteiro, só posso voltar quando ela chega do trabalho.

— Está achando ruim? Se é ele que coloca tudo dentro desta casa, você deveria era ajoelhar todos os dias aos pés dele e agradecer. Agora para esse seu showzinho, ou vou perder o resto da paciência que tenho com você, vai dar banho na Alice agora, pois nós vamos sair.

— Para onde iremos?

— Você não, só nós mesmo, esqueceu que a casa está uma bagunça? Aproveita que não estaremos por aqui e dá uma lavada no chão! — Era sempre assim, eles saiam um dia antes da folga do Sandro, nunca me levavam, e de brinde me faziam de gata-borralheira — E não esquece que amanhã é dia de você sair, Sandro vai ficar olhando a Alice e você pode aproveitar o seu dia.

— Claro, esqueceu que amanhã é meu dia de folga? — Ironizei.

— Estou tão triste que não estaremos mais juntas, queria tanto que continuássemos unidas na faculdade.

— Nem me fala nada, pois meu coração está partido, mas estou feliz por você, será uma ótima cardiologista.

— Eu sinto tanto por você amiga, quando você fizer seus dezoito, espero que não fique nem mais um dia por aí.

— E não ficarei, só faltam dois meses. E o que são dois meses perto de todos esses anos que passei?

— Para onde você vai?

— Ainda não faço ideia, mas pretendo ir para uma cidade bem distante, não sei como serão as coisas, mas do jeito que está por aqui, qualquer lugar vai ser melhor que esse.

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