Casada com a Fera romance Capítulo 12

Eu achei que meus piores dias tinham ficado para trás, naquela casa maldita, mas pelo jeito eles só estavam começando. Desde que cheguei aqui não tive nenhum dia de paz e Patrick era o responsável por isso.

Holly me encarava de forma engraçada, quase como se ela soubesse de algo que eu ainda não havia me dado conta. Bem, se ela sabia de algo que podia me animar essa era a hora de contar, porque eu estava me sentindo horrível.

— Olha só pra você, mesmo depois de ontem ainda continua durona. — John falou sorrindo entrando junto com o médico enquanto Holly colocava a bandeja do meu lado na cama.

Eu queria poder enfiar minha cabeça na terra, ainda não conseguia acreditar que tinha mesmo pedido pra ele tirar minha virgindade.

— Você tem que comer querida, já basta o dia de fome ontem! — Holly parecia decidida a me ver comer, pois empurrou um prato em minha mão e se sentou ao meu lado.

— Desculpa por ontem, aquilo nunca deveria ter acontecido com você. Se eu não tivesse sido tão estupido em destrancar as porta...

— Nem começa, por favor. Se tem alguém aqui que deve pedir desculpas sou eu. — Suspirei bebericando o café, antes de continuar. — Tudo o que eu fiz foi ridículo, eu estava bêbada e não vai se repetir de novo. E também espero que o que aconteceu fique entre nós.

Os dois trocaram um olhar, Holly arregalou levemente os olhos e John coçou a nuca de forma nervosa, antes de se virar para mim com um sorriso amarelo estampado no rosto.

— Tarde de mais querida. Todo mundo já sabe. — aí meu Deus, não podia ser. — Em minha defesa eu precisava contar ao Patrick, ele nunca acreditaria que você saiu correndo do carro sem algo ter aconrecido.

— O Patrick sabe? — eu quase gritei, mas o incomodo em minha garganta me impediu.

— Claro que sabe Sophie! — Holly respondeu antes que John pudesse abrir a boca. — Patrick é seu marido, quem você acha que chamou a cavalaria pra te encontrar? Quem tirou o médico da cama no meio da madrugada para que te esperasse chegar?

Eu olhei para o homem parado perto de John e parecendo confuso.

— Cavalaria? — questionei ainda atordoada com o que Holly tinha dito.

— Sim, Patrick chamou um amigo dele que é dono de uma empresa de segurança e o fez trazer os homens dele no meio da noite. — John parecia animado de mais quando começou a contar, até se sentou na cama ao meu lado continuando a tagarelar. — Todos nós entramos na mata, com binóculos de visão noturna, chamando seu nome. Patrick estava mesmo preocupado com você, nunca o vi daquele jeito.

O silêncio me tomou, eu não tinha palavras pra tudo aquilo, não sabia nem mesmo por onde começar a perguntar.

Se Patrick estava mesmo preocupado comigo porque não disse nada essa manhã? Ele moveu todo um grupo para me encontrar e entrou na mata atrás de mim, mas hoje já começou a me chamar de interesseira. Eu não conseguia entender aquele homem, qual era o problema dele?

— Está bom John, já chega! Sai daí e deixa o doutor examinar a menina, ela não está parecendo muito bem.

Ele fez exatamente o que Holly mandou, mas enquanto o doutor me examinava tudo o que eu conseguia pensar era: o que tinha passado pela cabeça de Patrick quando John lhe contou o que eu pedi.

Uma batida na porta fez os dois homens se afastarem rapidamente de mim, quase como se temessem que Patrick entrasse e desse um show por vê-los perto de mais.

Mas ao invés do brutamontes ranzinza entrar, Audrey colocou a cabeça para dentro me surpreendendo.

O que ela estava fazendo aqui? Eu ia ter algum dia normal naquela casa?

— Ouvi dizer que tinha alguém doente aqui. — ela foi entrando com o sorriso largo no rosto. — Como você está menino? — ela cumprimentou John com um abraço e ele logo saiu do quarto junto com o médico. Então ela se virou para Holly, abraçando forte a mulher, como se fossem velhas conhecidas. — Como você está? E nosso garoto continua aprontando, não é?

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