Casada com a Fera romance Capítulo 42

Eu não queria deixar Patrick, especialmente nessas circunstâncias, mas dessa vez o problema não era entre nós dois, não estávamos nos afastando porque queríamos, mas sim porque estávamos sendo forçados a ficar longe um do outro, tudo por culpa daquela maldita mulher que não sabia deixar as pessoas a sua volta serem felizes.

Quando eu ouvi o que ela pediu a Patrick e o que fez ao filhotinho eu soube que ela não iria parar até ter o que queria. Mas ela estava muito enganada se achava que eu iria entregar meu marido de mão beijada a ela!

Ela tinha jogado Patrick em um poço fundo e escuro, o abandonado lá com o coração partido. Quando eu cheguei nessa casa Patrick não era nada além de uma pessoa machucada e amargurada com a vida, um homem que não acreditava mais no amor. Eu gosto de pensar que o meu amor, minha insistência e até mesmo minhas brigas com ele, o trouxeram de volta a luz, mostraram para ele o que o amor de verdade é. E agora com nossos filhos eu sentia que Patrick finalmente estava se perdoando pelo que deixou acontecer no passado.

Então não tinha a menor chance que eu fosse aceitar qualquer coisa que aquela mulher tivesse enfiado naquela cabeça fodida dela. Emily ia ter o que merecia, anos dentro de uma cadeia!

John me levou até a casa de Alejandro, eu estava levando os filhotinhos comigo, não ia correr o risco que algo acontecesse com aqueles dois.

E eu já sabia que tinham encontrado o desgraçado infiltrado na nossa casa, o motorista dos pais de Patrick infelizmente tinham se juntando com a desgraçada, mas continuaria na nossa casa só para podermos vigiá-lo de perto.

Mas eu estava começando a desconfiar que ele não seria o único, meu primo tinha sumido do mapa mesmo que eu acreditasse que a essa altura ele estaria processando Patrick por agressão, mas o único que estava processando era o infeliz do meu tio. Ele ainda parecia determinado a conseguir tirar mais dinheiro de Patrick, pelo absurdo que ele causou no dia do baile.

— Vamos dar um jeito em tudo, você vai ver. — foram as primeiras palavras de John desde que saímos de casa. — Você e Patrick nasceram pra ficarem juntos e ninguém vai destruir isso.

Não consegui controlar o sorriso que brotou no meus lábios. Quando sai daquele inferno de casa eu não tinha ideia do que me esperava, mas foi Rosa que me influênciou a manter a mente positiva, a fazer isso funcionar e olhando agora com certeza tinha funcionado e muito bem, precisava agradecer a ela por não me deixar desistir.

— Vai sim, John. Vamos ser uma grande família feliz e unida, ela não vai conseguir destruir isso. — essa era uma promessa que eu fazia, nem ela, ou minha antiga família seria capaz de destruir minha felicidade mais, eu tinha jurado isso.

— Chegamos! E parece que seu amigo já estava a nossa espera. — olhei para fora quando John disse isso e dei de cara com Alejandro no portão da casa com uma cara preocupada.

Desci do carro e rapidamente ele estava do meu lado, pegando um dos filhotes do meu colo e minha bolsa. Rosa surgiu na porta sorrindo largo como sempre fazia e eu tinha certeza que ela estava mais do que empolgada em ficar perto dos meus filhos, já que tinha comemorado tanto no telefone quando lhe dei a notícia.

— Como foi a viagem? Vamos entrar rápido. — Ale quase me puxou para dentro da casa enquanto John ia embora.

— Ele falou com você, não foi? Patrick te ligou? — o questionei, porque aquela era a única explicação para ele estar agindo daquela maneira preocupada comigo ali ao ar livre.

— Oi minha filha! — Rosa exclamou interrompendo qualquer coisa que Alejandro estivesse pronto para dizer. — Pensei que só ia ver você quando tivesse com um barrigão, sua ingrata!

— Oi Rosa. — me joguei nos braços dela me aconchegando contra ela. — Seus netos estão bem e não acho que vá demorar para eu estar com uma barriga enorme.

Ela me empurrou encarando meu rosto com os olhos ficando cheios de lágrimas.

— Do que está falando menina? — a voz dela fraca me mostrou o quanto ficou comovida com o que eu falei.

— O que? Achou que não seria a avó dos meus filhos? Você foi a única pessoa que me tratou como família, como uma mãe, então acho bom ir se acostumando a ser chamada de vovó. — ela me puxou com força me abraçando de novo e quase me fazendo chorar também com todo aquele amor.

— Acho bom as duas choronas entrarem em casa logo. — Alejandro nos lembrou do perigo a minha volta.

A última coisa que eu realmente queria era trazer problemas até eles, mas eram as únicas pessoas que eu podia contar naquele momento, enquanto aquela maluca estivesse com os dois olhos grudados na família Carter, eu tinha que manter as aparências. Para todos os efeitos eu tinha brigado com Patrick e saído da casa.

— O que ele te contou afinal? Ele nem deveria ter ligado pra você, isso poderia colocar tudo a perder.

— Seu marido foi esperto, está usando um telefone que não pode ser rastreado, ele deixou o número e me pediu para avisar que você pode ligar qualquer hora que quiser. — Alejandro me contou sentando no chão a minha frente e começando a brincar com um dos filhotes, não tinha como não se apaixonar por eles. — Ele me mandou proteger você com minha vida e ficar longe ao mesmo tempo.

— Só o Patrick mesmo pra dizer algo assim! — eu e Rosa rimos de mais, porque nós sabíamos bem como era aquele homem grosso do começo do nosso casamento.

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