Casada em Segredo com o Herdeiro romance Capítulo 130

Edward permaneceu ao lado do sofá, observando Robin com uma expressão séria enquanto tocava sua testa. Como temia, ela estava com febre alta.

Sentindo-se fraca e desconfortável, Robin se aproximou instintivamente ao sentir o toque fresco em sua pele, buscando mais daquele alívio.

— Robin, acorde — disse Edward, acariciando seus cabelos úmidos. — Você está com febre. Precisa levantar e ir ao hospital.

Ela agarrou sua mão com pouca força, murmurando de forma incoerente, mas ele conseguiu entender o essencial.

— Acabei de sair... não quero voltar...

Edward estreitou os olhos.

— Você acabou de receber alta, e agora está aqui, deitada na sala com as janelas escancaradas. Está tentando se matar?

Ela nem sequer estava coberta, completamente vulnerável.

Robin se mexeu levemente, mas não abriu os olhos.

Edward suspirou e, com cuidado, a pegou no colo. Lembrou-se, no entanto, de que o quarto de hóspedes estava vazio — ele havia removido todos os móveis na intenção de cortar laços após sua partida. Nem cama havia restado.

Com o semblante fechado, levou Robin para o quarto principal, a deitou suavemente na cama e a cobriu.

Em seguida, pegou o telefone e ligou para Cyril.

— É urgente. Qual remédio é melhor para baixar a febre? — perguntou, seco. — Não é pra mim. É pra Robin.

Do outro lado da linha, Cyril soou provocador:

— Robin? Achei que vocês estavam prestes a se divorciar. Por que ainda está cuidando dela?

— Quem te contou isso? — Edward rebateu, irritado.

Cyril, relaxado em uma cama de hospital ao lado de Zelene, que mordia uma maçã, respondeu evasivamente:

— Confie em mim, você não quer saber.

Revirando a caixa de remédios da sala, Edward rosnou:

— Chega de papo furado. Só diga o que ela precisa. Ela se recusa a ir ao hospital.

Cyril ficou surpreso. Era incomum ver Edward se preocupando tanto com alguém, ainda mais indo contra seus próprios hábitos — afinal, ele só pisava em hospitais quando era estritamente necessário.

— Edward, acho que você está esquecendo algo — disse Cyril, cauteloso. — Eu sou cirurgião. Não sou especializado em tratar resfriados.

— Então ache alguém que seja e me avise em cinco minutos — retrucou Edward com firmeza.

Irritado, Cyril resmungou algumas palavras baixas, mas cumpriu a tarefa. Após reunir informações com outros médicos, enviou uma resposta detalhada a Edward — que, como esperado, não respondeu.

De volta ao hospital, Zelene notou Cyril retornando e perguntou:

— Ouvi você falar da Robin. O que houve? Quem está cuidando dela?

A expressão de Cyril suavizou.

— Sim, ela está com febre. Edward está com ela. Me ligou perguntando sobre remédio.

Zelene refletiu por um instante.

— Aquele demônio... digo, o Sr. Dunn... está cuidando dela pessoalmente? Nunca imaginei.

Ela sempre achou que um homem como ele deixaria uma esposa doente nas mãos das empregadas, mas claramente havia se enganado.

— Claro, ele é meu amigo — respondeu Cyril, orgulhoso.

Zelene arqueou as sobrancelhas, divertida.

— Está se elogiando ou elogiando ele? Você é tão convencido.

— Convencido? Eu? — Cyril respondeu, confuso. — Ainda está brava por causa do incidente com a sua... você sabe.

Zelene ficou vermelha como um tomate. Agarrando um travesseiro, atirou contra ele.

— Saia daqui! Não quero te ver hoje!

Cyril pegou o travesseiro com facilidade e comentou:

— Vai ser difícil evitar. Você tem um check-up hoje à noite.

Ele desviou o olhar para a almofada decorada, intrigado com o desenho peculiar do personagem favorito dela. Pensou consigo mesmo que o gosto de Zelene era, no mínimo, excêntrico.

No apartamento, após Robin tomar o remédio, sua febre começou a ceder. Ela adormeceu profundamente, embora ainda chutasse os cobertores por causa do calor excessivo em seu corpo.

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