Casada em Segredo com o Herdeiro romance Capítulo 99

Naquele instante, Edward voltou o olhar para Robin e perguntou:

— Em que está pensando?

— Em nada — ela respondeu, voltando à realidade e caminhando em sua direção. — O que é essa árvore?

— Presente do Cyril — respondeu ele, com naturalidade. — Ele quis entrar no clima natalino. Foi até a montanha com o Adrian em busca de um abeto e trouxe este pra mim.

Na verdade, Cyril e Adrian haviam ido até o resort de águas termais do Grupo Dunn com a intenção de “pegar emprestado” algumas árvores, mas foram flagrados pelos homens de Edward, que estavam lá justamente para transplantá-las.

No fim, ficaram com a tarefa de trazer uma delas.

Mas não havia motivo para contar todos os detalhes a Robin.

— Mas, Sr. Dunn — comentou ela —, árvores de Natal geralmente são menores, colocadas dentro de casa, bem decoradas. Essa aqui está meio... grande, não acha?

A árvore tinha facilmente uns três metros de altura.

Edward arqueou ligeiramente a sobrancelha.

— Você quer dizer aquelas versões baratas e descartáveis, trocadas todo ano e difíceis até de jogar fora? Isso aqui é diferente.

Robin quase riu ao ouvir a descrição dele.

Então, algo a incomodou.

— Mas está tudo certo em plantar uma árvore dessas no quintal? O dono da casa não vai se incomodar?

Edward hesitou um segundo antes de responder:

— Os inquilinos podem usar o pátio à vontade.

— Estranho... Já moro aqui há um tempo e nunca vi outro morador. Somos os únicos neste prédio?

Ela havia acertado em cheio.

O edifício inteiro pertencia a Edward, e por isso mesmo, não havia outros inquilinos.

— Não sei dizer. Não reparei — respondeu ele com indiferença. — Se estiver curiosa, pode bater nas portas e investigar.

— Acho melhor deixar quieto. Vai ver eu só não dei de cara com ninguém ainda.

Robin olhou para a árvore ainda sem decoração, sentindo uma certa inquietação.

— Posso enfeitá-la?

— Faça como quiser — disse ele, desinteressado. — Isso não é algo que me empolgue.

— Ótimo! Mas você vai ter que me ajudar com a escada depois, hein?

— Claro.

Ao ouvir a resposta, seus olhos brilharam, embora sua mente ainda estivesse tomada por dúvidas.

Robin sentiu um aperto no peito, mas afastou o pensamento, acompanhando Edward de volta ao apartamento.

Na entrada, havia uma conta de água e luz afixada na parede. Robin a pegou e exclamou:

— Esta conta passou do nosso orçamento! Sr. Dunn, acho melhor reduzirmos o uso dos dispositivos inteligentes da casa.

Edward abriu a geladeira, pegou uma garrafa de água e perguntou com tranquilidade:

— Quanto?

Ela informou o valor.

Para ele, parecia algo trivial.

Mas, se convertido na quantidade de algodão doce que Robin consumia... ou nos lanches que ela comprava...

Influenciado pelos hábitos recentes de economia doméstica, Edward ponderou e sugeriu:

— Use menos a máquina de irrigação. Suas ervas consomem muita energia.

— Minhas plantas não precisam ser regadas o dia inteiro! O vilão da conta é o aquecedor do quarto!

— Com esse frio, quer congelar sem ele?

— Então, o que sugere?

No fim, os dois se sentaram no tapete diante do sofá e passaram um bom tempo discutindo quais aparelhos poderiam ser usados.

Robin queria manter a máquina de regar.

Edward insistia no aquecedor.

Concordaram em cortar o uso de outros equipamentos para evitar outra conta absurda.

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