Edineide Santos da Rosa
(Meses depois)
— Ulisses...
— Oi amor...
— Acordei com uma sensação estranha, sabe? — sentei na cama e olhei para ele que ainda estava meio sonolento.
— Que tipo de sensação?
— Não sei, estou com medo de ir naquele bosque que a gente combinou ontem, sinto que o bebê vai nascer logo, a minha barriga abaixou muito. — ele ergueu a coberta e olhou para a minha barriga, moveu a cabeça de um lado e para o outro.
— Pra mim está igual, ainda falta um mês para o Wendel nascer, o médico falou naquele dia, lembra?
— É verdade, não vou me preocupar com isso. Já faz tempo que estou querendo conhecer aquele bosque, e não sinto dores ainda.
— Está bem, então vamos levantar! — ele disse e eu olhei para os lados, a minha barriga já está enorme e tenho dificuldades para fazer as coisas. Ulisses percebeu e segurou na minha mão me ajudando, então foi mais fácil.
— Ai...
— O que foi?
— Senti uma dorzinha na lombar, será que não é um sinal? — ele gargalhou.
— Capaz, é da postura ou o jeito que ficou deitada, fica tranquila! — Concordei com ele, deveria ser, mesmo.
A gente se arrumou e logo estávamos no carro, ele dirigiu por mais uma hora e chegamos no bosque.
— Nossa! Me falaram que era no meio do mato, mas é mais longe do que o que me contaram! — comentei quando adentramos com o carro por ruas estreitas de lá.
— Pois é..., mas é lindo! — Ulisses disse, quando estacionou.
— Ulisses, aqui não é uma vaga, é só um espaço vago no canto, olha a faixa ali do lado, não tem a mesma do lado esquerdo! — comentei quando descemos.
— Há, mas está vazio, é quase impossível alguém trancar a gente aqui! — disse observando a vaga.
— Bom, se você diz... a Islanne já chegou, vamos logo!
Ulisses segurou na minha mão e começamos a caminhar. O local de encontro parecia mais longe, agora.
— Nossa, eu acho que estou mal acostumada em caminhar, parece que começou a doer tudo! — comentei.
— É logo ali em cima, deve ser cansaço...
— Ai! — coloquei a mão nas costas ao sentir uma dor diferente que vinha de baixo.
— Eita! O que foi isso?
— Ai, Ulisses! Me deu uma dor forte.
— Já vai passar, estamos chegando! — ele começou a caminhar e a me puxar um pouco, mas a dor voltou com tudo e parei no caminho, apertando forte a mão dele.
— AI, AI, AI, AI, AI!
— Ah, meu Deus! — Islanne quase gritou quando se aproximou. — o seu bebê vai nascer, Edineide! A Luana estava lá com o Igor e as crianças, e a Islanne com o Louis, a barriga dela já estava bem redonda. A dona Olga não veio, parece que tinha outro compromisso.
— Não vai não! O médico disse que é mês que vem! — Ulisses falou na mesma hora.
— Como não, Ulisses? Tá maluco? Se o meu filho quiser nascer ele vai nascer, e pronto! Se puxou a mãe, vai nascer quando bem entender... AIIIIII! MERDA! ACHO QUE PIOROU! — gritei apavorada.
— Edineide! É melhor você ir ao hospital, querem ajuda? — Louis ofereceu.
— Não precisa, a gente chama uma ambulância! — Ulisses falou e eu queria matá-lo. Ajeitei a bolsa na minha mão e ataquei nele.
— QUE AMBULÂNCIA O QUÊ? CORRE SEU TAPADO! OU EU TE MATO SE O MEU WENDEL NASCER NO CAMINHO! — gritei e ele se espertou, veio andando, me chamando com a mão, e eu não sabia se segurava ou andava longe, porque a essa altura eu já estava irritada.
— Eu vou indo na frente, vou tirando o carro! — o infeliz me deixou sozinha no meio do caminho e saiu correndo até o carro, e eu me arrependi até a última gota de ter andado tudo isso para chegar lá, agora estava morrendo de dor e precisando andar tudo de volta.
Parecia que não chegava nunca, eu não via a hora de entrar no carro, e já estava fazendo orações para que o trânsito ajudasse, precisaríamos fazer em menos de uma hora.
Quando consegui chegar até o estacionamento, eu não sabia se queria morrer ou matar o Ulisses... O nosso carro estava preso e muitos outros ficaram atrás, com certeza eu o mataria.
— Me desculpe, Edineide! Eu vou correr lá e chamar o Louis, ou você prefere uma ambulância?
— CALA A BOCA! AMBULÂNCIA O CARAMBA! ATÉ UMA DELAS CHEGAR AQUI, EU JÁ MORRI! O TEU FILHO VAI NASCER, VOCÊ NÃO VÊ! — gritei me aproximando.
— Calma, eu vou chamar o Louis! — estiquei o braço na frente dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casada por acidente com o CEO
Eu amei o Livro, a Edineide vez uma diferença o humor e importante...
Amei a história, fiquei muito chateada com o Igor, mas ele precisava saber que o amor é realmente é a necessidade de estar perto, de sorrir com a pessoa, de faze-la feliz. Amei o final, Luana precisava ser amada, de sentir que ela era realmente especial pra alguém. Eu me senti a própria Luana, mas meu relacionamento não reatou como a personagem, só segui em frente com alguém que me amava....
Esse livro parece ser muito bom e eu realmente quero ler ele então por favor posta mais...