Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 138

Edineide Santos da Rosa

(Meses depois)

— Ulisses...

— Oi amor...

— Acordei com uma sensação estranha, sabe? — sentei na cama e olhei para ele que ainda estava meio sonolento.

— Que tipo de sensação?

— Não sei, estou com medo de ir naquele bosque que a gente combinou ontem, sinto que o bebê vai nascer logo, a minha barriga abaixou muito. — ele ergueu a coberta e olhou para a minha barriga, moveu a cabeça de um lado e para o outro.

— Pra mim está igual, ainda falta um mês para o Wendel nascer, o médico falou naquele dia, lembra?

— É verdade, não vou me preocupar com isso. Já faz tempo que estou querendo conhecer aquele bosque, e não sinto dores ainda.

— Está bem, então vamos levantar! — ele disse e eu olhei para os lados, a minha barriga já está enorme e tenho dificuldades para fazer as coisas. Ulisses percebeu e segurou na minha mão me ajudando, então foi mais fácil.

— Ai...

— O que foi?

— Senti uma dorzinha na lombar, será que não é um sinal? — ele gargalhou.

— Capaz, é da postura ou o jeito que ficou deitada, fica tranquila! — Concordei com ele, deveria ser, mesmo.

A gente se arrumou e logo estávamos no carro, ele dirigiu por mais uma hora e chegamos no bosque.

— Nossa! Me falaram que era no meio do mato, mas é mais longe do que o que me contaram! — comentei quando adentramos com o carro por ruas estreitas de lá.

— Pois é..., mas é lindo! — Ulisses disse, quando estacionou.

— Ulisses, aqui não é uma vaga, é só um espaço vago no canto, olha a faixa ali do lado, não tem a mesma do lado esquerdo! — comentei quando descemos.

— Há, mas está vazio, é quase impossível alguém trancar a gente aqui! — disse observando a vaga.

— Bom, se você diz... a Islanne já chegou, vamos logo!

Ulisses segurou na minha mão e começamos a caminhar. O local de encontro parecia mais longe, agora.

— Nossa, eu acho que estou mal acostumada em caminhar, parece que começou a doer tudo! — comentei.

— É logo ali em cima, deve ser cansaço...

— Ai! — coloquei a mão nas costas ao sentir uma dor diferente que vinha de baixo.

— Eita! O que foi isso?

— Ai, Ulisses! Me deu uma dor forte.

— Já vai passar, estamos chegando! — ele começou a caminhar e a me puxar um pouco, mas a dor voltou com tudo e parei no caminho, apertando forte a mão dele.

— AI, AI, AI, AI, AI!

— Ah, meu Deus! — Islanne quase gritou quando se aproximou. — o seu bebê vai nascer, Edineide! A Luana estava lá com o Igor e as crianças, e a Islanne com o Louis, a barriga dela já estava bem redonda. A dona Olga não veio, parece que tinha outro compromisso.

— Não vai não! O médico disse que é mês que vem! — Ulisses falou na mesma hora.

— Como não, Ulisses? Tá maluco? Se o meu filho quiser nascer ele vai nascer, e pronto! Se puxou a mãe, vai nascer quando bem entender... AIIIIII! MERDA! ACHO QUE PIOROU! — gritei apavorada.

— Edineide! É melhor você ir ao hospital, querem ajuda? — Louis ofereceu.

— Não precisa, a gente chama uma ambulância! — Ulisses falou e eu queria matá-lo. Ajeitei a bolsa na minha mão e ataquei nele.

— QUE AMBULÂNCIA O QUÊ? CORRE SEU TAPADO! OU EU TE MATO SE O MEU WENDEL NASCER NO CAMINHO! — gritei e ele se espertou, veio andando, me chamando com a mão, e eu não sabia se segurava ou andava longe, porque a essa altura eu já estava irritada.

— Eu vou indo na frente, vou tirando o carro! — o infeliz me deixou sozinha no meio do caminho e saiu correndo até o carro, e eu me arrependi até a última gota de ter andado tudo isso para chegar lá, agora estava morrendo de dor e precisando andar tudo de volta.

Parecia que não chegava nunca, eu não via a hora de entrar no carro, e já estava fazendo orações para que o trânsito ajudasse, precisaríamos fazer em menos de uma hora.

Quando consegui chegar até o estacionamento, eu não sabia se queria morrer ou matar o Ulisses... O nosso carro estava preso e muitos outros ficaram atrás, com certeza eu o mataria.

— Me desculpe, Edineide! Eu vou correr lá e chamar o Louis, ou você prefere uma ambulância?

— CALA A BOCA! AMBULÂNCIA O CARAMBA! ATÉ UMA DELAS CHEGAR AQUI, EU JÁ MORRI! O TEU FILHO VAI NASCER, VOCÊ NÃO VÊ! — gritei me aproximando.

— Calma, eu vou chamar o Louis! — estiquei o braço na frente dele.

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