Louis Davis
— Cadê a mamãe? — pergunto mais uma vez para o Andrew, sem acreditar que ele já chama pela mãe, e eu nada...
— Mamama! — morde os lábios e sorri esticando os bracinhos, apontando para a porta.
— Você é muito esperto! Sabe onde a sua mãe está, não sabe?
— Mamama!
— Garoto esperto! Vamos encontrá-la, tá bem? — a essa altura ele já está agarrado nas minhas pernas, aprendeu a andar recentemente e agora a gente precisou criar olhos para todos os lados.
Saio caminhando pela casa, e já sorrio quando ouço o som da música. Islanne gosta de dançar em casa, a gente criou um espaço para que ela ensaiasse sem precisar sair, e amo observá-la enquanto dança.
Está tocando balé. Coloco o dedo indicador na boquinha do Andrew, implorando para que ele não nos entregue para a sua mãe, adoro vê-la dançar quando não me vê, parece que o seu corpo corresponde mais à música, acho linda.
A vejo por um curto espaço, chego a suspirar. Enquanto a música toca, ela se solta no ritmo leve, esticando os braços e as pernas em um ritmo encantador. O seu cabelo está preso e bem esticado como uma bailarina, usa meias brancas com sapatilha, um collant que marca completamente a sua barriga tão linda da gravidez, e uma saia com pontas altas.
Ela está radiante, com uma desenvoltura incrível para uma mãe de nove meses de gestação. O seu corpo parece elástico, todos esses meses ela vem se esticando na dança, e segura facilmente a ponta do seu pé.
Andrew aponta para a sua mãe, e faço sinal para que não nos dedure, ele sorri achando graça de mim. Mas, num momento de distração, observo que ela parou colocando a mão nas costas.
Quando ela se apoiou na janela, eu mesmo entrei no cômodo, apavorado.
— Meu amor, você está bem? — me olhou com receio.
— Já senti essa dor antes, e foi um pouquinho antes do Andrew nascer!
— Então não vamos esperar! Iremos agora mesmo para o hospital!
— Eu estou com medo, da outra vez eu entrei bem, e assim que o parto terminou, eu...
— Não pense assim! Nós já explicamos para o médico, já fizemos exames suficientes antes do parto, está tudo certo! Ele entendeu bem, eu até vou ligar para ela agora, e avisar que estamos indo e ele precisa ir também!
— Você está certo, eu vou tomar um banho rápido e logo estarei aqui. Vou deixar o Andrew com a babá!
— Ah, não precisa! Vá, amor, eu o levo! — ela me deu um beijo e um leve sorriso, depois saiu.
Quando ela saiu, eu fui caminhando com o meu filho até a sua babá, enquanto o celular do doutor Harris tocava, mas estranhei que não atendia.
Um pouco preocupado, deixei o Andrew e conferi direitinho o número, mas era aquele mesmo e ninguém atendeu, então quando comecei a me preocupar ele me retornou.
— Ufa, doutor Harris! Precisamos de você no hospital! Pensei que não atenderia!
— Desculpe, mas eu sou a esposa dele! Eu sinto muito, mas o doutor Harris sofreu um acidente, está hospitalizado!
— Um o quê? Agora? — encostei na mesa da copa, preocupado.
— Sim, infelizmente..., mas fique tranquilo que ele deixa tudo o que é necessário anotado nos prontuários, e tem um excelente médico o substituindo.
— A minha esposa vai ter bebê. Como vou explicar para ela que o médico em que ela confia... meu Deus, que o seu marido se recupere logo.
— Fique tranquilo! Harris, já está se recuperando, mas ainda não pode trabalhar. Mas esse médico que irá substituí-lo fez o meu parto, já que o Harris também não podia pelo nível alto de adrenalina, se é que me entende...
Eu fiquei ouvindo aquelas coisas, apavorado. E tudo piorou quando vi a Islanne vindo já pronta. Quando foi que aprendeu a se arrumar tão rápido?
— Obrigado, senhora! Vou procurar o médico lá! — disfarcei antes de desligar.
— Procurar por quê? Ele está de plantão?
— Islanne, o doutor Harris sofreu um acidente, outro médico irá substituí-lo! Mas fique tranquila, a esposa dele me garantiu...
— Tranquila, como? Aí meu Deus, Louis! O que vamos fazer agora? Você vai ficar perto de mim, não vai me deixar sozinha, não é?
— Eu não vou a lugar nenhum, estarei com você! — ela me abraçou, estava nos seus olhos o medo que sentia, e logo a dor pareceu ter voltado.
— Aí, está doendo, Louis!
— Vamos logo! Se acalme. Ela disse que o hospital tem tudo registrado nos prontuários, então a gente só avisa mais uma vez, vai dar tudo certo! — fez cara de choro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casada por acidente com o CEO
Eu amei o Livro, a Edineide vez uma diferença o humor e importante...
Amei a história, fiquei muito chateada com o Igor, mas ele precisava saber que o amor é realmente é a necessidade de estar perto, de sorrir com a pessoa, de faze-la feliz. Amei o final, Luana precisava ser amada, de sentir que ela era realmente especial pra alguém. Eu me senti a própria Luana, mas meu relacionamento não reatou como a personagem, só segui em frente com alguém que me amava....
Esse livro parece ser muito bom e eu realmente quero ler ele então por favor posta mais...