Cativa do Sheik romance Capítulo 23

Quinze dias depois...

Os dias que passamos juntos foram maravilhosos. Na maior parte do tempo ele é fofo, cortês, cuidadoso. Um verdadeiro gentleman. Bem, além disso, nem preciso dizer que o sexo entre nós é ótimo. Eu me sinto como se entrasse cada vez mais num labirinto, aprofundando meus sentimentos mesmo sabendo que não vou achar a saída.

Ainda sinto suas reservas. Nas conversas que temos, falamos muito de mim, mas quase não falamos dele. Eu ainda não consigo entender qual é a dele. Até que ponto ele está se esforçando para fazer as coisas acontecerem pois muitas vezes eu o pego distraído, o rosto sombrio, como se ele sofresse por algo ou por alguém. Os sentimentos de Raed ainda são um mistério para mim.

À tarde ele tem trabalhado. Nesses momentos gosto de observá-lo com seu notebook no colo e como seus dedos ágeis se movem pelo teclado.

Quando ele está ao telefone falando na sua língua, resolvendo assuntos do trabalho, sempre caio na realidade de que estou ao lado de um homem árabe e isso me perturba. Lembro-me o quanto na natureza árabe o sangue é importante, e essa criança que espero é sangue do seu sangue e pode ser sim apenas esse o motivo de ele estar comigo.

Não sou a mulher que ele escolheria. Se assim o fosse, ele teria se aproximado de mim no tempo que me ajudava com as traduções.

Suspiro e afasto meus pensamentos emaranhados e volto a apreciar a arquitetura do Castello Sforzesco. Mas meus olhos não ficam muito tempo na construção e eu reparo em Raed, caminhando, distraído, tocando as pedras. Ele está lindo com a camisa preta de mangas curtas e uma calça da mesma cor. Seus primeiros botões estão abertos revelando um pouco de seu forte peito bronzeado e que te faz pensar que está vivendo no paraíso. Minha vontade agora é estar no meio de seus braços, sentindo seu cheiro maravilhoso. Ele então se vira para mim.

―O que foi? ―Ele pergunta estranhando minha cara de boba para ele.

―Lindo esse lugar. O cenário é realmente magnífico — Disfarço, ruborizando.

Ele sorri e caminha em minha direção e minha vontade é realizada quando ele me abraça. Meu coração palpita no peito com seus olhos nos meus:

—Eu já vi tudo isso, sempre que posso venho aqui, mas não me canso de admirar. Tudo muito lindo, assim como você.

Se fosse outro casal teriam se beijado depois de sua declaração, mas o homem árabe não se expõe em público. Até que Raed está bem relaxado, pelo simples fato de ele me abraçar. Eu olho para ele com um meio sorriso. Seu olhar parece mais intenso sobre os meus, sua boca se entreabre e sua respiração se agita.

— Bella, não me olha assim!

— Como? —Questiono num fio de voz, ainda em conflito, tentando entender Raed.

— Como conseguirei me controlar se me olha desse jeito? — Ele me diz ofegante. Há uma sombra de um sorriso em seus lábios.

Eu fico séria e abaixo a cabeça:

—Hum. —Digo, dando um sorriso achando graça disso. —Vem, habibi. Hora de alimentar a mãe e esse bebezinho.

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