Raed está determinado.
Se ele está disposto a lutar por que eu tenho que colocar obstáculos?
Eu respiro fundo e pego sua mão. Estremeço quando sinto o calor dela.
— Raed. Tudo bem. Vamos nos dar uma chance.
Seus olhos semicerrados se aquiescem.
— Allah! Não acredito que ouvi isso?
Eu sorrio, de repente me sentindo feliz também de ver a felicidade dele, isso me confunde um bocado. Então, por um interminável instante, ele simplesmente me olha. Seu rosto se aproxima do meu e seus lábios percorreram os meus devagar. Arrepio-me, mergulhada no seu calor, no perfume, na delícia dos seus lábios. Estremeço de prazer, minha boca se entreabrindo para a dele, para que ele passe a sua língua nos meus. Eu o puxo mais para mim, com um gemido abafado. Sinto sua mão em minha cintura. Ela desce e acaricia o meu quadril. A carícia me excita ainda mais e eu retribuo seu beijo com mais intensidade.
Sinto sua deliciosa língua tremulando na minha, mordendo meus lábios, me provocando. Pressiono os quadris contra o corpo dele e ofego quando sinto sua ereção entre as minhas coxas.
Eu era totalmente inexperiente antes de Zein. Ele que me ensinou a beijar. Foi com ele que perdi a virgindade. Lembro-me de seu olhar surpreso para mim quando ele soube disso. Agora vejo que o beijo dele não fez meu sangue correr quente nas veias, nem me fez sentir esse fogo entre as pernas.
Não quero comparar, mas é impossível isso. Raed me enlouquece. Quando me vejo, estou entregue, ansiando, gemendo. Agarrada à camisa dele, buscando a plena satisfação que só ele tem para me dar. Tanto, que já posso sentir minha calcinha molhada.
Estou pronta para ele.
Somos fogo puro...
Ele solta um gemido másculo ao segurar a minha cabeça, mantendo-me imóvel para me beijar mais ardentemente. Uma sensação doce e selvagem me invade e eu retribuo seu beijo, minhas mãos correm por sua camiseta. Ele então se ergue e me ajuda a tirar o vestido. Depois estende a mão e agarra minha calcinha, a puxando para baixo, em um puxar rápido. Ele a joga no chão.
Allah! Ele parece tão louco, por mim...tão diferente de Zein, com ele foi tudo tão mecânico.
Raed me beija, sua língua colidindo com a minha, enquanto ele me enlouquece com suas mãos passando sobre meu corpo. Sua boca escorrega por ele e ele me mordisca, me beija, me lambe. Eu fico louca quando sua boca vai até a minha intimidade e me provoca.
Chego a agarrar seus cabelos, machucá-lo o chamando para entrar dentro de mim, uma névoa de luxúria brilha nos meus olhos. Raed e então se afasta.
Eu me sinto relativamente feliz. Sei que não será fácil. Ao meu redor há tubarões querendo acabar com minha felicidade.
Respiro fundo.
Eu queria poder dizer o quanto ela é importante para mim. O que sinto por ela está acima de eu ser o pai substituto de seu filho. De ter sido seu chefe, ou o futuro sheik de uma família real que precisa gerar descendentes para o seu clã. Ou o homem que já tem trinta anos e já passou da idade de casar-se.
Não! Isabela está acima de tudo isso, se estou com ela é porque a amo..., mas falar dos meus sentimentos é complicado por causa das circunstâncias, por causa do meu orgulho de ter sido um covarde e não ter a procurado. E muito pior, ter permitido que meu irmão se aproximasse dela. Eu poderia ter evitado tudo isso. Falar dos meus sentimentos é confundi-la. É fazê-la achar que ela não era boa o suficiente para mim, mas na verdade eu tive medo, medo dos fortes sentimentos que ela me provocava.
Nunca tive pensamentos tão sérios como as que tenho com Isabela. Meu pai vivia me empurrando mulheres que ele achava que seriam suficientemente boas para mim, mas eu sempre me esquivei. Estar com Camily me deu uma certa paz, ele parou de me cobrar um relacionamento sério. Por causa das nossas rígidas tradições mantemos nossas futuras esposas no recato, virgens até o casamento, mas nos satisfazemos por fora e eu não fiz diferente.
Chega de hipocrisia!
Hoje quero permitir que esse redemoinho esmagador de emoções assuma o controle, com a feliz sensação de estar vivo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Cativa do Sheik
➡️ São 2 EXTREMOS OPOSTOS... 🌎 No Ocidente as pessoas dizem se casar pelo "sentimento" amor, mas na verdade se casam por paixão, pois o amor verdadeiro não é um sentimento e sim uma AÇÃO ativa e comprometida... Aí obviamente os casamentos não duram, pois as pessoas se divorciam por tudo e por nada, basta um novo interesse pessoal surgir, alguém mais interessante aparecer, uma nova paixão começar, o tédio se manifestar... Tudo depende dos interesses pessoais, não há comprometimento real na maioria dos relacionamentos, apenas desejo fugaz... 🌏 Já no Oriente árabe as pessoas se casam meramente por convenções e conveniências, por interesses familiares, sociais, financeiros ou político-religiosos. E há poucos casos de divórcio, mas não porque os casais são comprometidos e felizes, mas sim porque os homens geralmente não querem romper com o que foi convenientemente estabelecido e as mulheres não tem direito de escolha. Ou seja: se é obrigado a suportar a união mesmo que seja tóxica. Além disso, o homem tem a opção de assumir a amante como segunda esposa, impondo-a para a esposa legítima, que não tem poder de negar. Assim é muito fácil dizer que poucos casais se separam... São dois extremos, ambos negativos, ambos com resultados nefastos......
😒 Aff, já começou a apelação... Do nada, sem qualquer lógica, as pessoas começam a agir como cães no cio nesses livros, como se fossem adolescentes sem cérebro conduzidos pelos hormônios e não adultos maduros com sendo crítico e objetivos além do desejos carnais... Nesse contexto árabe, então, fica tudo ainda mais surreal, como se fossem atores ocidentais fingindo ser personagens árabes caricatos num teatrinho de escola... Tudo muito forçado, tudo muito inverossímil, tudo muito superficial e fútil... Puramente com o objetivo de inserir sexo e tensão sexual na estória, mesmo que nem caiba... 🙄 O QUE VOCÊ ACHA QUE JANE AUSTEN DIRIA SOBRE O GÊNERO ROMANCE DE HOJE EM DIA? "Acho que ela ficaria chocada com o que pode ser escrito e publicado em um livro hoje em dia [... ]. Imagino que ela desejaria histórias de amor mais elevadas e menos focadas no carnal, como nos romances de hoje". (Julianne Donaldson, autora premiada de Edenbrooke)....
* Uai, mas que homem sério e decente gosta de mulher fácil? E que homem (decente ou não) valoriza uma mulher dessa, que não se valoriza? Ninguém que se preze - homem ou mulher - valoriza gente fácil. Os que não valem nada e só estão a fim de tirar proveito podem até gostar pela facilidade de uso, mas valorizar? Só se for pra rir... Nada que é fácil tem valor na vida, seja bens de consumo ou pessoas. É uma verdade lógica e cientificamente provada, só os tolos não perceberam ainda... 🙄...
Muito bom mesmo esse livro!...
To gostando desse livro... bem leve e interessante....