Resumo de Isabela aproveita meu estado catatônico e foge da minha presença. Eu fico ali, uma mistura de angústia, raiva e desejo. – Capítulo essencial de Cativa do Sheik por Sandra Rummer
O capítulo Isabela aproveita meu estado catatônico e foge da minha presença. Eu fico ali, uma mistura de angústia, raiva e desejo. é um dos momentos mais intensos da obra Cativa do Sheik, escrita por Sandra Rummer. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Isabela
As sobrancelhas dele quase se unem, a boca se forma numa linha quase reta, o maxilar fica tenso quando ele ouve do outro lado. Eu dou um tempo, mas a curiosidade é grande e me levanto, entro para dentro, me enveredando pelos cantos. Raed está na sala de jantar.
—Camily, não insista. Eu vou me casar, está resolvido. —Ele se cala. —E daí que vou me casar por causa da criança? Ela precisa de um pai, uma família normal que eu não tive. Foi meu pai que te pediu para me ligar, não foi? Não me liga mais. Eu vou bloquear esse número e todos que você usar para me ligar. Aliás, eu vou mudar de linha. Khara! (Merda!)
Eu fungo e vou até a sacada. Raed surge momentos depois.
—Não faça mais isso. Não atenda por mim.
Eu respiro fundo:
—Não acha esse casamento um mal começo? Essa sua ex, seu pai...
Ele me corta:
—Minha ex é passado. Esqueça meu pai, já disse. Relaxe, curta o momento!
Raed
Allah! Não quero algo imposto, forçado, sei que minhas ações dizem ao contrário. Eu posso aprisioná-la a mim, mas não posso força-la me amar. Preciso senti-la mais receptiva, sei que só assim conseguirei expor mais o quanto a desejo e quem sabe a natureza dos meus sentimentos.
Ela se ajeita melhor na espreguiçadeira, seus olhos fixos em mim.
—Você poderia dizer que perdi o bebê e então me ajudaria a sumir. Eu poderia recomeçar em qualquer lugar...
Meu coração martela em meu peito enquanto olho para ela.
—Isabela, pare! Eu não farei isso. Esqueça!
Ela se vira para frente, parece frustrada. Eu respiro fundo.
—Por Allah! Toda vez que penso que você finalmente está se dando conta que eu sou a sua melhor opção, você me vem com essas mesmas falas? Por que você não nos dá uma chance?
Ela ainda está olhando para frente.
— E eu me sinto como se o universo tivesse conspirado, e me armado uma cilada. —Ela diz ácida.
As palavras dela me são dolorosas, mas muito mais a maneira convincente que ela diz tudo isso. Minha fachada de tranquilidade que fora cuidadosamente erguida se foi e eu travo meus dentes, minha respiração se agita. Passo a mão nos cabelos.
Ela se vira para mim:
—Raed, não se ofenda. Eu sou-lhe muito grata, você já me ajudou muito no passado, quando participava das reuniões e traduzia para seu pai os termos técnicos que eu desconhecia. Sei que tem o coração bom e a prova disso é que está tentando me ajudar novamente, sei que se preocupa com essa criança.
A ira retorce meu íntimo, e isso transparece no meu rosto. Urro as palavras:
— Pare de me dizer que sou bom! Porque eu não sou bom, ouviu!
Isabela se assusta e eu respiro fundo e me levanto, vou até o parapeito, meus olhos fixos no mar prateado pelo luar, algumas embarcações iluminadas no horizonte. Tento me acalmar, mas está difícil. Eu estou nervoso. Nunca pensei que eu tivesse problema para me expressar, mas me deparo de repente com esse nó. Não consigo me fazer entender. Fora a culpa que carrego por esconder o fato de meu pai a ter liberado.
Isabela surge ao meu lado, mas eu não olho para ela.
—Raed, eu não quis te ofender. Eu só quero minha vida de volta.
Um sentimento borbulha em meu peito — o fato de ela ter se entregado tão facilmente ao meu irmão. Um homem que só queria aproveitar-se dela.
Ela não entende que só quero protegê-la? Quero lhe dar o melhor. Cuidar da criança como se fosse minha! Khara! Nunca precisei conquistar alguém, as mulheres sempre me foram muito propícias
Eu a encaro finalmente e digo fora de mim as palavras que me estão atravessadas na garganta:
Desejo?
—Podemos nos dar muito bem. —Digo e mordisco seus lábios.
Ela me devolve um olhar firme que trava o meu nos dela.
—O que foi Raed? Você era o tipo de criança que queria os brinquedos de seu irmão? Por isso me quer também?
Eu travo. Não estava preparado para as palavras ácidas.
Mas por favor alguém me diga se há algo que te prepare para esse comentário?
Isabela aproveita meu estado catatônico e foge da minha presença. Eu fico ali, uma mistura de angústia, raiva e desejo.
Isabela
Encontro meu quarto. Fecho a porta e me encosto a ela. Lágrimas descem pelos meus olhos. Detesto confrontos, mas é impossível não me lembrar o homem que Raed era. Sempre pronto a me ajudar, hospitaleiro, cuidadoso. E tenho tentado apelar para esse homem gentil do passado, mas não tem jeito, ele continua com essa ideia fixa de nos casarmos por causa da criança.
Que futuro tem um casamento como esse? Ele pode até se prolongar, mas eu serei feliz? Ele será feliz?
Tenho medo de sofrer. De me envolver com esse homem profundamente e ele continuar na superfície como sempre esteve.
Sento-me na cama.
Afasto meus pensamentos tristes e visto minha camisola. Sem sono, abro a porta de vidro e vou até a varanda. Caminho até o parapeito e olho o mar prateado. Respiro fundo sentindo o cheiro típico da maresia.
Allah! Nunca pensei que me casaria assim, com um mártir.
Estou lidando com um homem traumatizado, que sofreu na infância. Isso o define. Isso define sua atitude em querer se casar e entendo que nada que eu diga ou faça pode mudar seus pensamentos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Cativa do Sheik
Muito bom mesmo esse livro!...
To gostando desse livro... bem leve e interessante....