Abro os olhos vagarosamente e pisco algumas vezes até acordar por completo. Espreguiço-me e sento-me na cama. Estamos vivendo nossos últimos dias na Itália. Um sentimento ruim aperta meu coração quando penso em enfrentar a realidade. Tantas coisas pesam, me preocupam. Eu me sinto um peso, essa é a verdade.
Ergo-me e me sento na cama, olho ao redor à procura de Raed. Aguço os ouvidos, mas nada. Então vejo seu notebook aberto em cima de uma mesa logo mais à frente. Passo as mãos no rosto e me vejo nervosa com a vontade grande de fuçar nele. Outro dia enquanto ele tomava banho tentei, mas me deparei com a senha.
Agora não, ele está aberto na minha frente e a tela iluminada me chama para dar uma olhada.
Vou direto nos seus e-mails. A caixa de mensagem está vazia. Vou na lixeira. Encontro uns vinte e-mails de Camily. Uns trinta do sheik. Meu coração se agita e eu resolvo abrir os de Camily. Na verdade, dois, o mais antigo e o mais recente.
Abro o antigo:
Raed,
Você está louco. Essa mulher não é o tipo que você se casaria. Ela nem faz seu tipo.
Estragar sua vida?
Essa vagabunda pode estar dando o golpe da barriga e você está fazendo exatamente o que ela quer.
Espero que acorde a tempo.
Camily
Um sentimento ruim me transpassa.
Ciúmes.
Sim, minha raiva por essa mulher é exatamente isso.
Antes que eu abra o outro e-mail escuto barulho e me afastando entro no banheiro, como o coração agitado fecho a porta.
Ele está comigo, não está? É isso que importa.
Raed me beija nos ombros enquanto a água caí gostosamente em nós.
—O importante somos nós.
Eu estremeço.
—Ele pode te prejudicar nos negócios? —Pergunto apreensiva.
Raed me afasta.
—Não importa, Isabela. Ninguém mais vai dirigir minha vida. E, independente do meu pai, sou rico o suficiente para nós dois e nosso filho. E ele precisa de mim. Ele não sabe onde fica uma caneta naquele escritório.
De todas as palavras que ele disse, uma me comoveu. Ele disse nosso filho.
Eu o abraço, sorrindo emocionada. Raed não consegue ver minhas lágrimas pois elas se misturam com a água do chuveiro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Cativa do Sheik
➡️ São 2 EXTREMOS OPOSTOS... 🌎 No Ocidente as pessoas dizem se casar pelo "sentimento" amor, mas na verdade se casam por paixão, pois o amor verdadeiro não é um sentimento e sim uma AÇÃO ativa e comprometida... Aí obviamente os casamentos não duram, pois as pessoas se divorciam por tudo e por nada, basta um novo interesse pessoal surgir, alguém mais interessante aparecer, uma nova paixão começar, o tédio se manifestar... Tudo depende dos interesses pessoais, não há comprometimento real na maioria dos relacionamentos, apenas desejo fugaz... 🌏 Já no Oriente árabe as pessoas se casam meramente por convenções e conveniências, por interesses familiares, sociais, financeiros ou político-religiosos. E há poucos casos de divórcio, mas não porque os casais são comprometidos e felizes, mas sim porque os homens geralmente não querem romper com o que foi convenientemente estabelecido e as mulheres não tem direito de escolha. Ou seja: se é obrigado a suportar a união mesmo que seja tóxica. Além disso, o homem tem a opção de assumir a amante como segunda esposa, impondo-a para a esposa legítima, que não tem poder de negar. Assim é muito fácil dizer que poucos casais se separam... São dois extremos, ambos negativos, ambos com resultados nefastos......
😒 Aff, já começou a apelação... Do nada, sem qualquer lógica, as pessoas começam a agir como cães no cio nesses livros, como se fossem adolescentes sem cérebro conduzidos pelos hormônios e não adultos maduros com sendo crítico e objetivos além do desejos carnais... Nesse contexto árabe, então, fica tudo ainda mais surreal, como se fossem atores ocidentais fingindo ser personagens árabes caricatos num teatrinho de escola... Tudo muito forçado, tudo muito inverossímil, tudo muito superficial e fútil... Puramente com o objetivo de inserir sexo e tensão sexual na estória, mesmo que nem caiba... 🙄 O QUE VOCÊ ACHA QUE JANE AUSTEN DIRIA SOBRE O GÊNERO ROMANCE DE HOJE EM DIA? "Acho que ela ficaria chocada com o que pode ser escrito e publicado em um livro hoje em dia [... ]. Imagino que ela desejaria histórias de amor mais elevadas e menos focadas no carnal, como nos romances de hoje". (Julianne Donaldson, autora premiada de Edenbrooke)....
* Uai, mas que homem sério e decente gosta de mulher fácil? E que homem (decente ou não) valoriza uma mulher dessa, que não se valoriza? Ninguém que se preze - homem ou mulher - valoriza gente fácil. Os que não valem nada e só estão a fim de tirar proveito podem até gostar pela facilidade de uso, mas valorizar? Só se for pra rir... Nada que é fácil tem valor na vida, seja bens de consumo ou pessoas. É uma verdade lógica e cientificamente provada, só os tolos não perceberam ainda... 🙄...
Muito bom mesmo esse livro!...
To gostando desse livro... bem leve e interessante....