Kate Monroe
Sou Relações Públicas do congressista Luke há mais ou menos seis meses. Fui contratada para melhorar a imagem dele. Meu cargo é muito importante. Meu feeling em relação a sua imagem pública precisa estar sempre aguçado.
O que tenho presenciado é que Luke tem tudo para vencer, inteligente, seguro de sim, luta pela igualdade social, pela pobreza. Fala disso tudo com paixão, com a alma. Realmente abraça as causas e revela isso em seus discursos. Mas ele tem um sério problema, Luke é alérgico a compromissos sérios e isso é uma brecha para comentários maldosos dos seus concorrentes que tem lançado aos eleitores uma imagem dele descompromissada, como se ele fosse um amante barato. A consequência disso é que Luke tem feito sucesso entre as mulheres, mas pelo motivo errado e isso tem feito ele cair nas pesquisas eleitorais.
Hoje terei uma conversa séria com ele. Isso precisa acabar! Luke precisa arranjar uma namorada fixa e eu tenho um plano. Isso vai ajudá-lo a se eleger.
—As mulheres me amam, mas segundo as pesquisas eu caí um ponto. Me explica isso! —Ele me fala acenando com a cabeça para uma garota que passa de frente a nossa mesa e acena para ele.
—Luke. Você confia em mim, não confia?
—Você sabe que confio. —Ele diz e quase tira um cigarro do bolso, mas eu lhe dou um olhar duro e ele o recoloca no bolso. Sua expressão é de frustração.
—Você sabe que a minha função é fazer mudar essa estatística. E eu tenho uma solução para a sua campanha ser bem-sucedida.
Luke me olha passando a mão nos cabelos de um jeito muito sexy, não é por menos que ele seja o solteiro mais cobiçado do país
—Vamos lá! O que preciso mudar agora. Já não tenho saído muito, não fumo em público. Minhas saídas têm sido discretas com as mulheres.
—Sim, eu tenho visto seu esforço. Mas não é o suficiente.
Ele ri de um jeito amargo.
—Então me diga, meu guru. O que eu posso fazer mais que eu não tenha feito?
—Você, sem querer passa essa imagem de garanhão Italiano. Como com essa imagem você pegará uma das cadeiras da Câmera baixa?
—Eu não tenho culpa se faço o tipo das mulheres.
Eu fungo.
—Você precisa se relacionar sério com alguém.
—Deus, esse assunto novamente? Você sabe o que penso sobre isso. Mulher dá trabalho, quer atenção, blá, blá, blá... E meu foco é outro. Eu quero me eleger e não me casar.
—Eu o entendo, por isso estive pensando.
Luke ri.
—Deus! Você pensando dá até medo.
Eu sorri para ele.
—Depois que eu vi aquela moça. —Ela aponta discretamente as hostesses da festa.
Eu vejo as duas gostosas.
—Qual delas? A ruiva ou a loira?
—A ruiva. Você acredita que ela não te conhece?
Ele ri.
—Então é isso! Temos que investir em marketing. Estamos falhando em algo.
Eu lhe dou um sorriso.
—Luke, não é nada disso.
Luke recosta na cadeira.
—Bem, se não é isso, é o que então?
—Aquela garota é perfeita para fazer papel da sua namorada fixa. Você só tem que aparecer com ela nos lugares públicos. Ficará com ela até se eleger. Ela é meio-árabe e pelo fato dela não te conhecer muito, não irá babar em você.
Luke dá uma gargalhada gostosa. Ah se eu fosse mais nova...
Tenho cinquenta e cinco anos, ele trinta.
Luke levanta a taça de vinho.
—Tudo por minha candidatura. Ainda bem que só trapaceio nesse quesito, pois fique sabendo que levo meu trabalho muito à sério. Jamais enganaria o povo.
Eu rio.
—Eu sei, Luke, por que você acha que eu aposto em você?
Ele então ergue as sobrancelhas perfeitas.
—À propósito, você perguntou o nome dela?
—Não.
—Esqueceu desse detalhe tão importante?
Luke bebe vinho e observa o ambiente.
—Por que está com essa cara? —Pergunto, quando o vejo olhar na direção das hostesses.
—Estou esperando o momento certo.
—Momento certo?
—É agora!
—É agora o quê?
Luke joga vinho sobre sua camisa branca. Eu arregalo os olhos.
—Hum, olha só o que fiz. Que desastrado que sou!
Ele então se levanta, chamando a atenção de todos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Cativa do Sheik
➡️ São 2 EXTREMOS OPOSTOS... 🌎 No Ocidente as pessoas dizem se casar pelo "sentimento" amor, mas na verdade se casam por paixão, pois o amor verdadeiro não é um sentimento e sim uma AÇÃO ativa e comprometida... Aí obviamente os casamentos não duram, pois as pessoas se divorciam por tudo e por nada, basta um novo interesse pessoal surgir, alguém mais interessante aparecer, uma nova paixão começar, o tédio se manifestar... Tudo depende dos interesses pessoais, não há comprometimento real na maioria dos relacionamentos, apenas desejo fugaz... 🌏 Já no Oriente árabe as pessoas se casam meramente por convenções e conveniências, por interesses familiares, sociais, financeiros ou político-religiosos. E há poucos casos de divórcio, mas não porque os casais são comprometidos e felizes, mas sim porque os homens geralmente não querem romper com o que foi convenientemente estabelecido e as mulheres não tem direito de escolha. Ou seja: se é obrigado a suportar a união mesmo que seja tóxica. Além disso, o homem tem a opção de assumir a amante como segunda esposa, impondo-a para a esposa legítima, que não tem poder de negar. Assim é muito fácil dizer que poucos casais se separam... São dois extremos, ambos negativos, ambos com resultados nefastos......
😒 Aff, já começou a apelação... Do nada, sem qualquer lógica, as pessoas começam a agir como cães no cio nesses livros, como se fossem adolescentes sem cérebro conduzidos pelos hormônios e não adultos maduros com sendo crítico e objetivos além do desejos carnais... Nesse contexto árabe, então, fica tudo ainda mais surreal, como se fossem atores ocidentais fingindo ser personagens árabes caricatos num teatrinho de escola... Tudo muito forçado, tudo muito inverossímil, tudo muito superficial e fútil... Puramente com o objetivo de inserir sexo e tensão sexual na estória, mesmo que nem caiba... 🙄 O QUE VOCÊ ACHA QUE JANE AUSTEN DIRIA SOBRE O GÊNERO ROMANCE DE HOJE EM DIA? "Acho que ela ficaria chocada com o que pode ser escrito e publicado em um livro hoje em dia [... ]. Imagino que ela desejaria histórias de amor mais elevadas e menos focadas no carnal, como nos romances de hoje". (Julianne Donaldson, autora premiada de Edenbrooke)....
* Uai, mas que homem sério e decente gosta de mulher fácil? E que homem (decente ou não) valoriza uma mulher dessa, que não se valoriza? Ninguém que se preze - homem ou mulher - valoriza gente fácil. Os que não valem nada e só estão a fim de tirar proveito podem até gostar pela facilidade de uso, mas valorizar? Só se for pra rir... Nada que é fácil tem valor na vida, seja bens de consumo ou pessoas. É uma verdade lógica e cientificamente provada, só os tolos não perceberam ainda... 🙄...
Muito bom mesmo esse livro!...
To gostando desse livro... bem leve e interessante....