Minha vida deu uma guinada de 180 graus. Tudo depois de ter conhecido Kate, a relações públicas da campanha de eleitoral de Ryan Luke Terceiro, um convicto solteiro; o forte candidato à Câmara Baixa, onde todos os membros são eleitos pela população diretamente. O que acontece é que ele tem uma má fama por ser volúvel com as mulheres e isso tem prejudicado sua campanha.
Mas o que tudo isso tem a ver comigo?
Eu aceitei ser sua fictícia namorada até ele se eleger.
Kate foi tão objetiva, tão profissional ao me expor tudo que ela me convenceu. Fora os benefícios que terei em apenas aparecer ao lado do candidato. Além de receber um bom salário, Kate mexerá seus pauzinhos e quando ele se eleger eu serei a tradutora interina nas relações exteriores com países árabes.
Deixei muito claro para ela que isso tudo estou encarando como algo profissional. Mas mesmo que ele tentasse algo, não corro perigo. Primeiro porque ainda não esqueci Raed, segundo sou calejada, aprendi minha lição com Zein.
Estou hospedada na linda mansão do candidato. Sim, o homem é muito rico. Fiquei sabendo que o castelo que ele cuida é da família dele. Gerações se passaram e ele herdou tudo.
O bom é que Kate, também está hospedada aqui. Na verdade, não só ela. Há várias pessoas morando na mansão. Aqui, como disse Karina, é uma espécie de quartel general, todos trabalhando na campanha.
Meu quarto é lindo, majestoso, todo em tom pastel e dourado. Puxo as cortinas duplas e olho para fora. Resolvo abrir uma das duas janelas altas para me sentir acariciada pela brisa fresca da manhã. O ar ainda cheira uma mistura de mato e chuva de ontem à noite.
E Raed? Como será que ele está?
Recentemente vi uma foto dele com o pai. O Sheik já estava em casa. Eu os vi abraçados. Limpo minhas lágrimas. Isso me mostra que eu fiz certo em sair de sua vida.
Ouço batidas na porta e depois de me recompor, me viro.
—Bom dia. —Kate entra com uma senhorinha que está trazendo um carrinho com meu de café da manhã. —Pedi para trazerem o café aqui e já falarmos de sua agenda. —Ela diz animada.
Eu sorrio para ela.
— E meu traje? As roupas que tenho, acho que não servem.
Ela sorri para mim.
—Hoje à tarde sairemos e resolveremos isso.
Solto o ar.
—Está certo.
—Hoje à noite Luke abrirá o festival de música do qual ele sempre ajudou. Você irá acompanhá-lo.
Assinto para ela.
—Estou pronta.
Depois de acertarmos os detalhes da agenda de Luke, regadas a um café com tudo de bom, eu fico só.
Mesmo agora, depois de tanto tempo, me lembrar de Raed é como uma faca me ferindo com profundidade. O amor é uma arma fatal, e o pior é quando ele acontece com o homem errado.
Eu sei que a vida é feita de escolhas e eu fiz a minha. Naquele momento eu não consegui ficar ao lado dele. Sei que agi no impulso diante de tantas coisas acontecendo. Mas agora mais calma, eu chego a me questionar: O que Raed sentia por mim? Ele chegou a me amar de verdade?
Por outro lado, penso que se eu conversasse com ele, acabaria confessando meus sentimentos e talvez isso o colocasse numa espécie de prisão e mesmo sem a criança, ele ficaria comigo por se sentir responsável por ter provocado esse sentimento em mim.
Solto o ar com angústia. Jamais terei essa resposta. Principalmente agora que sairei na mídia ao lado de Ryan Luke Terceiro.
Se houver algum sentimento em Raed por mim, vou matá-lo, talvez ele me odeie por isso.
Perto do horário de sairmos visto meu traje elegante. Um vestido longo preto com pedras negras bordadas no pequeno decote. Um colar de rubi ornamenta meu pescoço.
Kate sorri para mim.
—Linda, está um verdadeiro sucesso. Luke se sentirá um pavão em ter uma mulher estonteante ao seu lado.
Allah! Eu ri nervosamente com o comentário dela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Cativa do Sheik
➡️ São 2 EXTREMOS OPOSTOS... 🌎 No Ocidente as pessoas dizem se casar pelo "sentimento" amor, mas na verdade se casam por paixão, pois o amor verdadeiro não é um sentimento e sim uma AÇÃO ativa e comprometida... Aí obviamente os casamentos não duram, pois as pessoas se divorciam por tudo e por nada, basta um novo interesse pessoal surgir, alguém mais interessante aparecer, uma nova paixão começar, o tédio se manifestar... Tudo depende dos interesses pessoais, não há comprometimento real na maioria dos relacionamentos, apenas desejo fugaz... 🌏 Já no Oriente árabe as pessoas se casam meramente por convenções e conveniências, por interesses familiares, sociais, financeiros ou político-religiosos. E há poucos casos de divórcio, mas não porque os casais são comprometidos e felizes, mas sim porque os homens geralmente não querem romper com o que foi convenientemente estabelecido e as mulheres não tem direito de escolha. Ou seja: se é obrigado a suportar a união mesmo que seja tóxica. Além disso, o homem tem a opção de assumir a amante como segunda esposa, impondo-a para a esposa legítima, que não tem poder de negar. Assim é muito fácil dizer que poucos casais se separam... São dois extremos, ambos negativos, ambos com resultados nefastos......
😒 Aff, já começou a apelação... Do nada, sem qualquer lógica, as pessoas começam a agir como cães no cio nesses livros, como se fossem adolescentes sem cérebro conduzidos pelos hormônios e não adultos maduros com sendo crítico e objetivos além do desejos carnais... Nesse contexto árabe, então, fica tudo ainda mais surreal, como se fossem atores ocidentais fingindo ser personagens árabes caricatos num teatrinho de escola... Tudo muito forçado, tudo muito inverossímil, tudo muito superficial e fútil... Puramente com o objetivo de inserir sexo e tensão sexual na estória, mesmo que nem caiba... 🙄 O QUE VOCÊ ACHA QUE JANE AUSTEN DIRIA SOBRE O GÊNERO ROMANCE DE HOJE EM DIA? "Acho que ela ficaria chocada com o que pode ser escrito e publicado em um livro hoje em dia [... ]. Imagino que ela desejaria histórias de amor mais elevadas e menos focadas no carnal, como nos romances de hoje". (Julianne Donaldson, autora premiada de Edenbrooke)....
* Uai, mas que homem sério e decente gosta de mulher fácil? E que homem (decente ou não) valoriza uma mulher dessa, que não se valoriza? Ninguém que se preze - homem ou mulher - valoriza gente fácil. Os que não valem nada e só estão a fim de tirar proveito podem até gostar pela facilidade de uso, mas valorizar? Só se for pra rir... Nada que é fácil tem valor na vida, seja bens de consumo ou pessoas. É uma verdade lógica e cientificamente provada, só os tolos não perceberam ainda... 🙄...
Muito bom mesmo esse livro!...
To gostando desse livro... bem leve e interessante....