Cativa do Sheik romance Capítulo 9

Ela sai do meu quarto deixando dentro de mim um sentimento de impotência. Eu a tenho sob meu controle, mas estou bem longe do seu coração.

Eu não estava pronto para o efeito que senti, naquele dia no jardim, quando a tive em meus braços. Num momento tão fugaz, senti-me tentado a tomar-lhe os lábios com um beijo impetuoso, de tal forma que mudaria sua definição de beijo, mas ela me resistiu, claro que resistiria. Há um abismo entre nós. Ela sofre por meu irmão e está esperando um filho dele.

Allah! Tenho feito tudo errado?

Como me controlar quando estou ao lado dela?

Quando vou parar de tomar banhos frios para conter meu desejo de tê-la para mim?

E agora isso?

E eu que pensei que Isabela tivesse aceitado seu destino. Se eu não tivesse voltado para casa hoje, ela teria fugido. Eu nunca imaginei que sofreria por uma mulher. E o pior, que eu gostasse. Ao contrário disso, as mulheres sempre foram muito receptivas comigo. Minha posição, riqueza, boa aparência sempre tiveram um grande efeito sobre elas. Mas desde que me formei, quando se deu início a minha vida adulta, eu passei a ter mais discernimento e comecei a me atrair por mulheres que tivessem mais a oferecer do que seus corpos.

Mulheres inteligentes, que tivessem uma conversa interessante. Foi difícil encontrar dentro do meu círculo de amizades uma mulher que pensasse por si própria, por fim encontrei isso em Camily. Estudante de administração, sempre lutou para ter seu lugar ao sol junto as empresas de seu pai. Só que ainda assim, faltava algo. Parecia uma equação difícil de se resolver.

Inteligência atração sexual= eu apaixonado.

Então Isabela começou a trabalhar para o meu pai e algo nela despertou minha atenção. Comedido, eu a observava de longe, intrigado. Tinha trocado meia dúzia de palavras com ela, e ainda sim, eu me sentia como se a tivesse conhecido há muito tempo. Talvez essa sensação tenha se dado pelo fato de meu pai me contar seu histórico pessoal: Perdeu seus pais com quinze anos, fora criada por uma tia solteira até conquistar sua independência.

Sim, fiquei em choque...

Uma mulher morando sozinha, sem depender de ninguém para o seu sustento? Na minha cultura não existe isso. Elas são submissas, e a grande maioria como eu disse nem raciocina.

Bem, ao mesmo tempo que isso me atraiu, também acionou uma espécie de alarme, me dizendo que para me manter longe dela, que nossas culturas eram muito diferentes. Na verdade, mulheres assim como atrai, assustam.

Passo a mão nos olhos quando uma onda de melancolia toma conta do meu coração. Antes eu tivesse me aproximado dela, vencido meus receios.

O meu celular pessoal toca. Ergo as sobrancelhas quando não vejo a identificação. Aperto os lábios com a possibilidade de Camily me ligar usando outro número, pois eu a bloqueei.

— Quem é? – Pergunto, mal-humorado.

Houve um breve silêncio do outro lado antes de uma voz feminina dizer com hesitação:

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