Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 112

Trixie também tinha uma carona a esperando nessa noite. Embora sua intenção fosse ir para casa relaxar na banheira e cair na cama em seguida, a ligação que recebera do amigo era interessante demais para ignorar.

O rapaz de vinte e oito anos se chamava Louis Alexander Alucard III e era filho único de um grande investidor em várias áreas na bolsa de valores de NY. Embora a família tivesse uma fortuna, o jovem preferia se ocupar malhando e dando aulas diariamente em uma academia que tinha.

Não muito tempo atrás, o sujeito havia sido personal trainer da loira e, consequentemente, um de seus amantes. Trixie dera a volta na belíssima Ford F-250 negra, entrando pela porta do passageiro. Normalmente a loira nunca entrava no carro de um homem a não ser que o mesmo abrisse a porta para ela, mas, assim como acontecera com Isadora naquelas últimas duas semanas, seus nervos estavam à flor da pele.

Após fechar a porta, a garota deixara a bolsa ao seu lado e erguera as duas mãos enquanto fitava o rapaz em tom sério.

—Não comente. Não faça perguntas – advertira a moça.

Louis era grande e forte, mais alto e com músculos mais definidos que Leonel ou Josh, o resultado de horas diárias na academia. Tinha cabelos negros lisos sempre repartidos ao meio, com uns poucos fios caindo sobre a testa. Os olhos castanho amendoados sempre brilhavam perto da moça. Ao invés de dizer alguma coisa, o sujeito fizera sinal com o indicador para que ela se aproximasse. E quando Trixie obedecera, o mesmo a envolvera em um abraço e a beijara.

Fora um beijo bom, como tantos outros que já haviam dividido. Aquele era o tipo de homem com talentos para conquistar a mulher que desejasse, não apenas pelos milhões de dólares nas inúmeras contas bancárias de sua família. Louis sabia como cuidar de uma mulher, era o tipo carinhoso como a maioria não era, o tipo Dom Juan, perigoso de se apaixonar.

Quando os lábios finalmente se descolaram, alguns segundos depois, os olhares cúmplices se encontraram. A vontade de voltar a beijá-lo era enorme, mas não era a razão pela qual a moça estava ali.

—O que foi isso? – indagara a loira.

—Um beijo? – respondera o sujeito com uma nova pergunta.

—Sei que foi um beijo – devolvera ela, sem tentar se desvencilhar do abraço que a envolvia – Por que isso?

O rapaz sorrira e a garota mordera o lábio inferior apenas imaginando coisas obscenas, fantasias e fetiches que já tinham experimentado.

—Sendo sincero? – começara a falar tocando a face da loira, sentindo o calor da pele clara e macia – Primeiro, já estudei no Delphine’s, lembra? Sei o que é esse uniforme que está usando. Confesso que jamais imaginei Trixie St. Luna sendo pega quebrando regras. Mas entenda que não estou julgando e nem me importo com o que aconteceu. Lembra o que dizíamos um ao outro quando estávamos juntos?

Trixie finalmente se afastara, se sentando no banco do passageiro. O olhar buscava as pessoas do lado de fora. Sabia que ninguém podia ver o interior da pick-up graças ao insulfilm escuro.

—Nos vemos além das roupas, além do que os olhos podem ver. Você me ensinou a ler as pessoas, os gestos, expressões corporais. Lembro de cada segundo que passamos juntos – respondera ela sem olhar nos olhos do rapaz – Mas não foi por isso que me chamou aqui.

Era difícil para a garota explicar com palavras em voz alta. Gostava de Louis, mas nunca os imaginara juntos em um relacionamento de verdade. Ele, por outro lado, era claramente apaixonado por ela, como tantos outros com quem já saíra. A loira jamais admitiria para alguém, mas se importava com o amigo e vivia evitando magoá-lo.

—Realmente – respondera o sujeito – Me desculpe por…

Antes que concluísse o que dizia, a garota o interrompera.

—Não se desculpe – dissera ela em um sussurro cansado – Sabe que amo seu beijo. Me mostre o que disse que tinha para mim. Estou curiosa.

O sujeito apanhara um smartphone em um dos bolsos da jaqueta de couro negra que usava. Então selecionara um vídeo e chamara a amiga para mais perto, a fim de lhe mostrar o que tinha.

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