Cinco horas antes do início das apresentações…
—Então… – comentara o rapaz executando a última parte da programação no computador – O que o senhor acha? Devemos resumir os detalhes para não comprometer o tempo de apresentação no colégio?
—Diego, por favor – respondera o pai da nerd antes mesmo de opinar sobre o que Josh havia perguntado – Sempre chamei todos os amigos de minha filha pelo primeiro nome e não considero um desrespeito que me chamem da mesma forma. Somos homens adultos – emendara rindo.
O grupo da nerd estava reunido com o pai no quarto da garota. Josh estava sentado à mesa do computador revisando a programação com Diego à direita e Leon e Katie opinando do outro lado. Isadora estava na cama, relaxando deitada com as pernas esticadas enquanto conferia os aplicativos no celular que ganhara de presente de aniversário do pai.
—Diga se está bom – suplicara Katherine, como se sua vida dependesse de ser aprovada pelo sujeito – Tem certeza que nos sairemos bem?
—Já disse que está tudo perfeito – reforçara o sujeito – A ideia é genial e já foi pensada por centenas de especialistas pelo mundo todo, contudo, ninguém a colocou em prática até o momento, não com o nível de detalhamento que vocês conseguiram implementar. Como mencionei antes, basta apresentarem três por cento do produto no TCC e terão a aprovação de qualquer analista presente. Se depois quiserem, podem patentear e ganhar algo com isso além do diploma.
Eu também disse que estava tudo perfeito, mas quem me ouviu? – pensara a nerd, observando a equipe da cama. Eles pareciam aqueles grupos de crianças que estavam prestes a jogar sua primeira partida de futebol e seu pai era o técnico encorajando a todos. Ao menos imaginava algo assim, considerando que nunca havia jogado futebol na vida.
—Confesso que nunca me senti tão apreensivo na vida – resmungara Leon – Acho que é mais por ser um trabalho em equipe. Tenho receio de ficar nervoso na hora e se algo der errado, prejudicar a todos…
—Quantas vezes vocês revisaram esse projeto? – indagara Diego.
Katie encarara a nerd deitada e voltara o olhar para o restante dos presentes.
—Linha por linha umas quinze vezes cada com a Isa nos supervisando, fora as revisões em grupo. E ouso dizer que a nossa líder dispensou algumas noites de sono revendo tudo de novo…
—E quantas vezes ensaiaram a apresentação em grupo? – reforçara o mais experiente entre eles.
Dessa vez fora Joshua quem respondera.
—Acredito que também umas quinze vezes. No começo foi mais complicado devido à sincronização das falas da equipe e o tempo de apresentação. Acredito que nas duas últimas vezes ontem, conseguimos um timming perfeito.
Da cama, a nerd decidira que era hora de intervir. Sendo a especialista em insegurança naquele lugar e faltando poucas horas para encararem centenas de pessoas, nem ela própria podia se dar esse luxo. Precisavam ser confiantes e otimistas se quisessem passar por aquele desafio e seu futuro dependia disso.
—Definitivamente – começara a garota, atraindo a atenção de todos – Não há nada para nos preocuparmos. Cada um de nós trabalhou nesse programa por horas durantes meses. O conhecemos intimamente. E todos memorizamos não apenas nossas partes na apresentação, como as dos outros. Se algum de nós ficar nervoso, teremos uns aos outros para nos cobrir. Ensaiamos imprevistos diversas vezes, vamos nos sair bem – concluíra esperando ser convincente.
—Ouçam a voz da razão – sorrira Diego.
Enquanto o grupo agora mudava o discurso para como estavam preparados e como reagiriam diante de dezenas de pessoas os assistindo, Isadora voltara a atenção para uma mensagem que acabara de receber no celular.
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