Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 26

Existem momentos em que tudo que você pode fazer pelos amigos é torcer por eles e os apoiar para que sigam em frente.

Leonard torcera os lábios com olhar de poucos amigos quando Isadora viera lhe dizer que pegaria carona para casa com Joshua. O fato era que, assim como Katie tinha seu Porsche personalizado, Isa tinha um Chevrolet Cobalt SS 2010 Turbocharged, uma máquina personalizada para rachas que nunca passara dos cem quilômetros por hora na cidade. A verdade era que o espírito selvagem da nerd se limitava aos jogos no computador. No mundo real, poucas pessoas eram tão sensatas. Ninguém imaginava Isadora pilotando um black muscle americano em um racha de rua. Era mais uma peça de coleção para ela.

Leon costumava dizer que Isa era tão pé no chão que chegava a ser chata.

—Tem certeza? – indagara o rapaz.

—Vai ser só hoje, prometo – respondera a garota como quem se desculpava por não voltar com o amigo – Preciso me distrair um pouco.

—Então Josh Armstrong é o remédio para ter perdido a chance de parceria com Leonel Del’Aventura? – provocara Leonard – Não tenho certeza se ele é o cara mais indicado para você.

—Definitivamente não tenho problemas com Leonel que precise ser curado – argumentara a nerd. Quem ela estava querendo enganar? – Preciso manter a mente aberta para novas opções. Se Katie e você não vão me dar paz enquanto não sair com alguém, preciso considerar opções mais práticas que alguém que já tem uma companhia.

—Tudo bem – concordara o amigo a contra gosto – Mas quero cada detalhe desse encontro amanhã. Não me esconda nada, saberei se estiver mentindo – e por ironia, era verdade, Isadora nunca conseguia mentir para Leon e Katie, desde que eram crianças.

—Não é um encontro. É apenas uma carona para casa. Conto tudo amanhã – se não pode vencê-lo, junte-se a ele, era o lema de Isa junto a Katie e Leon.

Menos de cinco minutos depois, lá estava a garota se encontrando com seu novo parceiro perto do portão da escola. Isadora levava uma pequena bolsa onde carregava um tablet, dois celulares, documentos e maquiagem.

A vantagem de ser nerd desde pequena e ter um pai que nunca deixara de ser nerd era que aprendera logo cedo que não importava onde estivesse, tudo que precisava era ter um tablet ou celular de última geração e internet via satélite para que não estivesse sozinha.

—Oi – cumprimentara o rapaz – Direto pra casa ou podemos parar um pouco no caminho para conversar? – perguntara.

—Não posso chegar muito tarde, mas podemos beber alguma coisa. Ligo para minha mãe e aviso. Onde vamos?

Para Isadora, sair com Josh do colégio naquela noite era o mesmo que sair com um bad boy. Pelo menos pela aparência do rapaz. Josh usava uma jaqueta de couro negra com botões prateados e jeans rasgado. As botas de motoqueiro combinavam com as luvas negras que deixavam os dedos à mostra.

Ajudara a garota a se acomodar e se sentara ao lado dela, apanhando o cardápio e lhe entregando enquanto a fitava com o olhar curioso.

—Não vai pedir nada? – indagara a nerd, notando que Josh nem olhara para o menu sobre a mesa.

—Sempre paro aqui com o pessoal para falarmos sobre os shows. Vou beber uma cerveja. Sempre janto antes de ir para o curso e não tenho hábito de comer depois disso – respondera.

É verdade – se lembrara a garota. Josh era vocalista em uma banda de rock indie. Aquela pinta de bad boy era influência, estilo. Nem parecia o nerd dedicado que vivia com os olhos colados na tela do computador.

—Vou tomar uma cerveja também. Apenas uma, quero fazer umas revisões antes de ir para a cama e não posso dormir no processo – rira a menina.

Isadora não tinha o costume de beber cerveja, essa era mais a praia de Katie e Leon, mas podia abrir exceções. Não esperava champagne para aquela noite.