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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 393

“Abigail Zapata Monterrey”

Depois daquele almoço na casa do Antônio e da Celina, ninguém mais tocou nos assuntos referentes ao Ulisses e ao Maurice, foi como se eles não existissem mais e eu estava aliviada por isso. Eu só queria viver tranquila com a minha família. Claro que o Antônio estava acompanhando tudo para garantir que eles nunca mais saíssem da cadeia, mas ele só comentaria se perguntássemos ou se algo que devêssemos saber acontecesse.

As semanas foram passando e se transformando em um mês após o outro e eu estava cada vez maior. Enquanto o meu bebê não chegava, o Martim e eu fomos decorando o quartinho dele como o tema de ursinhos, porque eu ganhei no par ou ímpar, porque o Martim queria o tema coelhinhos.

Quando eu cheguei aos nove meses de gestação eu já estava me cansando muito fácil e carregar aquela barriga estava sendo um trabalho muito grande, então eu quase não saía mais de casa e já tinha me afastado do trabalho. Mas era domingo, meu dia preferido, e o almoço seria na casa da D. Yolanda.

- Ai, Abi, eu não me conformo que você não quis saber o sexo do bebê! – A Pilar reclamou e passou a mão em minha barriga.

- Ah, Pipa, a surpresa é sempre mais gostosa. – Eu sorri pra ela e dei uma olhada em volta na sala, mas não vi o Martim. – Você viu o meu ursinho?

- Adivinha? – Ela me olhou com um sorrisinho.

- Já sei! – Eu fui em direção ao jardim, sabia que meu marido estava sentado debaixo do pergolado. Quando eu me aproximei ele estava de olhos fechados.

- Esperando por mim, ursinho? – Eu toquei o rosto dele.

- Minha coelhinha, eu sempre espero por você! – Ele respondeu com um sorriso e abriu aqueles olhos verdes lindos que pareciam ter o sol no meio. – Senta aqui.

Eu me sentei ao lado dele no banco de madeira, ele passou o braço em meus ombros e eu apoiei minha cabeça no ombro dele.

- Eu adoro esse lugar! – Ele falou e eu sorri.

- Eu também! – Eu sorri, eu sempre me lembrava da primeira vez que eu me sentei ali com ele.

Nós ficamos por um tempo contemplando o dia ali naquele banco. Ele passava a mão pelo meu braço e vez ou outra me dava um beijo na cabeça.

- Eu te amo tanto, Abi! Eu sou o homem mais feliz do mundo ao seu lado. – Ele falou de repente e eu senti tudo em mim se aquecer. Eu sempre me sentia feliz quando ele dizia que me amava.

- Eu também te amo, Martim, amo muito! Minha vida ficou muito melhor, muito mais colorida com você nela. – Eu falei e me virei para beijá-lo e no momento em que ele me beijou eu senti uma coisa estranha e me afastei.

- O que foi coelhinha? – Ele me olhou preocupado e foi aí que eu senti a primeira contração.

Mas é claro que o meu filho não ia nascer em qualquer dia, o danadinho esperou o dia mais especial da semana, ele esperou o domingo e logo o domingo em que almoçaríamos na casa dos avós.

- Martim, a minha bolsa rompeu e eu senti uma contração. Está na hora. – Eu tentei manter a calma, mas o Martim se agitou logo.

- Vai nascer? Nosso bebê vai nascer? – Ele perguntou sorridente e eu fiz que sim. – Nosso bebê vai nascer! – Ele repetiu empolgado. – Hospital! Vamos para o hospital!

O Martim me ajudou a voltar para dentro da casa, mas estava tão concentrado em mim e no nosso bebê que foi me levando em direção a porta sem dizer nada a ninguém.

- Onde o casalzinho está indo? – A Natália se aproximou, vindo da cozinha.

- Para o hospital. – O Martim respondeu simplesmente, mas não parou continuou firme em direção a porta, deixando uma Natália perplexa para trás e antes de sairmos eu escutei o grito da Natália.

- VAI NASCER! VAI NASCER! CORRE GENTE, O MARTIM ESTÁ LEVANDO A ABAIGAIL PARA O HOSPITAL, MEU SOBRINHO VAI NASCER! – A Natália saiu gritando pela casa, mas quando eles começaram a sair eu já estava dentro do carro e o Martim já estava ligando o carro.

- Ursinho, você não avisou para eles. – E nesse momento eu senti outra contração.

- Avisei para a Nat, ela avisa o resto. O importante agora são você e o meu filho! – Ele estava todo calmo e concentrado no que tinha que fazer e eu sabia que nada tiraria o foco dele, então eu segurei a sua mão e ele me olhou.

- Obrigada, por ser quem você é, por me amar assim e por ser meu parceiro nessa jornada incrível que tem sido essa gestação. Você tem sido muito mais do que eu poderia sonhar. – Eu falei aquilo para ele antes que as contrações ficassem intensas demais e me fizessem esquecer.

Em casa já estava tudo preparado e quando nós chegamos, assim que eu coloquei o bebê no berço e me sentei na cadeira ao lado, a Pilar e o Emiliano chegaram, eles estavam loucos de ansiedade para conhecer o afilhado. Eu quase morri de rir, porque eles estavam de máscaras e luvas, pareciam completamente esterilizados para ver o bebê.

- O que é isso, gente? – Eu olhei para eles impressionada.

- Isso é cuidado, Abi! Nós viemos hoje porque eu não aguentava mais, mas é rapidinho e eu não vou nem pegar meu afilhadinho porque sei que não é recomendado. – A Pilar se aproximou. – É só uma olhadinha, meu príncipe! A dinda é tão louca por você!

- Corrigindo, bebê, a dinda é louca, tá?! – O Martim falou com o bebê e eu comecei a rir.

- Ah, mas o dindo não e ele vai ficar de olho na dinda. Que coisa linda! – O Emiliano e a Pilar estavam chorando de emoção e eu não me aguentei e comecei a chorar também. – Meus irmãos, vocês não imaginam a minha felicidade em ver vocês dois assim, e com meu afilhadinho nos braços.

- Ah, cara! – O Martim abraçou o Emiliano e já estava chorando também. Essa criança estava perdida, os pais e os padrinhos choravam mais que ele.

- Agora, por favor, vamos parar de chamar essa criança de bebê? Qual o nome dele? – A Pilar perguntou.

- Nós vamos contar pra vocês, mas para o resto da família só por vídeo chamada no domingo, já que não vamos poder ir ao almoço, vamos contar para todos juntos, então vocês têm que guardar segredo. – Eu falei e a Pilar me olhou ansiosa.

- Padrinhos, dêem oi para o Davi! – O Martim contou e pelas reações eles gostaram.

- É lindo! – A Pilar logo se manifestou.

- É maravilhoso! – O Emiliano concordou e olhou para o bebê mais um pouco. – Agora vamos, bruxinha, sua mãe disse para não demorar. – Eles se despediram e saíram depressa.

Eu estava completamente apaixonada por ser mãe, era a experiência mais linda da minha vida. E o Martim era um pai exemplar, aprendeu tudo o que pôde para me ajudar com o bebê e tinha se organizado para trabalhar de casa nos primeiros dias.

Como prometemos, no domingo fizemos a vídeo chamada para a família ver o nosso filho e contamos o nome. Eles ficaram emocionados com o novo membro da família. E eu estava louca para que meu filho pudesse estar no meio deles sentindo todo aquele amor.

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