Olívia Bianchi –
Abri meus olhos e percebi que já havia amanhecido. Pior que isso, eu estava na cama de Archie o vendo adormecido ao meu lado.
Esfregue meu rosto com as mãos e me sentei na cama, me posicionando para sair, mas hesitei por um instante, voltando a encarar Archie.
Naquele momento, senti meu corpo ser tomado por uma emoção intensa e cheia de conflitos. Eu não sabia ao certo o que estava sentindo, mas confesso que havia um pouco de medo.
—O que eu fiz? – Resmunguei sentindo o braço dele envolver minha cintura e me puxar de volta para a cama. —Archie!
Eu estava perdida; não sabia se saía correndo daquele quarto ou se permanecia deitada em seu braço, sentindo meu corpo se entregar as carícias.
—Bom dia! – Disse Archie me prendendo em seu corpo.
—Archie, preciso me levantar! – Falei me afastando com dificuldade, o vendo abrir os olhos finalmente para me encarar.
—Você ainda está aqui! – Questionou ele com um timbre rouquenho e cansado. —Acho que fizemos um progresso.
—Pois é! – Respondi em forma de resmungo me afastando e voltando a me sentar na beira da cama. Respirei fundo e então, voltei a encará-lo. —Archie, acho que precisamos conversar sobre o que aconteceu ontem. Eu não quero que pense que me aproveitei da situação e... – Fui interrompida.
—Vai dizer que acha melhor esquecermos? Que foi um erro ou então que é para manter apenas entre nós que nos relacionamos de vez em quando? – Perguntou Archie me fazendo soltar um riso fraco.
Eu estava envergonhada pelo que ouvi, mas não poderia o repreender por aquilo, a final, eram todos os indícios que eu o dava.
—Eu não ia dizer isso, mas acho que...- Antes que eu terminasse de o responder, Archie me olhou com os olhos escurecidos e se levantou da cama, mas antes de se mover, apenas me olhou de soslaio e resmungou.
—Quando sair, bata a porta! – Disse ele com um timbre frio, indo até o banheiro em seguida.
Eu o encarei confusa e então, soltei um suspiro profundo.
—O que eu fiz de errado? – Me questionei o acompanhando com os olhos e ao perceber que ele não se viraria para me olhar, sai de lá mantendo meu orgulho intacto.
Caminhei até o meu quarto e ao abrir a porta, vi que Aron ainda estava adormecido.
Aquele foi um motivo e eu dar um sorriso; ele parecia um anjo e todas as vezes que eu o via naquela calmaria, me sentia bem por ele não ter conhecimento das coisas que aconteciam entre mim e o pai dele.
O que para mim era um alívio!
Passei pelo arco da porta e caminhei diretamente para o banheiro indo me lavar. A final, eu ainda teria um longo dia de trabalho pela frente.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.