DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe. romance Capítulo 60

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Sai do quarto deixando Olívia com uma enfermeira e ao passar por ela, assenti com a cabeça para dois dos seguranças que estavam de guarda no lugar.

—Senhor Simons! – Disseram eles em uníssono me cumprimentando. Eles já sabiam que era um lugar seguro, mas que precisavam manter guarda incessantemente.

Por outro lado, eu também sabia que, a verdadeira suspeita de ter ocasionado o acidente estava a quilômetros dali e isso também me deixava mais aliviado.

Respirei fundo e segui a médica até uma sala ao final do corredor. Assim que passei pelo arco da porta do lugar, vi que ela me olhava com um semblante um pouco culposo.

—Senhor Simons, por favor, sente-se! – Disse ela indo para a cadeira atrás de sua mesa e me olhando enquanto respirava fundo.

Aquilo me deixou tenso, confesso!

—Aconteceu alguma coisa, doutora? – Perguntei me sentando em frente a ela, vendo-a me estender alguns papéis.

—Senhor Simons, tivemos uma reunião com a equipe médica sobre o caso de Olívia Bianchi e confesso que não tenho boas notícias.

—O que houve? – Perguntei sentindo o medo me consumir. E para dizer a verdade, as expressões faciais da mulher não estava ajudando muito.

Ela então, virou os papéis para mim junto ao prontuário de Olívia.

—Esses são os exames recentes dela. Infelizmente não estamos vendo melhora no quadro neurológico, ou seja, ela não tem nenhuma previsão de recuperar a memória devido a um rompimento de uma artéria! – Disse ela me mostrando a tomografia.

—Isso não será reversível então? – Perguntei assustado, me lembrando de que a última coisa que Olívia aceitaria, seria perder a memória e se esquecer de Aron.

Eu então, alisei minhas têmporas, vendo a mulher na minha frente balançar a cabeça em negação.

—Sinto muito, não podemos dar uma data até vermos como ela se recuperará. Por enquanto, ela não pode ter choques e nem ser forçadas ou a situação se agravará.

—Então preciso agir como se nada tivesse acontecido?

—Sim, para o bem dela. Só assim poderemos a liberar para casa, mas com uma condição...

—Condição? E qual é? – Perguntei ansioso.

—Ela terá que continuar a fazer acompanhamento com o Neuro. Precisa vir duas vezes por semana para repetir os exames e ver se existe progresso. – Disse ela olhando outro papel e respirando fundo. —Eu também gostaria de me desculpar por não termos conseguido segurar o bebê.

—Bebê? Que bebê? – Perguntei confuso a vendo me olhar assustada.

—O senhor não sabia de uma possível gravidez? Bom, estava bem no começo, período de concepção, eram apenas duas semanas.

—O quê? Duas semanas? – Perguntei soltando um riso desacreditado. —Quando souberam disso?

—Logo que ela chegou para nós. Os exames deram alterações e confirmamos, mas primeiro nos dedicamos em salvar a vida dela para depois voltarmos a tocar no assunto. – Disse ela como quem achava que eu sabia de tudo.

—Para quem vocês falaram sobre a gravidez? – Perguntei a vendo vincar as sobrancelhas.