Não foi fácil, mas mantive minha palavra e no dia seguinte, lá estava eu de volta no hospital.
Adentrei no quarto e ao passar pelo arco da porta, vi que havia um médico com Olívia. Ele estava a ajudando a fazer alguns exercícios devido ao tempo em que ela estava na cama; era mais que necessário aquilo, mas a forma em que ele a olhava me irritou.
—Isso, levante a perna o máximo que conseguir! – Disse ele pegando atrás da coxa dela.
—Precisa de ajuda, doutor? – Perguntei indo até lá e colocando uma caixa de chocolates sobre o criado da cama.
—Você quem é? – Perguntou ele me encarando, tendo a resposta direta de Olívia.
—Ah doutor, esse é Archie Simons, meu amigo! Disse ela me deixando sem graça.
—Sou praticamente da família e estou aqui acompanhando ela. Não acha que esses exercícios são um pouco pesados para ela? – Perguntei arqueando uma sobrancelha, tentando esconder meu ciúme.
—Não, não acho! – Disse ele descendo a perna dela e a olhando. —Vamos continuar amanhã, certo? Acho que seu acompanhante não quer sua recuperação.
Assim que o médico falou aquilo, passou por mim me fuzilando com os olhos.
Eu então, olhei para Olívia a vendo cruzar os braços e formar um bico nos lábios.
—Senhor Simons é verdade? Não quer que eu foque boa logo? – Perguntou ela me fazendo piscar os olhos algumas vezes pelo nervosismo.
—Claro que não! Isso é tudo o que eu mais quero! – Falei indo até ela. —Vamos, me diga o que preciso fazer para que acredite em mim?
—Faça o trabalho dele. Vamos, segure minha perna, uma de cada vez! – Disse ela com humor me fazendo rir.
Eu então, tirei meu terno e abri as mangas da camisa branca, voltando até ela.
—Certo, então eu farei. – Falei pegando a perna esquerda dela a levantando delicadamente e dobrando-a no meio. —Isso dói?
—Não, está até confortável! – Disse ela com um sorriso.
Fiz nas duas pernas e quando ia repetir os movimentos, meu celular tocou.
Era Sabrina!
Respirei fundo algumas vezes tentando conter minha irritação e então, vi que o celular havia parado de tocar.
Olhei Olívia e sorri.
—É trabalho, esqueci de avisar que estou de folga! – Falei a vendo sorrir e de repente, meu celular tocou novamente.
—Acho melhor atender. Deve ser importante! – Disse ela com delicadeza e então, a ajeitei na cama e sai do quarto para atender.
Deslizei o dedo sobre a tela, ouvindo um choro do outro lado da ligação.
—Querido onde está? Por acaso está me deixando de lado? – Perguntou Sabrina com uma voz manhosa.
—Me desculpa, tive algo urgente. Não está gostando do SPA? – Perguntei ouvindo-a resmungarem seguida.

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Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.