Evan entrou como um touro, andando em direção a Damian, comemos passos pesados. Este não se moveu, manteve a postura reta, porém, sem levantar o queixo.
— Senhor Everett. — Damian o cumprimentou, educadamente.
— Seu maldito moleque! — Evan ergueu um dedo em direção a Damian. — Como se atreve a aparecer aqui, na casa da minha filha?
Evan sabia muito bem que, pelo que tudo indicava, Damian tinha dormido ali. Aquilo fez o sangue dele ferver. E Lauren… depois de tudo, permitindo que aquele tipinho a conquistasse de novo.
Antes que Evan pudesse soltar impropérios, uma criatura saltitante entrou na sala e o desarmou.
— Vovô! — Oliver gritou e correu para Evan, de braços abertos. Ele agarrou as pernas do mais velho e olhou para cima, radiante. — Eu estava com tanta saudade!
Damian não pode deixar de sorrir ao ver como o filho estava contente. Ainda que Evan estivesse ali para causar problemas o fato de Oliver gostar do velho significava que este era bom para o menino. E Damian seguia o: adoçou a boca do meu filho, adoçou a minha.
— Sim, querido. Eu também estava com saudades!
Oliver queria colo, porém, Lauren, que surgiu da porta da cozinha, disse para o menino sentir-se na mesa. Evan não tinha a melhor das colunas e Oliver estava imenso.
— Tudo bem, mamãe. — Oliver segurou a mão do avô. — Vovô, olha, eu quero te apresentar. Esse é o Senhor Lancaster! Ele é o namorado da mamãe! Eu gosto muito dele!
Evan ia brigar, mas ao ouvir aquilo, ele segurou as palavras. O rostinho do neto não deixava dúvidas de que o pequeno adorava Damian. Os olhos brilhavam de alegria. Oliver puxou o avô em direção a Damian.
— Senhor Lancaster, esse é o vovô Evan!
Damian lançou um olhar significativo para Evan, que compreendeu e apenas assentiu.
“Pela forma como Oliver se dirigiu a esse homem, não sabe que é o pai dele,” Evan observou. Se era assim, seria mais fácil se livrar de Damian sem machucar tanto a Oliver.
— Por que não tomamos café da manhã? Oliver precisa ir para a aula. — Lauren estava nervosa. Ela não queria uma briga na frente do menino.
Evan concordou em silêncio e os quatro comeram. Oliver não parava de contar coisas sobre o avô e sobre Damian, um para o outro.
A viagem no carro de Lauren foi incômoda para os três adultos — eles não foram no carro de Damian porque Evan provavelmente se recusaria e isso causaria ainda mais desconforto, ainda mais com Oliver presenciando.
Assim que o menino estava no colégio, Evan começou a falar. E estava sentado no banco de trás.
— Fique longe da minha filha e do meu neto!
— Senhor Everett, eu o respeito, porém, não posso acatar seu pedido. — Damian disse, virando-se para trás. — Acho melhor conversarmos fora do carro.
Damian molhou os lábios ao passar a língua por sobre eles e soltou o ar, antes de olhar respeitosamente para Evan.
— Você não a merece!
— Eu sei. — Damian respondeu, o que pegou Evan de surpresa. — Mas farei de tudo para merecer. Eu amo Lauren.
Evan soltou uma risada debochada.
— Você a humilhou por anos! — Ele começou a se aproximar do ex-genro. — Você quase matou meu filho, seu cretino miserável. E se acha que o fato de ser o pai de Oliver vai te fazer ganhar algo, aqui, está enganado!
Era uma ameaça e Damian não costumava deixar esse tipo de afronta passar. Mas ele queria resolver as coisas, não piorá-las.
— Com todo o respeito, senhor Everett, eu não vou me afastar. Nem de Lauren e menos ainda de Oliver. Ele é meu filho…
— Filho que você abandonou!
— Eu não o abandonei! — Dessa vez, Damian falou alto. Ele respirou fundo. — Lauren teve os motivos dela e não os invalido. Mas eu não abandonei o meu filho! Não sabia que ele existia!
— Então pode continuar fingindo que ele não existe, porque no que depender de mim, Damian Lancaster, você não vai ficar perto dele!

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