Damian queria manter o controle, aquele era o sogro dele e, claro, tinha todo o direito de estar com raiva. Damian causou sofrimentos aos dois filhos do homem, além de ter destruído o legado da família Everett e os feito perder a bela casa que estava na família deles há gerações. Como não o odiaria?
Porém, havia um limite para tudo, e ameaçar tirar o filho que ele já tinha perdido anos de convivência, sem nem saber da existência, era atingir essa marca.
— Senhor Everett, sou compreensivo e não me inflamo quando o senhor deixa claro que me odeia. Os seus motivos são válidos. Porém, o meu filho ninguém vai tirar de mim. Absolutamente ninguém.
E com isso, ele incluía Lauren. Ele a queria na vida dele, como esposa, como mulher, como companheira. E sim, se ela estivesse interessada, ele queria ter mais filhos com ela. Mas nem mesmo ela estaria salva da fúria de Damian se tentasse levar Oliver para longe.
— Está me ameaçando? — Evan perguntou. — Eu não sou mais o mesmo homem fraco de antes, que permitiu que um merdinha como você pisasse na minha família!
As palavras saíram quase em cuspe da boca do homem, o que não abalou em nada Damian.
— Não é uma ameaça, senhor Everett. — Damian falou calmamente, porém, o olhar dele era intenso, queimando em cima de Evan. — É um fato. Oliver é meu filho, um que eu já perdi muito tempo com. E, de agora em diante, não ficarei sem ele.
Evan estreitou os olhos.
— Está dizendo que vai tirá-lo de Lauren, é isso?
— Não coloque palavras na minha boca, senhor Everett. Ela é a mãe de Oliver e sei que não existe nesse mundo quem o ame mais do que ela. No entanto, eu sou o pai, eu o amo, o amei antes mesmo de saber que era meu! — Damian estava completamente sério, agora. A gentileza no tom dele sumindo a cada palavra. — A única forma de me afastarem do meu filho é se eu morrer. Estou apenas deixando isso bem claro. Não tome a minha paciência como fraqueza, senhor Everett. Pelo meu filho, eu vou até o inferno!
Os dois homens se encararam por alguns instantes, nenhum dos dois querendo desviar o olhar, como se isso significasse derrota.
— Eu não posso obrigar a minha filha, Lancaster, mas eu estarei aqui, estarei de olho! E se eu perceber que você é uma ameaça a ela, digamos que suas palavras podem se tornar realidade!
Aquela sim foi uma ameaça e Damian inspirou fundo. Ele não admitia ser ameaçado, porém, ele apenas tomou o ar e remexeu a boca. Evan saiu do escritório, batendo a porta. Loui entrou em seguida.
— Senhor Lancaster, o senhor está bem? Devo impedir a entrada do senhor Everett daqui para a frente?
— Vamos? — ela perguntou em um tom divertido.
— Sim, senhora. E… Lauren, eu quero que casemos logo. Eu sei que você quer esperar a Marissa ter o bebê e tudo, mas… — ele soltou o ar. — Eu já disse que não menti pra você. Foi uma porra de um acidente.
Lauren não queria ter Marissa para sempre no encalço dela, porém, ela tinha pensado bem. Agora que Damian sabia que Oliver era dele, se o homem casasse com Marissa, ou com qualquer outra mulher, ou tivesse uma criança com quem fosse, Lauren se veria atada do mesmo jeito. Ela não o faria se afastar da criança — seria completamente injusto —, e a mãe, gostasse ou não de Lauren, estaria presente.
— Acha que é o momento? Digo, para as empresas? Nossos projetos?
— Acho. — Damian respondeu. — Podemos conversar melhor sobre isso durante o jantar.
Lauren concordou e não demorou até desligar o telefone. Ela sorria, mas essa felicidade não duraria muito. O telefone em cima da mesa tocou, era a recepção.
— A senhorita Langston está aqui.

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