CUIDADO! PODE CONTER GATILHOS.
Os lábios de Georgia tremeram e os olhos dela se encheram novamente de lágrimas.
— Senhora Caldwell, por favor, precisamos que coopere conosco. Onde ele está? Está ferido? Precisamos prestar o socorro a ele se for o caso.
Ainda que Georgia tivesse tentado matar alguém, era evidente que ela estava em um estado psicológico ruim. Uma psicóloga foi chamada e, após um tempo com Georgia, ela saiu da sala e olhou para o delegado.
— Precisa manda ruma ambulância para a casa dela. Agora! — a psicóloga disse e o delegado franziu a testa.
— Chamem uma ambulância para o endereço da senhora Caldwell! — ele gritou, enquanto andava para fora da delegacia, seguido da psicóloga e outros policiais. — Mantenham Georgia Caldwell aqui!
Ele olhou para a psicóloga, que começou a falar.
— O filho sumiu por uns dias, até que ela foi ao apartamento dele a fim de entender porque ele não atendia os telefonemas e, eventualmente, o celular passou a não ter mais sinal. Desligado.
A mulher falou apressadamente.
— Ele está morto? — o delegado perguntou.
— Sim. Ela o encontrou esfaqueado, jogado em cima da cama, nu. Pelo que ela disse, as roupas estavam espalhadas pelo apartamento.
— Precisamos saber quem foi a companhia dele. Quero as câmeras! — ele disse a outro policial. — A ambulância é para quem, se o rapaz já morreu?
— O pai dele. — Ela respondeu e o delegado parou de andar por um momento, antes de continuar. — Ele tentou impedi-la de ir ao casamento. E ela o tirou do caminho.
— Por isso o sangue na roupa. — O delegado falou e logo, os carros de polícia estavam indo em direção à casa de Julian, enquanto a ambulância foi para a casa de Georgia.
O apartamento estava com a porta entreaberta. Eles precisaram arrombar a porta, porque ela não abria pelo lado de fora e não havia qualquer sinal de uma chave reserva por perto.
Roupas masculinas estavam espalhadas pelo chão, fazendo um caminho para o sofá e, depois, para o quarto.
O delegado mandou passarem Luminol no apartamento. Camisinhas na lixeira ao lado do sofá.
No quarto, os lençóis estavam bagunçados e o delegado não poderia dizer se aquilo foi da atividade de Julian ou a mãe dele. Ele amaldiçoou por ela ter mexido na cena do crime!
O homem estava deitado — mais jogado do que tudo, com um braço pendendo para fora da cama — os olhos vidrados no teto, os lençóis brancos agora cheios de sangue seco. Ele tinha mais de um ferimento aparente. Pescoço, abdômen, peito.
— Tem ali dentro uma caixinha. — Ela falou e Damian começou a se levantar. — Eu queria só que você abrisse a mala, eu pego.
— Não. Não vai se levantar e fazer esforço.
Ele não deixou espaço para discussão e foi cuidadosamente até a mala, evitando barulho para não acordar Oliver.
O telefone dele começou a vibrar no bolso e Damian o pegou. Lauren notou como o olhar dele mudou ao ouvir o que falavam do outro lado.
— Damian? — ela disse, levantando-se lentamente. — Amor?
Ele estava pálido. Lauren chegou até ele e viu que a ligação já não estava mais conectada. Ela tirou o telefone dele e o colocou em cima da cama, segurando então o rosto de Damian.
— Amor, o que houve?
Os olhos dele estavam distantes e ele os moveu para encontrar com os de Lauren.
— Meu pai…

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Divórcio Contratual - Grávida do Meu Ex-marido