Com Marisa detida e Rodney acordado, Damian finalmente conseguiu respirar melhor. Agora sim, ele falaria com o avô. Quando Elliot soube que Rodney quase morreu, ele levou a mão ao peito.
— Ele tá bem agora, vô! Apenas se recuperando. Pode até receber visitas! — Damian falou, tentando acalmar o idoso.
— Por que... meu filho podia ter morrido, Damian! E eu não saberia até vê-lo em um caixão?
— Vô, por favor — Damian pediu —, o senhor sabe que eu nunca faria algo assim se não achasse necessário. E agora, ele já está fora de perigo. Apenas precisa se recuperar.
Elliot não gostava de como as coisas tinham sido conduzidas, mas mesmo assim, ele compreendeu o lado de Damian e ficou grato pelo neto pensar nele e na situação da saúde dele.
— E Lauren, como está?
— Ela está bem. Descansando. Oliver também está bem. Acho que… agora tudo vai ficar bem. Ele… ele acordou e quer ver a minha mãe, mas não acho que seja uma boa coisa. O médico me contou.
Amber desceu as escadas, ela estava muito melhor! Os olhos já pareciam mais presentes, e não distantes, como antes, sem vida.
Ela tinha ouvido o nome de Rodney e, agora, ela já conseguia não surtar.
— Mãe! — Damian disse e sorriu para ela, caminhando até onde a mulher estava e lhe deu um abraço carinhoso.
— Lauren? — ela perguntou. A jovem sempre teria um espaço especial no coração de Amber, afinal, foi quem esteve ao lado dela nos momentos mais escuros.
— Está bem.
Amber inspirou fundo.
— Rodney?
Dessa vez, Damian engoliu em seco e deu uma olhada rápida na direção do avô, que sinalizou que ele deveria continuar.
— Ele ficará bem. Teve um pequeno… acidente. Mas só precisa descansar e ficará bem. E a senhora, como está? O que andou fazendo?
Amber e ele foram caminhar pelos jardins e ela inspirou fundo.
— Eu ouvi que o seu pai quer me ver. — Ela falou calmamente.
— A senhora não precisa.
— Eu soube que queria falar comigo. — Amber disse e Rodney abriu a boca, mas nada saiu. Ele nem sabia como reagir. No período em que ficou desacordado, sonhou com a vida dele, como as coisas aconteceram, como poderiam ter sido. — Eu vou ouvir.
Ela se sentou na cadeira ao lado da cama de hospital e Rodney engoliu a saliva, com dificuldade. Não por uma questão física, exatamente, mas porque estava nervoso demais!
— Primeiro, eu quero te pedir desculpas. — Ele disse. — Desculpas por ter te tratado mal, por ter te traído, por ter feito você passar por um inferno na sua própria casa e… e por não ter te achado.
As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Rodney e um toque suave, mas quente, o surpreendeu. Ele parou de se mover e soluçar e olhou para Amber, que ainda estava com a mão próxima ao rosto dele. Ela tinha lhe enxugado as lágrimas.
— Chorar não resolve nada. Você está se recuperando, não deveria se estressar. — Ela disse e Rodney soltou uma risada triste. — O que foi?
— Eu nunca te mereci. Sempre fui fraco, incapaz e… o pior de tudo, indigno do seu amor.
— Você me deu amor, por um tempo. Me deu um filho maravilhoso. Não esquecerei disso nunca.
Rodney passou a língua pelos lábios ressecados.
— Eu sei que não tenho chances com você. Depois de tudo. Dizer que já tinha me arrependido de ter feito o que fiz não ajuda em nada. Mas… — Rodney inspirou fundo. — Podemos… podemos ao menos… conversar de vez em quando?

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