— Não sei se te dizer com toda a certeza, mas definitivamente eu suspeito disso. Qual o outro motivo dele? Eurico não é ninguém. Ele não tem qualquer poder. não tem nada que prenda Reginald a ele, ou este nem pagaria dinheiro nenhum, não acha?
— E o que ele ia fazer? Depois que eu me casasse, chegaria nos Blackburn e jogaria a bomba? Esperava ganhar contratos com isso? Parcerias? Não é como se os Mullen precisassem!
Damian bateu com a caneta na mesa, devagar, pensativo.
— Eu não tenho tanta certeza disso.
Loui franziu a testa.
— Os Mullen são influentes, ricos.
— Então, desde que começamos a atingi-los, notei algumas falhas comerciais. Eles pediram empréstimos. Grandes empréstimos. E, se não pagaram, estarão realmente encrencados, Loui. Algumas das pequenas empresas do Grupo estão caindo. Produtos de baixa qualidade, devedores, poucos pedidos, escândalos…
As coisas começavam a fazer sentido na cabeça de Loui, só que ele não queria saber disso. Ele só queria uma vida comum e confortável. Nunca quis luxo! Tinha Emma, tinha um bom emprego. E livre de Eurico, o dinheiro dele renderia. Emma também trabalhava e ganhava muito bem, afinal, ela era sócia de Lauren! Eles construiriam uma boa vida.
— Loui, eu só quero que tenha cuidado. E… eu sei que você não tem essa intenção de virar um “homem de negócios requisitado”, porém, vai ter que andar com seguranças. Uma hora você se acostuma. Mesmo depois que o seu divórcio sair, eu não abaixaria a guarda, entende? Reginald Mullen ainda é um perigo. E não sabemos até onde a filha dele puxou a ele, até onde ela vai para garantir o lugar dela na companhia e no poder. No poder de uma empresa boa, não em uma decadente, claro.
Ao sair da empresa, Loui estava confuso sobre o que ele deveria fazer. Claro, ele seria o Vice da Lancaster Corp — algo que deixou muitos acionistas irritados, porque eles esperavam ter um deles no cargo —, bem como assumiria o lugar dele no Conglomerado do pai.
O dia em que ele tomaria posse seria o mesmo em que o casamento dele com Alysha deveria ser desfeito, se o juiz levasse em conta aqueles trinta dias exatos.
Emma saiu do trabalho mais cedo, por isso, ela já estava no apartamento quando Loui chegou. Por sinal, a mãe dele queria lhes dar uma nova casa, mas Emma não parecia inclinada a querer sair do apartamento dela. E Loui não via motivo, então, concordaram que ficariam ali.
Assim que ele chegou em casa, o jantar estava pronto, Emma o recebeu e Loui se sentiu tão completo! não por Emma ter cozinhado, mas por chegar em casa e ela estar ali, recebendo-o tão naturalmente.
— Vai tomar um banho e vem comer, antes que esfrie.


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