Lauren limpou a garganta.
— Por favor, o que o senhor está dizendo? — ela reclamou e olhou para o próprio prato, antes de levantar o olhar para o homem. — Não respondeu a minha pergunta.
Ela sabia que era arriscado perguntar coisas pessoais. Ela mesma o recriminou, e agora, estava ali, sendo enxerida.
Damian passou a língua pelos próprios lábios levemente carnudos.
— Não posso cortejar uma pessoa que eu não sei onde está — Damian falou, amargo. — Ela sumiu depois do divórcio.
— O senhor fez algo muito ruim para que ela tomasse chá de sumiço?
Ele sabia que René o estava cutucando, o estava testando.
— Fui babaca. Um imbecil. Agi com imaturidade e acabei me dando muito tarde que ela era a mulher da minha vida — ele bebeu o vinho. — Mas eu não desisti e, quando a encontrar, não a deixarei ir.
Lauren acabou rindo e Damian ficou sério.
— Desculpe, é que… o senhor fala como se ela estar com o senhor dependesse apenas da sua própria vontade!
— Ela me ama.
— Amava.
— Ama! — ele insistiu e respirou fundo. — Lauren me ama. Eu fiz burrada? Sim, mas eu nunca fui infiel! Ela pensou que sim, mas… não. Posso não ter sido o melhor marido, mas infiel, eu nunca fui!
Lauren não acreditava. Para ela, Damian estava apenas atuando e tentando se passar pelo ex-marido coitado que não cometeu nenhum erro grave para que a esposa o deixasse.
— Entendo — foi só o que ela respondeu. — O senhor já pensou na possiblidade de ela ter morrido?
Dessa vez, Damian não foi tão cavalheiro e quase bateu o pulso na mesa, mas conseguiu se controlar, porém, a expressão do rosto dele não era nada amigável.
— Lauren está viva e bem viva! Não diga uma besteira dessas!
Lauren levantou as mãos.
— Finja que eu nada disse. Perdão.
Damian endireitou-se na cadeira.
— Muito bem. Se tudo estiver de acordo, assine o contrato, por favor.
Lauren pegou a caneta e assinou.
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