Lauren arregalou os olhos, sentindo o coração quase saindo do peito, de tão rápido que estava batendo.
Pra que continuar mentindo para ela mesma? Ela era apaixonada por Damian, mesmo depois de tudo, mesmo depois de cinco anos longe do homem. Ele era, para ela, o homem mais lindo do mundo — Oliver entrava junto, e os dois eram cópias —, com os traços perfeitos. A mãe de Damian era asiática e isso conferiu a ele um olhar diferente. Lauren amava se perder naqueles olhos quando eles a encaravam daquela maneira, cheio de promessas e de desejos. Quando ele se inclinou, o olhar fixo nos lábios dela, ela sabia o que ele faria.
Damian a encarou e René estava com as pupilas mais do que dilatadas. Ela o queria e ele sabia daquilo. A forma como os lábios dela se separaram, como ela suspirou, puxando o ar e esperando pelo inevitável. No entanto, algo lá no fundo da mente dele dizia que, se ele a beijasse, ele estaria colocando tudo a perder!
Ele colocou uma mecha de cabelo de René atrás da orelha dela e sorriu, encostando o queixo no topo da cabeça dela. Lauren conseguia ouvir os batimentos dele, que pareciam acompanhar os dela mesma.
“Ele… ele não me beijou,” ela pensou e mordeu os lábios. “Será que ele realmente está se guardando para a ex-mulher, no caso, euzinha…? Será que Damian está mesmo apaixonado por mim? Digo, Lauren?”
A viagem continuou e eles não falaram nada. Eventualmente, Lauren adormeceu e quando pousaram, Damian a acordou. Ele a olhou por alguns minutos, admirando os traços da mulher que era idêntica a Lauren Everett. Com ela relaxada, daquela maneira, ele podia olhar melhor e sim, ele podia ver as sardas que Lauren tinha… e a raíz dos cabelos.
Damian estreitou os olhos. Sim, ele podia ver que a raíz dos cabelos dela não eram castanhas. As sobrancelhas… era difícil afirmar. Só que ele estava ainda mais desconfiado de que René era Lauren.
— Senhor Lancaster? — Loui, que tinha ficado na cabine, apareceu ali, abrindo um pouco a porta de correr. — Chegamos.
Damian queria retrucar que ele sabia, afinal, se o avião tinha pousado!
— Já vamos. Pode ir na frente — ele falou, no lugar disso e suspirou. Era necessário acordar René. — Querida… já chegamos.
Lauren, de olhos fechados, resmungou e se enfiou ainda mais no peito de Damian. Ele sorriu. O cheiro do shampoo de René era o mesmo de Lauren.
“E me dizer que isso é apenas coincidência?”
— René… — nada. — Lauren, amor… chegamos.
— Hmm… — ela respondeu e Damian levantou uma sobrancelha. — Chegamos?
— Sim. Lauren, quer que eu te carregue?
— Uhum… — ela disse e passou os braços pelo pescoço dele. Damian a pegou no colo, sem mais, e assim que desceu com René nos braços, ele fez sinal para que Loui voltasse para a aeronave e pegasse as malas. Eram pequenas, não muito pesadas.
O motorista abriu a porta e ele a colocou no banco de trás. Foi quando Lauren acordou e os rostos deles estavam bem próximos.
— Ah! Senhor Lancaster!
— Eu mesmo — ele brincou. — A senhorita estava muito cansada, então a trouxe para o carro.
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