— Você, não vai dar. Oliver não está muito bem. Não se preocupe, não é nada muito grave.
— Oliver… Meu bisneto se chama Oliver? — Elliot estava todo contente. Aquele era um nome que ele já tinha falado com Lauren e ela mencionou que o primeiro filho dela com Damian seria esse. — Quando? Ele poderá no fim de semana?
— Não sei. — Damian falava bem baixinho e olhou por sobre o ombro. Os dois ainda dormiam. — Eu preciso desligar. René e Oliver estão dormindo.
A ligação foi finalizada e Elliot percebeu como Damian não respondeu sobre o “bisneto”.
— Esse menino deve ser filho dele… mas que coincidência! — o velho disse sozinho. — Mas a criança parece grandinha… será que ele traiu Lauren?
Isso deixou Elliot enfurecido. O garoto parecia ter pelo menos uns cinco anos! E nesse tempo, Lauren ainda estava com Damian. Se era assim, então aquela tal René não era boa coisa! Elliot esperava que ela fosse na Mansão no fim de semana, para poder olhar bem para o rosto da mulher que seduziu Damian!
“Não que ele seja santo, nisso!”
No mínimo, Elliot enfiaria a bengala no topo da cabeça de Damian. Seria bem merecido!
Oliver se remexeu e Lauren acordou imediatamente. Damian já estava perto do menino e foi quem ele viu primeiro.
— Senhor…
— Não fale. — Damian disse, gentil. — Sua gargantinha está ruim. Tá com fome, sede? Eu vou chamar a enfermeira.
Ele deu um beijo na cabeça de Oliver e se retirou. Lauren ficou com o coração batendo forte ao presenciar a cena. O carinho de Damian pelo menino era verdadeiro.
— Mamãe… — Oliver falou, rouco.
— Bom dia, meu amor. Fique quietinho, sim? Não force a garganta.
Oliver fez um biquinho, mas obedeceu. A sensação era a de comer terra — não que ele tivesse lembrança de algum dia ter feito aquilo —, mas ter visto o senhor Lancaster ali fez o dia do menino! Teria ele passado a noite? Parecia cansado!
Enquanto estava dirigindo, René e Oliver estavam no banco de trás. A mente de Damian se moveu para o passado, quando ele soube que Lauren tinha abortado. Depois, ao procurar sobre os dados da ex-mulher, nenhum aborto foi encontrado. E se Lauren tivesse mesmo tido uma criança?
— Senhor Lancaster?! — A mão de René estava no ombro de Damian quando Oliver o chamou. As buzinas dos carros fez Damian despertar para o que estava acontecendo e ele colocou o carro em movimento.
— Tá tudo bem? — ela perguntou baixinho.
— Sim, desculpe. — Damian limpou a garganta. — Já estamos chegando.
Assim que o carro parou, ele abriu a porta para René e, em seguida, pegou Oliver no colo. Ele fez uma nota mental para comprar uma cadeira infantil para o carro. Não poderia andar com Oliver solto.
Eles estavam em frente a um local claramente japonês. “Tora no Hana Café” era o que se lia na placa bonita acima da entrada. Eles estavam em Cherry Creek.
O café era discreto por fora, mas elegante e acolhedor, com grandes janelas de vidro emolduradas por madeira escura e luminárias de papel penduradas logo acima. Um pequeno jardim zen ladeava a porta de entrada, com pedras bem dispostas e ramos de cerejeira desenhados nas paredes internas de vidro. Era o tipo de lugar que exalava paz — e memórias. Memórias que Damian ao mesmo tempo queria lembrar e esquecer. Lauren prendeu a respiração, porque ela sabia que lugar era aquele.

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