— Não perturbe a minha família, ou vai ver como achar emprego nesse país se tornará uma missão impossível!
Com isso, Damian entrou no veículo e deu partida.
— Damian, se acalma. — Lauren disse, colocando a mão no braço dele enquanto o homem dirigia mantendo os olhos mais do que focados na estrada.
— René, certas pessoas precisam ser colocadas no lugar delas. Aquela mulher se dizia uma professora, estava atendendo crianças diretamente e o que ela fez? Se juntou a preconceitos e a fofocas, sendo parte de um grupo de bullying contra uma criança! — Damian estava enraivecido além do pensamento. — Inadmissível. E sendo contra os meus, eu fico ainda mais possesso!
Esse era o comportamento normal das pessoas. Quanto mais próxima a pessoa, mais para dentro do coração se levava uma ofensa. E, para Damian, Oliver era como filho dele. Além disso, falarem mal de René era outra ação absolutamente inaceitável. Ele não diria “era como se falassem mal dele mesmo”, pois Damian não se importava tanto assim quando algo o atingia. Mas aos que ele amava?
Então, ele se deu conta. Ele… ele amava René? De verdade? Não era apenas desejo e carinho, atração física, emocional e intelectual? Ele realmente a amava? Como…
“Como eu amei Lauren,” ele pensou, mas sacudiu a cabeça. Talvez fosse inclusive mais intenso, ainda que ele e René nem mesmo tenham chegado a dormir juntos ou passado anos em uma relação. O que Damian não percebia era que ele estava amando a verdadeira Lauren, a mulher que ele fez questão de negligenciar por uma picuinha interna.
— Damian? — Lauren o chamou ao perceber como ele estava divagando. Não que fosse uma coisa ruim entrar em contato com seus próprios pensamentos, porém, não enquanto dirigia!
— Perdão! — ele se desculpou e respirou fundo. — Vamos comer?
Ele os levou a um restaurante que Oliver já tinha mencionado. Uma dessas propagandas da TV e o menino achou o lugar bonito, com peixes e aquários.
— Mãe, eles não ficam tristes? — o menino perguntou, já sentado na cadeira e olhando em direção a um enorme aquário no meio do salão.
— Tristes? — ela perguntou e ele assentiu.
— Às vezes proibem aquilo que lhes é conveniente. Você vai entender com o tempo. Mas eu concordo com você.
— Senhor Lancaster… eu gosto do senhor. — Ele disse e o coração de Damian ficou mais quente, essa sensação espalhando-se para o corpo todo. Lauren apenas observava e estava mais certa de que a verdade tinha que ser dita e logo.
Eles finalizaram a comida, foram para casa, Lauren ajudou Oliver com o dever de casa e, depois que o menino dormiu, Damian e ela foram para o quarto. Nessa noite, os dedos de Damian traçaram de maneira diferente o pescoço de Lauren, bem como o rastro de beijos que ele deixou em sua pele, indicando que ele estava pronto para ir adiante.
Os olhos escuros de Damian brilhavam com antecipação e, ao ver o seu próprio desejo refletido nos olhos de René, ele puxou a camisola dela, expondo-lhe o corpo.
— Você é perfeita. — Ele sussurrou e a beijou mais profundamente, com mais intensidade. Lauren não se parou, dessa vez. Ela contaria a verdade a Damian em alguns dias, por isso, ela preferia aproveitar o momento. E se ele não a perdoasse? E se ficasse com raiva dela? Ela guardaria aquela noite na memória. O que eles fizeram no hotel não contava, não quando ele nem mesmo sabia que era ela.
Quando Damian se abaixou e ficou no meio das pernas de René, ele pausou por um momento e ela ergueu o tronco, para ver a expressão dele. Havia algo ali que ela não compreendeu, mas Damian apenas sorriu ainda mais e, com os olhos cravados nos dela, esticou a língua e a experimentou. Lauren gritou baixinho.

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