— Oh, você achou o meu celular — o sorriso de Marissa vacilou e ela ergueu o queixo, tentando disfarçar o nervosismo.
— É, eu achei… — Damian disse e entregou o aparelho para a mulher. — Deveria ter mais cuidado. Eu quase pisei nele.
Marissa engoliu em seco.
— Que descuido… bom, obrigada. Eu, eu estou indo embora. Com licença.
Ela virou as costas, porém, podia sentir o olhar fuzilante de Damian nas costas dela. Ao sair da sala, Marissa soltou o ar.
“Tá tudo bem! Por que ele olharia o seu celular, huh?”, ela se perguntou, sentindo-se mais confiante, e saiu dali com a cabeça erguida.
Enquanto isso, Damian estava no escritório, socando a parede.
— Como… eu… pude ser… tão idiota?!
Ele gritou consigo mesmo. Então, deu-se conta do que estava fazendo: perdendo tempo! Sem mais, ele pegou o próprio celular e tentou ligar novamente para Lauren, esquecendo-se de que ele estava bloqueado.
— Que inferno! — ele apertou repetidamente o número que o ligava diretamente à sala de Loui. — Ah, atende!
— Senhor Lancaster, como posso ajudar? — a voz de Loui soou e ele estava completamente ignorante quanto às novidades e ao novo estado de espírito do patrão.
— Encontre Lauren. Encontre-a imediatamente! E… e chame o advogado à minha sala!
Damian encerrou a comunicação e apoiou as duas mãos na mesa de madeira. Ele precisava falar com Lauren, ele precisava que ela o ouvisse!
“Então agora você quer o casamento?” a própria voz dele perguntou, debochadamente.
— É claro que eu a quero! — Damian se surpreendeu com as próprias palavras, tão ligeiras e tão certeiras. Sim, ele queria Lauren e não conseguia nem pensar em um futuro sem ela. Se já estava difícil antes, mesmo quando ele pensou que ela o havia traído… agora, então…
Damian pegou as chaves do carro e saiu da sala, quase dando de encontro com Loui.
— Diga ao advogado que falo com ele logo, primeiro, vamos até a casa dos Everett — Damian anunciou, porém, a expressão do assistente não era das melhores.
— Senhor, eu não consegui ainda localizar a senhorita Everett…
— Ande logo! — Damian estava impaciente, porém, não tinha jeito: ele teria que esperar pelo elevador! — Quem diabos chamou essa joça?
— Senhor, por favor, a senhorita Everett…
— É senhora Lancaster! — ele corrigiu o assistente, o rosto todo vermelho. Damian deu uma respirada mais calma e soltou o ar. — Senhora Lancaster.
— Perdão, é que com o divórci… — Damian o olhou e Loui sentiu que, se olhares matassem, ele cairia durinho ali mesmo. A saliva desceu quadrada pela garganta do assistente. — Digo… sim, senhor. Como eu dizia, a Senhora Lancaster não está com a família dela.
A porta do elevador se abriu e Damian entrou ali, Loui logo atrás.
— O que quer dizer com isso? Ela não está na nossa casa, não está com os pais dela?
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