— Você vai mesmo adiar? — Charles perguntou, a garganta dele parecendo mais seca que o normal.
— Sim. Acho que é o melhor a ser feito. — Cheryl respondeu. Ela deu uma leve olhada em Lauren, sem querer, quando desviava os olhos dos de Charles. Havia ali algo que lhe deu forças. — Eu quero casar com o vestido com esse desenho. Não aceito outro. E, uma vez que Sloane sem querer rasgou o tecido, preciso providenciar outro, não é assim, senhorita Laurent?
Lauren compreendeu que Cheryl talvez estivesse se dando conta do relacionamento que Charles pudesse ter com Sloane. Por um lado, Lauren queria que Sloane ficasse frustrada ao ver que não conseguiu impedir o casamento, no entanto, ao ver a interação do noivo com a tal “melhor amiga da noiva”, ela achava a decisão de Cheryl a mais sensata.
— Exatamente. Infelizmente, o dano foi muito grande. — Lauren respondeu, seriamente. O espaço entre as sobrancelhas de Charles se crispou. Ele olhou para Sloane.
— Como você conseguiu fazer isso? — O desagrado na voz dele era clara. Isso, de um jeito, fez Lauren ponderar se aquela proximidade entre o noivo e a cobra vestida de amiga não era um mal-entendido. Ela mesma já tinha passado por aqui, não era mesmo? Marissa…
Lembrar desse nome deixava um gosto amargo nos lábios de Lauren.
— E-eu.. torci meu tornozelo, Chalie. — Sloane falou com a voz chorosa e doce, usando um apelido. Lauren percebeu os olhos de Cheryl estreitando-se. — Foi sem querer…
Ele colocou Sloane em uma das cadeiras e pegou o telefone no bolso dele. Quem atendeu foi o assistente.
— Senhor Gally, por favor, leve a senhorita Bolton ao hospital. Ela torceu o pé. Suba. Obrigado.
Ele colocou o celular de volta no bolso e aproximou-se de Cheryl e pegou a mão dela, aplicando ali um beijo.
— Sloane será cuidada. Enquanto isso, por que não vamos comer algo? — ele olhou para René. — Obrigado por refazer o vestido, senhorita Laurent. Será bem recompensada por isso.
— Não há nenhum problema. — Lauren sorriu calmamente, no entanto, ela ainda não estava convencida de que Charles Mosley não estava tendo um caso com Sloane.
Charles não olhou de novo para Sloane e acompanhou Cheryl para o primeiro andar. Ele encontrou com o assistente no caminho e apenas acenou com a cabeça, indicando a direção que ele deveria tomar para chegar até Sloane.
Cheryl sentiu o coração dela mais leve. Ela não era do tipo ciumenta e desconfiada, porém, a forma como Charles a tinha empurrado e depois entendeu as palavras de Sloane como uma acusação, caíram do jeito errado nela.
— Desculpe por ter pensado mal de você. — Ele falou, quando entraram no carro. — Que tal irmos ao seu restaurante favorito?
Cheryl sorriu.
— Ah, se vamos nesse carro, Sloane…
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