Em seu lugar romance Capítulo 18

Resumo de 18-Um vestido como esse, me pergunto, que ocasião seria?: Em seu lugar

Resumo de 18-Um vestido como esse, me pergunto, que ocasião seria? – Em seu lugar por Sandra Rummer

Em 18-Um vestido como esse, me pergunto, que ocasião seria?, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Em seu lugar, escrito por Sandra Rummer, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Em seu lugar.

No dia seguinte acordo tarde, onze horas. Lembro-me dos últimos acontecimentos e sou obrigada a admitir o meu fracasso. Said me tem em suas mãos.

É detestável admitir, mas não sou imune a atração que ele exerce sobre mim. E o pior, ele está me afetando sentimentalmente. Eu estou pensando muito nele, e fico triste quando ele fica desapontado comigo e me sinto péssima mentindo a ele, demonstrando uma pessoa que não sou. Isso agora tem me preocupa.Triste coloco meu caftan branco e calço os chinelos. Zafira entra no meu quarto.

—Said me disse ontem à noite que era sua folga, por isso não te chamei. Ele disse para eu pegar as roupas com você.

Droga! Ele não se esqueceu! Eu tenho que me desfazer delas.

Zafira fica me olhando enquanto eu, com raiva, retiro as roupas do guarda-roupa e jogo-as no chão.

Toco com as mãos um vestido que me custou os olhos da cara. Eu o usei na festa da minha formatura. Ele tem um grande valor sentimental, mais do que o material. Eu não o pego, deixo-o no cantinho do armário. Abro minhas gavetas e retiro todas as minhas blusinhas, blusas, camisas, saias.

Zafira pega aquele amontoado de roupas e leva embora. Said entra no quarto. Eu engulo em seco.

Ele está lindo! Como sempre, aliás. Os cabelos negros molhados, usava roupas de um bárbaro no deserto, um Kandoora branco. Todos os pensamentos desaparecem de minha mente. Ocupada apenas pela presença dominante dele.

Seus olhos desviam-se da minha figura e fitam o guarda-roupa e eu me lembro do vestido.

Allah! Eu ia escondê-lo depois que Zafira levasse as roupas.

Então resolvo distraí-lo:

— Deseja alguma coisa?

Said volta seus olhos para mim. E não diz nada, volta sua atenção para o meu guarda-roupa e o abre. Dá um sorriso odioso e me encara.

— Esqueceu esse.

Eu olho meu vestido pendurado no cabide com dor no coração.

— Esse eu comprei com o suor do meu rosto, não é produto de roubo.

Ele passa a mão pelo tecido e depois olha para o meu corpo.

— Vista-o para mim!

—Vestir? Para você?

—Sim.

Ele passa por mim e se senta na minha cama, se inclina para frente e apoia os cotovelos nas pernas, muito à vontade, mas seu rosto é sério.

— Vamos? O que está esperando?!

—Eu não quero me vestir para você!

Ele sorri com uma frieza que faz meu coração disparar.

—Por quê? Se o vestido é decente, não teria porque não o vestir para mim.

— Porque não, sou uma empregada e não é a ocasião para vestir esse vestido!

— Um vestido como esse, me pergunto, que ocasião seria?

Eu fico sem respostas e ele se ergue:

—Vista o vestido! —Diz entredentes.

Suspiro e, resignada, retiro o vestido amarelo fosco do cabide e vou até o banheiro. Fecho a porta e me troco.

Olho-me no espelho. Ele tem um decote quadrado, acima dos joelhos, à cinturado. Para os padrões árabes, eu estou quase nua. Tremendo, vou até o quarto.

Said me encara. Seu rosto fica sombrio.

— Eu me pergunto, que mundo você vive? Como você acha que seria vista se te vissem andando por aí desse jeito?

Como uma turista... eu não pertenço a esse lugar. Seis anos longe foram para mim transformadores. Eu me moldei ao país que eu me instalei e jamais pensei em voltar a viver na Arábia Saudita novamente. Só estou aqui, porque minha irmã está doente. E trouxe minhas roupas, pois não tive tempo de comprar vestidos mais largos que seguem com as tradições daqui.

— Eu não ficaria andando por aí como diz. Eu o comprei pois acho bonito. —Foi a única explicação que encontrei.

Ele passa os olhos pelo meu corpo.

— Sem dúvida nenhuma, te deixa bonita. Mas não vi em sua mala roupas que as mulheres virtuosas usam. Você ia fugir não ia? Iria para outro país?

Mais uma mentira na minha lista.

—Sim.

Ele se levanta e se aproxima de mim.

— Então você mentiu para mim, pois me disse na ocasião que não pensava em fugir.

Eu baixei meus olhos.

O que eu poderia dizer?

—Sim.

Said deve ter ojeriza do ato que minha irmã cometeu. Ele parece ter prazer em me corrigir. Ele não perderia seu tempo comigo se não fosse assim.

Quanto à atração sexual, eu sei que ela existe, isso é muito forte entre nós. Ele mesmo confessou isso, mas para aí nossas afinidades. Said jamais me olharia com outros olhos. Por isso, quando sonhos românticos tentam subir no meu coração, eu rejeito. Não posso me iludir com Said e ele está comprometido com Naja.

Eu sinto raiva com suas lições de moral.

E ele? Naja não ia gostar nada de saber que Said extrapola em suas ações me dando beijos.

Será que ele me beija toda hora para mostrar que tem domínio sobre a situação? Sobre mim? Para eu me sentir nas mãos dele?

Afasto os pensamentos com raiva e os volto para a minha conquista. Agora posso andar livremente. Conhecer direito minha prisão.

Caminho sem destino certo. Acabo alcançando o pátio externo e ando ao redor da mansão. Os muros brancos não são muito altos, por cima deles dá para se ver o horizonte. Constato que estamos em um lugar afastado da civilização, quase desértico.

A piscina está ali como um enfeite? Eu me pergunto.

Quando eles a usavam, já que o pudor é em nível máximo?

Sei, lá.

Se bem que ela fica num local bem afastado da casa.

O calor está insuportável, tanto que não consigo ficar muito tempo na parte externa da casa e entro logo.

Estou seguindo até meu quarto quando ouço vozes em uma sala ao lado da biblioteca. A primeira eu reconheci, é Said, e a outra é de um homem.

—A quem você quer enganar, Said? Você não percebe o que está acontecendo?

—Estou resolvendo isso!

— Resolvendo?

— Rashid, por favor, você não veio aqui para me dar lição de moral, veio? Pois se veio, sugiro que saia. —Ele diz tudo exaltado.

— Sou seu amigo é natural eu me preocupar com você. Você é um mestre na arte de manipular, e agora...

— Pare Rashid! Por favor, saia.

Eu me afasto da porta rápido, mas com a minha pressa tropeço em um tapete mais à frente no corredor. Meus cabelos se soltam do coque e caem sobre meu rosto.

Quando eu me levanto, vejo um homem que me olhando com um sorriso insolente. Ele é alto como Said, bonito e mais velho uns cinco anos. Os cabelos castanhos, os olhos cor de mel. Ele se aproxima de mim com um olhar tão estranho que me faz dar um passo para trás.

— Eu sei quem você é. Você é a ladra que roubou Ester Nardine! Uma pobre viúva!

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