Em seu lugar romance Capítulo 17

Eu me afasto e tento acertar as faces dele, e quase consigo, mas ele é muito rápido pega a minha mão. Um sorriso odioso, irônico, brota de seus lábios. Ele me segura pelos pulsos e seus olhos correm pelos meus cabelos e depois, devagar ele olha dentro de meus dentro dos meus olhos. Seu rosto se inclina e fica pertinho do meu. Por uns segundos, nos mantemos assim, corpos unidos, lábios tocando-se sem se beijar.

Eu sei, que não há ninguém que possa me ouvir, caso eu grite. Estou à mercê dele e duvido que esse homem tenha alguma complacência.

"Não lute...será pior para você." Ele fala ao meu ouvido.

Espalmo minhas mãos no peito dele, e viro meu rosto, mostrando meu desagrado, embora meu corpo anseie pelo dele. Mas seria muita fraqueza de minha parte se eu cedesse, depois de tudo que eu ouvi.

Ele entende e se afasta. Quando eu levanto meu rosto e o encaro, espero encontrar nele um sorriso debochado, arrogante, mas ele me olha terno, isso me deixa sem ação.

— Vamos até a biblioteca!

Não estou acostumada a lidar com sua essa estranha mansidão. Ele é bipolar? Me pergunto.

Afasto-me dele. Sua figura é alta e poderosa, o retrato do perigo. Ele me encara por um tempo e sai do meu quarto. Eu o sigo até a biblioteca.

Passando por ele, vou até o telefone, disco o número decor. Observo Said pegar um cigarro da cigarrilha de ouro que fica em cima da mesa. Depois que ele acende, fica de costas para mim fitando a janela.

—Nadir? —Quando ela atende, dou as costas para ele.

— Maysa?

— Sim!

— Que bom que ligou. Sua irmã teve uma pequena melhora. Mas os médicos estão questionando muito a identidade dela.

Eu passo os olhos pelas costas largas de Said.

— Ela pode.... —Como eu falarei isso? Zafir está ouvido tudo.

— O quê? Se identificar?

—Isso!

—Tem certeza?

—Sim, absoluta.

—Ela não está mais sendo procurada?

—Não.

—Está certo então. Falarei para ela.

— Explica o motivo. Que está tudo resolvido.

— Que bom... E você? Como andam as coisas?

— Estou fazendo meu trabalho. Está tudo bem. — Me emocionei quando pensei na minha irmã. —Diga a Maysa que a amo.

—Está certo, eu direi.

Desligo o telefone e limpo as lágrimas. Said está me encarando, seu olhar parece sem vida.

—Você gosta muito dessa sua amiga.

—Sim.

—Amanhã, se quiser, podemos visitá-la?

Eu fico sem ação por um momento.

—Eu ouvi bem? Você me levaria para visitá-la?

—Sim. —Diz com a expressão séria.

—Você não poderia entrar comigo, pois ela está na UTI ainda. Não tem problema?

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