Em seu lugar romance Capítulo 17

Resumo de 17-Se não fosse pela minha irmã, poderia fugir.: Em seu lugar

Resumo de 17-Se não fosse pela minha irmã, poderia fugir. – Uma virada em Em seu lugar de Sandra Rummer

17-Se não fosse pela minha irmã, poderia fugir. mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Em seu lugar, escrito por Sandra Rummer. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Eu me afasto e tento acertar as faces dele, e quase consigo, mas ele é muito rápido pega a minha mão. Um sorriso odioso, irônico, brota de seus lábios. Ele me segura pelos pulsos e seus olhos correm pelos meus cabelos e depois, devagar ele olha dentro de meus dentro dos meus olhos. Seu rosto se inclina e fica pertinho do meu. Por uns segundos, nos mantemos assim, corpos unidos, lábios tocando-se sem se beijar.

Eu sei, que não há ninguém que possa me ouvir, caso eu grite. Estou à mercê dele e duvido que esse homem tenha alguma complacência.

"Não lute...será pior para você." Ele fala ao meu ouvido.

Espalmo minhas mãos no peito dele, e viro meu rosto, mostrando meu desagrado, embora meu corpo anseie pelo dele. Mas seria muita fraqueza de minha parte se eu cedesse, depois de tudo que eu ouvi.

Ele entende e se afasta. Quando eu levanto meu rosto e o encaro, espero encontrar nele um sorriso debochado, arrogante, mas ele me olha terno, isso me deixa sem ação.

— Vamos até a biblioteca!

Não estou acostumada a lidar com sua essa estranha mansidão. Ele é bipolar? Me pergunto.

Afasto-me dele. Sua figura é alta e poderosa, o retrato do perigo. Ele me encara por um tempo e sai do meu quarto. Eu o sigo até a biblioteca.

Passando por ele, vou até o telefone, disco o número decor. Observo Said pegar um cigarro da cigarrilha de ouro que fica em cima da mesa. Depois que ele acende, fica de costas para mim fitando a janela.

—Nadir? —Quando ela atende, dou as costas para ele.

— Maysa?

— Sim!

— Que bom que ligou. Sua irmã teve uma pequena melhora. Mas os médicos estão questionando muito a identidade dela.

Eu passo os olhos pelas costas largas de Said.

— Ela pode.... —Como eu falarei isso? Zafir está ouvido tudo.

— O quê? Se identificar?

—Isso!

—Tem certeza?

—Sim, absoluta.

—Ela não está mais sendo procurada?

—Não.

—Está certo então. Falarei para ela.

— Explica o motivo. Que está tudo resolvido.

— Que bom... E você? Como andam as coisas?

— Estou fazendo meu trabalho. Está tudo bem. — Me emocionei quando pensei na minha irmã. —Diga a Maysa que a amo.

—Está certo, eu direi.

Desligo o telefone e limpo as lágrimas. Said está me encarando, seu olhar parece sem vida.

—Você gosta muito dessa sua amiga.

—Sim.

—Amanhã, se quiser, podemos visitá-la?

Eu fico sem ação por um momento.

—Eu ouvi bem? Você me levaria para visitá-la?

—Sim. —Diz com a expressão séria.

—Você não poderia entrar comigo, pois ela está na UTI ainda. Não tem problema?

— Você está cansada e esse não é um assunto que gostaria de tratar com você. — Ele murmura irritado.

— Eu sou jovem, você não pode tirar minha juventude enfurnada aqui para ser sua empregada! Não quero ser como suas empregadas. Mulheres solteironas que nunca se casaram que vivem para te servir.

Ele aperta minha mão, e me fita com intensidade.

— Te garanto que não será como elas. Tenho planos para você, mas isso vai depender de você, como eu sou persistente, pode demorar, mas esse dia chegará.

Eu me sinto angustiada, à beira do descontrole e da histeria. Ele leva a minha mão para os lábios e as beija com docilidade. Fica olhando para mim com um sorriso misterioso nos lábios.

Allah! O que ele quer dizer com isso?

Por alguns instantes torturantes, examino cada milímetro de seu rosto, tentando entender suas palavras. Eu não tenho chances de vencê-lo. Por meios limpos ou não, a vitória sempre será dele. As tentativas para afirmar-me diante desse homem sempre cairão por terra, estou diante de uma personalidade forte e agressiva.

Puxo minha mão devagar e me afasto dele perturbada. Ele não me segura ali.

—Boa noite. — Digo e me afasto.

Quando saio, sinto meus olhos se encherem de lágrimas.

Se não fosse pela minha irmã, poderia fugir. Pegaria meu passaporte e voltaria para Londres. Mas minha atitude recairia sobre ela e Adara não se encontra em condições de assumir seus erros.

Entro no meu quarto e sigo até o banheiro, encho a banheira e entro nela. Ali, esparramada, sou tomada pela dor, com vontade de gritar.

O pior! Estou ligada ao meu carcereiro e isso me dói mais do que minha própria prisão. Ele não enxerga em mim a mulher que eu sou, ele enxerga alguém para moldar como uma cera macia.

Não! Eu preciso ser otimista, não posso perder as esperanças, elas são as únicas que me restavam ainda.

Por que tanto pavor?

Mas a sensação inquietante persiste, a ponto da minha cabeça a doer.

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