Em seu lugar romance Capítulo 38

Resumo de 38-Sua irmã é tudo que Said quer em uma mulher. Você não percebeu isso?: Em seu lugar

Resumo de 38-Sua irmã é tudo que Said quer em uma mulher. Você não percebeu isso? – Uma virada em Em seu lugar de Sandra Rummer

38-Sua irmã é tudo que Said quer em uma mulher. Você não percebeu isso? mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Em seu lugar, escrito por Sandra Rummer. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Me afasto de Said e pegando minhas sacolas e vou para o meu quarto. Depois de arrumar minhas novas roupas nos cabides, lavo as mãos e tiro o lenço. Solto meus cabelos e os penteio, depois os prendo em um rabo de cavalo. Sigo para a sala.

Quando entro, vejo Said conversando com Adara, rindo de algo que ela falou.

Com ela, ele é leve, calmo, seguro...

Ela ainda mantém o lenço cobrindo os cabelos.

Santa Adara!

Ele sente a minha presença. Seus olhos imediatamente voam para os meus cabelos à mostra.

—Vamos almoçar? —Said diz observando nós duas.

Eu dou um sorriso.

— Claro! Estou morrendo de fome.

Adara abre um sorriso para mim.

— Estávamos rindo do carneiro que fez.

Eu meneio a cabeça.

— Sou uma negação na cozinha.

Adara sorrindo, fita Said.

— Vou te passar uma listinha dos ingredientes que preciso e farei o carneiro para vocês.

Said sorri para ela satisfeito.

— Muita gentileza sua.

Eu dou um sorriso forçado.

— Muita!

Said então olha para nós duas.

— Bem, então vamos almoçar!

Eu e Adara seguimos Said até a grande sala de jantar. Said indica o lugar para Adara, à esquerda dele. Eu me ocupo o lugar à sua direita.

Eu o encaro por um momento. Seus olhos intensos também nessa hora procuram os meus, meu coração bate agitado no peito, pela força que emana deles. Desvio meus olhos dos dele e me concentro no meu prato.

O almoço para mim se arrasta. Sinto os olhos de Said o tempo todo em mim, e de vez em quando em Adara. Uma espécie de sexto sentido me diz que Said está nos comparando, talvez colocando tudo em uma balança.

E a vencedora ééééééééééé?

Claro que Adara.

Lanço um olhar para Adara, ela come totalmente alheia, pensativa. Ela come com gosto, com certeza apreciou a comida. Também, Salma caprichou. É difícil alguém não gostar da comida dela.

Depois que terminamos de almoçar. Adara diz para Said:

— Que tempero maravilhoso. Sua cozinheira cozinha muito bem.

Said sorri aberto para ela. É o que ele mais faz desde sua chegada.

—Salma está comigo há muito tempo. Assim como Zafira.

Adara olha para mim dando-me um sorriso franco, cheio de simpatia.

—É bom ser servida. Sempre servi.

As palavras dela surtem o efeito de um punhal desferido em meu coração. Ela me faz lembrar de sua vida dura e eu me sinto mal com isso. Entendo que, se tem uma pessoa que merece minha irmã é Said. Muito mais que eu.

Eu tenho uma vida na Inglaterra, relativamente boa. Participo de festas, ia ao cinema, teatro. Amo meu trabalho.

E minha irmã? Desvio meus olhos dos dela e me levanto.

— Adara. Faz companhia a Said. Eu estou com dor de cabeça. Vou tomar um banho e me deitar.

Eu lanço um olhar para Said. Seus olhos tentam ler meu rosto, buscando a verdade nas minhas palavras.

— Deite-se na sua cama, em meu quarto. Lá é mais fresco.

Eu não digo nada para ele, só faço que concordo. E me afasto deles.

Sigo em direção ao meu antigo quarto. Conforme caminho pelos corredores, sinto as lágrimas surgirem em meus olhos devido ao grande aperto no meu coração.

Said não quer que eu seja como Adara? Se ele sente atração por mim, com certeza ele sentirá por minha irmã.

Não é egoísmo de minha parte, ficar o tempo todo em pé de guerra com Said se o que ele quer na verdade é uma mulher maravilhosa como minha irmã?

Entro no meu quarto e sigo até o banheiro. Lavo meu rosto para tirar o vestígio de choro.

Quando saio do banheiro vejo Said sentado na minha cama. Os olhos negros dele correm pelo meu rosto. Ele se levanta e vem ao meu encontro. Baixo a cabeça.

Firmando meus joelhos, obrigo-me a levantar o rosto quando ele está próximo de mim. Ele cerca minha cintura, seus lindos olhos negros fixam-se no meu rosto. Ele passa o dedo pela minha testa.

— Trouxe remédio para você, coloquei no criado-mudo.

Eu baixo meus olhos e o abraço.

—Obrigada.

Afasto-me de Said e pergunto:

— E Adara?

Ele me dá um sorriso.

—Quando se viu sozinha comigo, se retirou.

—Claro! É por causa dos costumes. É por isso que está aqui?

Said endureceu o rosto.

—Não, estou preocupado com você.

Allah! O que está acontecendo comigo? Claro que ele está preocupado!

Seus olhos fixam-se em minha boca, e eu o puxo para um beijo. A sensação de sentir o corpo musculoso contra o meu é deliciosa.

— Maysa, Maysa. — Ele geme com voz rouca, sussurrada entre beijos, junto ao meu ouvido, mordiscando o lóbulo da minha orelha.

A maneira como ele pronuncia o meu nome, antes de beijar-me, provoca-me arrepios de prazer. Ele então me abraça ofegante, e eu fico quietinha no peito cheiroso dele, ouvindo as batidas de seu coração.

Quando ele se afasta de mim, eu me declaro:

—Eu te amo!

Ele sorri e pegando minhas mãos a leva aos lábios e as beija.

—Vem descansar no nosso quarto. — Ele puxa minha mão.

Eu assinto sorrindo.

— Não vai pegar o remédio?

Seus olhos perspicazes me observam atentamente.

—Claro! Obrigada!

Pego o vidrinho sigo com ele.

Quando chegamos no quarto, eu coloco os comprimidos no criado-mudo e o ajudo a tirar os sapatos. Ele se deita e eu me deito ao lado dele.

— Não tomará o remédio?

Eu me ergo na cama.

— Não, minha dor de cabeça passou.

— Era dor de cabeça mesmo, que sentiu?

Eu nego com a cabeça.

— Não, mas não quero falar sobre isso.

Said solta o ar, parece agitado.

— Por que não confia em mim? Me fale! Por que saiu daquele jeito da mesa?

Eu me aconchego mais a ele.

—Said, eu não dormi nada à noite, fica quietinho.

Said suspira resignado.

— Tudo bem.

Eu me ergo e o beijo nos lábios e volto a deitar no peito cheiroso dele.

Acordo, sozinha na cama. Levanto-me assustada na penumbra. Ouço o chuveiro. Saio do quarto e procuro Adara pela casa. Eu avisto ela na sala arrumando um vaso com flores. Ela trocou de roupa e agora usa caftan com um corte austero, branco e um lenço da mesma cor.

Quando ela me vê, sorri.

—Melhorou?

Eu retribuo seu sorriso. Por dentro triste pela mentira.

—Sim. — Eu olho as flores do campo que ela está arrumando. —Onde conseguiu as flores?

—Caminhando no jardim. Não são lindas?

Eu encaro minha irmã, a mulher exemplar.

— Maravilhosas.

Ela se senta na cama.

—Depois eu quero conhecer o seu.

Eu desconverso e dou um sorriso para ela.

— Adara. Fica bem. Daqui a pouco trago seu jantar.

Saio e fechei a porta. Quase corro nos corredores em direção a sala. A sala estava vazia, preocupada, vou até o quarto de Said. Ele está já deitado de olhos fechado. Respira com dificuldade por causa da dor. Muhafa está tirando os sapatos dele.

—Obrigada Muhafa. Agora pode ir.

Muhafa sai do quarto.

— Você tomou o remédio para dor a que horas?

Said abre os olhos e me encara. Seu semblante está carregado.

— Eu já me sentia melhor. E deixei de tomá-los. Pelo que parece agora, voltei à estaca zero.

Eu lhe dou um sorriso confiante.

— Creio que não. Amanhã estará bem. Você só abusou hoje. —Digo enquanto pego um copo de água e o remédio.

Said ergue a cabeça com dificuldade e o toma. Quando eu estava para deixá-lo ele me pede:

—Fique!

Eu me sento na cama pertinho dele.

— Não posso, minha irmã está aí. —E lhe dou um sorriso debochado. —E quem está de castigo é você. Descansa. Quando passar sua dor, vou pedir para Muhafa te ajudar a colocar o pijama.

— Se passar minha dor, ele não precisará fazer isso. — Ele disse com mau-humor.

— Nada disso, o local está inflamado pelo esforço de hoje. O remédio camufla sua condição. Por isso, Muhafa virá em seu quarto mais tarde e te ajudará com as roupas. E hoje, você não sairá da cama. Ordens médicas.

Said me dá um sorriso cínico.

— Está certo, minha gata selvagem.

Eu sorrio para ele, e me inclinando beijo seus lábios.

— Te amo. Fica bonzinho aí! Mais tarde eu virei aqui te ver.

Ele sorri

— Eu também te amo.

Eu o beijo novamente, e me sentindo feliz, saio do quarto e me dirijo ao meu quarto, resolvo dar uma cochilada.

Mais tarde, vou até a cozinha. Salma já fez o jantar. Ela e Zafira estão jantando sentadas de frente uma para a outra.

Zafira quando me vê, pergunta:

— O que aconteceu com Said?

— Minha irmã passou mal, e Said a amparou até o sofá. Agora, não aguenta de dor.

Zafira meneou a cabeça.

—Puxa. Ele parecia tão recuperado.

— Sim, agora ele está deitado. Daqui a pouco levarei o jantar dele. Vou levar para a minha irmã.

Pego uma bandeja e faço um prato com o ensopado de carne, que Salma tinha feito. Salma depois de limpar a boca, me diz:

—O carneiro chegou.

— O carneiro?

— Said pediu para Muhafa comprar. Sua irmã o fará amanhã.

Eu forço um sorriso.

— Que maravilha!

Zafira me encara séria.

— Você não tem medo da sua sombra?

Eu respiro fundo.

— Allah! Zafira. Que coisa horrível para se dizer!

Zafira se levanta da mesa e pega seu prato vazio.

— Não disse nada demais. Eu só estou observando. Sua irmã é tudo que Said quer em uma mulher. Você não percebeu isso?

Eu sinto meu estômago revirar.

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