Resumo do capítulo 39-Eu jamais serei como minha irmã e se ele quiser uma Adara para sua vida, ele que fique com ela! do livro Em seu lugar de Sandra Rummer
Descubra os acontecimentos mais importantes de 39-Eu jamais serei como minha irmã e se ele quiser uma Adara para sua vida, ele que fique com ela!, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Em seu lugar. Com a escrita envolvente de Sandra Rummer, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Zafira não sabe, mas é exatamente o que eu quero. Provocar um confronto. Eu jamais serei como minha irmã e se ele quiser uma Adara para sua vida, ele que fique com ela! Claro que eu tenho medo de sair perdendo nessa história e assistir Said começar a se interessar pela minha irmã.
Eu encaro Zafira séria.
—Se isso acontecer. Said não era para ser meu. Ele que fique com Adara. Vou levar essa bandeja para ela. Ah! Já ia me esquecendo, peça para Muhafa ir até o quarto de Said.
Saio de lá triste. Com as mãos trêmulas, bato na porta dela. Dou um longo suspiro. Quando ela abre, forço um sorriso. Adara tinha tirado o lenço e soltado os cabelos.
— Que bom! Meu jantar. Estou morrendo de fome.
Eu vou até uma mesinha em frente à janela e coloco a bandeja.
— Por que você só trouxe para mim? Não irá comer?
Eu meneio a cabeça.
— Estou sem fome.
— Então me espere. Sente-se na minha cama, enquanto eu como. Depois conversamos.
Eu assinto e espero ela comer. Quando ela termina, se senta ao meu lado.
— E Said?
Meu coração se aperta no peito. Adara parece impressionada com ele. Por isso não estranho sua pergunta. Eu respondo tentando passar naturalidade:
— Já se deitou.
Ela ergue as sobrancelhas.
— Nossa! Já? Ele costuma dormir cedo?
—Não. Lembra que eu te contei do acidente dele ao telefone? Então. E foi ele que te segurou quando você desmaiou, e agora está com dor.
Adara arregala os olhos.
— Allah! Que coisa horrível!
Eu digo confiante:
—Amanhã, ele ficará bem.
Ela meneia a cabeça.
— Eu só estou dando trabalho.
Eu pego as mãos dela.
—Claro que não! Estou feliz que esteja aqui. Eu te amo.
Ela se emociona.
—Eu também. —Ela me abraça. —Foi tão duro nosso afastamento. Valeu tudo que passei, só para te ter por perto.
Eu me emociono.
—Eu sempre te convidei para morar comigo em Londres. Por que nunca foi?
—Somos diferentes. Eu não me adaptaria.
Eu respiro fundo e digo animada:
— O carneiro chegou. Você o fará para amanhã.
Adara sorri feliz.
—Allah! Isso é muito bom! — Ela se levanta animadíssima. — Vamos até a cozinha, que quero te ensinar a prepará-lo. Precisamos deixá-lo marinando de véspera.
Allah! Que animação! Tudo isso por causa de um carneiro?
Eu lhe dou um sorriso, me lembrando do dia que Said comprou o carneiro. Ele que tinha me dito que precisava temperá-lo antes. Senão, nem isso eu teria feito.
—Vamos. E você me ensina.
Adara prende os cabelos e coloca o lenço. Seguimos juntas pelos corredores, ela parece feliz em mostrar seus dotes culinários. Ela adora agradar. Acabo passando uns momentos descontraídos na cozinha. Observo ela temperar o carneiro, usando vinagre, temperos e ervas. Depois ela o cobriu e o levou à geladeira.
—Não. Melhor não. Você está bem. E minha irmã está conosco, vou escandalizá-la.
Resistir aos encantos de Said é o mesmo que desafiá-lo. E ele nunca recusa um desafio.
Ele me olha com seriedade.
—Não acho. Há outro motivo nesse seu gesto. Você parece infeliz. Ou tem uma maneira meio estranha de demonstrar felicidade.
Ele se aproxima de mim rapidamente, e me envolve em seus braços. Foi preciso usar de toda a energia guardada para me soltar dele.
Seu rosto está sério, mas consigo ver em seus olhos o vulcão de emoções que ferve em seu íntimo. Eu não quero preocupá-lo. Não adianta nada expor para ele meu coração. Só o tempo e o convívio, o farão perceber que mesmo que nossos mundos sejam diferentes, ele precisava mudar. E se ele continuar com suas imposições, não dará certo nós dois juntos.
Eu forço um sorriso.
—Said, por favor. Seja compreensivo. Boa noite.
Saio do quarto, carregando minhas coisas.
Said
Impotente, foi assim que me senti quando a vejo sair do meu quarto. Um sentimento também reina em meu coração, a insegurança.
Desde que Adara chegou, Maysa está estranha. Eu tento entender o motivo, mas não consigo.
Ciúmes de mim?
Hoje, quando eu as observei juntas, percebi o quanto Maysa é diferente. Se eu olhasse com os olhos da razão, Adara é tudo que eu planejei como exemplo para ser minha esposa. Contudo, ela carrega consigo uma submissão que não me atraí. Respiro fundo.
Maysa não! Aqueles olhos de gata selvagem tem uma superioridade. Aquela íris demonstra desde desejo, amor, raiva, cinismo. É isso que me atraí a ela. Isso me fascina.
Bonito, perfeito, muito mais que minha mente pode retratar.
Maysa precisava apenas ser moldada, aceitando sua nova vida e sua nova condição. Mas não quero que ela perca sua espontaneidade, coisa que eu não vejo na irmã dela.
Eu tenho medo da modernidade. Convivi muito tempo com nossos costumes. Tenho medo de ceder, de ser levado pelo meu coração. Eu preciso subjugar meu coração, reforçar na minha mente que aceitar o moderno é perigoso e que ceder estragará tudo.
As duas juntas me fizeram enxergar uma coisa bem intrigante. Eu jamais teria olhado para uma Adara, só na minha razão. Meu coração quer uma Maysa. É ela que eu amo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Em seu lugar
Uma das melhores historias que ja li aqui no site,muito boa mesmo!...
Linda a história!!!!...