A moça que o acompanha, abraça Said.
— Said, já terminou com essa moça? Daqui a pouco precisarei ir embora, e quase não ficamos juntos. E sabe como papai implica com o horário. —Ela diz toda melosa. Ah, me deu até carie.
Ele sorri para ela de um jeito tão carinhoso que meu coração dispara pela beleza e docilidade que vejo naquele sorriso.
—Estou terminando aqui, me espere na biblioteca.
Ela sorri meigamente para ele e me lança um olhar de pesar.
Allah! Realmente a minha figura não é atraente, acho que sou repelente. Eu me sinto patética! Mas isso é o que menos me preocupa. O que mais me preocupa é que cozinhar não é a minha praia.
Tento argumentar.
— Ao invés da cozinha. Eu poderia limpar a mansão, a parte interna.
—Para quê? Para roubar alguns objetos e vender para pagar suas dívidas?
Eu perco a paciência e me levanto.
—Olha aqui! Eu nunca roubei nada em toda a minha vida. —Então me lembro que me passo pela minha irmã. Respiro fundo e argumento. — Eu errei, mas foi a primeira vez e como eu te disse, isso não irá mais se repetir. Foi uma burrada muito grande o que fiz.
— Cale-se! —Ele ordena.
Aproxima-se de mim me puxando com tanta violência que vou de encontro a ele, espalmo minhas mãos em seu peito me segurando para não cair. Posso sentir seu calor e as batidas fortes de seu coração. Estremeço quando percebo que a veia do pescoço dele lateja, demonstrando o quanto ele está nervoso.
A mão quente dele levanta o meu queixo forçando-me a encará-lo.
—Não ouse me desafiar! A vontade que tenho é te entregar para a polícia, lembre-se sempre disso. Portanto, não espero receber reclamações de você por negligência. As coisas serão feitas do meu jeito. Eu estou no controle. Entendeu? Você é minha propriedade agora.
Eu me sinto fraca, mas não vencida. Tento argumentar.
— Alguém poderia me vigiar, enquanto faço as tarefas.
Ele me solta de um jeito brusco.
—Por que não quer trabalhar na cozinha?
—Eu... —Não encontro as palavras.
Ele perde a paciência.
— Sem argumentos! Você trabalhará na cozinha e acabou. Você com esse seu jeito, me insultou além do limite. Que não se repita!
—Sim, meu amo! —Digo jocosa, fazendo uma reverência. Playboy arrogante!
Isso o irrita. E eu me arrependo na hora do que fiz. Ele trinca os dentes e me puxa para si.
—O que foi? Te incomoda se sentir nas minhas mãos? Faça seu serviço direito, que nem notará minha presença.
Ele então se afasta e sorri de um jeito cruel e sem quebrar o contato com meus olhos, grita:
— Zafira!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Em seu lugar
Linda a história!!!!...