Em Seattle, Rebecca abre os olhos e sente sua cabeça girar, mais uma vez por exagerar na bebida. Ela avista na poltrona roupas que provavelmente suas amigas deixaram ali. Ela se levanta, faz sua higiene pessoal e sai do quarto, encontrando seus amigos na sala de jantar.
— Olha a bela adormecida. Você deu trabalho de novo, mocinha. — Diz Luan.
— Não vou beber na próxima. — Diz ela rindo, fazendo seus amigos rirem.
— Você está bem, amiga? — Questiona Susan.
— Sim, estou. Ainda não acredito no que aconteceu.
— Todos fomos pegos de surpresa. Peter é um babaca. — Diz Marcelo.
— Com certeza ele é, mas sabe, acho que a bebida me salvou. Porque uma parte de mim queria aceitar. Se eu estivesse sóbria, estaria certamente com ele agora e provavelmente iria me arrepender por tê-lo desculpado. Eu não posso ficar aqui, acho que voltarei para o campus.
— Becca, fugir não vai adiantar de nada. Você precisa lidar com isso, não adianta se enganar, amiga, uma hora tudo desaba. — Diz Melissa.
— Vocês viram o meu celular? — Questiona, mudando de assunto.
— Está no meu quarto, tive que tirar de você. Você ligou várias vezes para o seu amigo! — Diz Luan.
— Não, isso é mentira, não é? Ele me mataria se estivesse aqui. Ele deve ter me xingado um monte. Graças a Deus que não consigo lembrar.
— Acho que ele não atendeu. — Responde Luan.
— Que alívio! Buscarei o meu celular. — Ela se levanta e caminha até o quarto. Ao pegar o celular, percebe várias ligações perdidas de Peter. — Babaca! — Resmunga desanimada. — Ela verifica as mensagens, encontrando uma de Alex e outra de Peter.
“Se você quiser conversar, venha até mim. Vou te esperar no meu apartamento o dia todo. Eu te amo, Becca. Não desista de nós.” – Ela senta-se na cama pensativa, se deve ir encontrar Peter.
Rebecca fica por longos minutos, ponderando sobre todas as situações e o que deveria fazer naquele momento. Sem ter certeza de qual direção seguir, ela lê a mensagem de Alex e sorri. Ela percebe que, no fundo, talvez não tenha devolvido o carro apenas porque deseja manter contato com ele.
— O que estou fazendo com a minha vida? — Questiona-se. Ela digita uma mensagem para ele.
“Desculpe-me, Sr. Baker, mas você me pagou para dirigir, não para devolver o carro. Deveria tê-lo devolvido, não acha?” — Ela solta um sorriso involuntário, principalmente porque sabe que Alex ficará provavelmente irritado com a provocação.
— Adoraria ver a cara dele! — Diverte-se e volta para a sala de jantar.
— E então, levou um sermão? — Questiona Susan.
— Na verdade, não. O senhor resmungão apenas me deu uma bronca por não devolver o carro. — Responde ela, não comentando sobre a mensagem de Peter com seus amigos.
Em Nova York, Alex vê a notificação da mensagem de Rebecca, mas não a abre, pois não quer se frustrar mais. Ele é tirado de seus pensamentos pelas batidas na porta.
— O que você quer? — Questiona ao abrir a porta.
— Alex, você vai me odiar para sempre?
— Richard, dá um tempo! Pare de agir feito uma criança!
— Só vim me desculpar novamente, eu não queria te causar problemas.
— Quantas vezes você vai fazer isso? Suas desculpas não me interessam. A merda já está feita. Lidarei com Sophia quando voltarmos a Boston.
— Você está sofrendo por ser traído?
— Pareço estar sofrendo aos seus olhos? Pare de ser ingênuo. Minha relação com Sophia se tornou algo casual e provavelmente superficial. Não estou sofrendo por causa disso, apenas estou irritado com os problemas que terei que resolver. Não quero discutir esse assunto, por favor, me deixe sozinho.
— Tudo bem! Até mais tarde. — Responde Richard, saindo do quarto.
Em Seattle, no final da tarde, Rebecca encontra-se na casa de Melissa. Ela passou toda a tarde no quarto, mergulhada em pensamentos sobre os eventos recentes. Ela verifica novamente o celular, na esperança de ter recebido uma mensagem de Alex. Com um suspiro de desânimo, percebe não haver nada e decide enviar uma mensagem para ele.
“Desculpe-me, vou devolver o carro. Não se preocupe, arcarei com todos os custos referentes a essa locação. Tenha uma boa noite, Sr. Baker.” – Rebecca sai do quarto e encontra Melissa e Susan na varanda.
— Meninas, vocês me acompanham até a concessionária para devolver esse carro? Se eu tiver que pagar por mais uma diária, estou frita.
— Quer que eu vá com meu carro para podermos voltar depois?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: ENTRE O AMOR E O ÓDIO
Também estou amando esse romance estou lendo ele no taplivros estou no capítulo 135, pensei que iria encontrar todos os capítulos disponíveis aqui....
Obrigada pela leitura,quero muito saber como termina e o que acontece com aquela megera de amiga e a maluca da Nicole....
Gratidão pela leitura .... por favor mais capítulos...
Quando vai ter a continuação do livro? Ou termina aqui ?...