ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 32

Em Seattle, Rebecca abre os olhos e sente sua cabeça girar, mais uma vez por exagerar na bebida. Ela avista na poltrona roupas que provavelmente suas amigas deixaram ali. Ela se levanta, faz sua higiene pessoal e sai do quarto, encontrando seus amigos na sala de jantar.

— Olha a bela adormecida. Você deu trabalho de novo, mocinha. — Diz Luan.

— Não vou beber na próxima. — Diz ela rindo, fazendo seus amigos rirem.

— Você está bem, amiga? — Questiona Susan.

— Sim, estou. Ainda não acredito no que aconteceu.

— Todos fomos pegos de surpresa. Peter é um babaca. — Diz Marcelo.

— Com certeza ele é, mas sabe, acho que a bebida me salvou. Porque uma parte de mim queria aceitar. Se eu estivesse sóbria, estaria certamente com ele agora e provavelmente iria me arrepender por tê-lo desculpado. Eu não posso ficar aqui, acho que voltarei para o campus.

— Becca, fugir não vai adiantar de nada. Você precisa lidar com isso, não adianta se enganar, amiga, uma hora tudo desaba. — Diz Melissa.

— Vocês viram o meu celular? — Questiona, mudando de assunto.

— Está no meu quarto, tive que tirar de você. Você ligou várias vezes para o seu amigo! — Diz Luan.

— Não, isso é mentira, não é? Ele me mataria se estivesse aqui. Ele deve ter me xingado um monte. Graças a Deus que não consigo lembrar.

— Acho que ele não atendeu. — Responde Luan.

— Que alívio! Buscarei o meu celular. — Ela se levanta e caminha até o quarto. Ao pegar o celular, percebe várias ligações perdidas de Peter. — Babaca! — Resmunga desanimada. — Ela verifica as mensagens, encontrando uma de Alex e outra de Peter.

“Se você quiser conversar, venha até mim. Vou te esperar no meu apartamento o dia todo. Eu te amo, Becca. Não desista de nós.” – Ela senta-se na cama pensativa, se deve ir encontrar Peter.

Rebecca fica por longos minutos, ponderando sobre todas as situações e o que deveria fazer naquele momento. Sem ter certeza de qual direção seguir, ela lê a mensagem de Alex e sorri. Ela percebe que, no fundo, talvez não tenha devolvido o carro apenas porque deseja manter contato com ele.

— O que estou fazendo com a minha vida? — Questiona-se. Ela digita uma mensagem para ele.

“Desculpe-me, Sr. Baker, mas você me pagou para dirigir, não para devolver o carro. Deveria tê-lo devolvido, não acha?” — Ela solta um sorriso involuntário, principalmente porque sabe que Alex ficará provavelmente irritado com a provocação.

— Adoraria ver a cara dele! — Diverte-se e volta para a sala de jantar.

— E então, levou um sermão? — Questiona Susan.

— Na verdade, não. O senhor resmungão apenas me deu uma bronca por não devolver o carro. — Responde ela, não comentando sobre a mensagem de Peter com seus amigos.

Em Nova York, Alex vê a notificação da mensagem de Rebecca, mas não a abre, pois não quer se frustrar mais. Ele é tirado de seus pensamentos pelas batidas na porta.

— O que você quer? — Questiona ao abrir a porta.

— Alex, você vai me odiar para sempre?

— Richard, dá um tempo! Pare de agir feito uma criança!

— Só vim me desculpar novamente, eu não queria te causar problemas.

— Quantas vezes você vai fazer isso? Suas desculpas não me interessam. A merda já está feita. Lidarei com Sophia quando voltarmos a Boston.

— Você está sofrendo por ser traído?

— Pareço estar sofrendo aos seus olhos? Pare de ser ingênuo. Minha relação com Sophia se tornou algo casual e provavelmente superficial. Não estou sofrendo por causa disso, apenas estou irritado com os problemas que terei que resolver. Não quero discutir esse assunto, por favor, me deixe sozinho.

— Tudo bem! Até mais tarde. — Responde Richard, saindo do quarto.

Em Seattle, no final da tarde, Rebecca encontra-se na casa de Melissa. Ela passou toda a tarde no quarto, mergulhada em pensamentos sobre os eventos recentes. Ela verifica novamente o celular, na esperança de ter recebido uma mensagem de Alex. Com um suspiro de desânimo, percebe não haver nada e decide enviar uma mensagem para ele.

“Desculpe-me, vou devolver o carro. Não se preocupe, arcarei com todos os custos referentes a essa locação. Tenha uma boa noite, Sr. Baker.” – Rebecca sai do quarto e encontra Melissa e Susan na varanda.

— Meninas, vocês me acompanham até a concessionária para devolver esse carro? Se eu tiver que pagar por mais uma diária, estou frita.

— Quer que eu vá com meu carro para podermos voltar depois?

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