ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 4

Durante a madrugada em Seattle, Rebecca e Peter decidiram encerrar a noite com os amigos.

– Amiga, obrigada por tudo. Eu te amo e é ótimo estar de volta. Vamos sair no final de semana, o que acha? Mas apenas nós, meninas!

– Ótima ideia! Estou ansiosa para matar as saudades. Agora, vá com seu namorado. Parece que ele tem planos para vocês.

– Que planos? Pare com esse mistério. Você sabe que não gosto disso. – Perguntou ela, curiosa.

– Vamos lá, amiga. É hora de se divertir. Você sabe muito bem o que vocês dois andaram planejando enquanto você estava no MIT e trocando mensagens safadinhas. Aposto que ele só antecipou algumas coisas! – Melissa sorriu, observando o constrangimento de Rebecca. – Aproveite a noite, amiga. – Ela se afasta em direção aos outros amigos, avistando Peter se aproximando.

– Pronta, baby? Vamos nessa? – Rebecca esboça um sorriso forçado e segue até ele. Durante o trajeto até o apartamento de Peter, ela se sente apreensiva, sem certeza se está pronta para o que está imaginando. Peter interrompe os pensamentos dela com uma pergunta. – Amor, você parece distraída. O que houve?

– Desculpe, não é nada. Estou apenas cansada da viagem. – Quando chegam ao apartamento, uma mesa decorada para um jantar à luz de velas os aguarda. – Nossa, que lindo. Foi você quem preparou?

– Sim, tudo para você, meu amor. Estava ansioso por esta noite. Só não imaginei que jantaríamos com seus pais e que a festa se estenderia tanto. – Peter se aproxima e a beija por vários minutos seguidos. – Vamos deixar o jantar para amanhã. Vá tomar um banho. Você deve estar exausta. Eu arrumo tudo por aqui.

Rebecca concorda e vai para o quarto. Ela prepara suas coisas e entra no banho. Enquanto a água escorre, ela reflete por vários minutos se deve avançar com Peter. Nesse momento, ela questiona seus sentimentos, pensando se realmente o ama. Ainda enrolada na toalha, no quarto, ela se pergunta se está pronta. Quando ela está prestes a vestir sua camisola, Peter entra e a abraça por trás.

– É tão bom ter você aqui, meu amor. Vou tomar um banho e depois aproveitaremos a noite, está bem? – Rebecca acena com a cabeça. Ela vai até a sala, pega seu celular e envia uma mensagem para André.

"Querido, me ajude. Estou com Peter e acho que vai acontecer. Estou nervosa e com medo. O que devo fazer?" – Ela recebe uma resposta segundos depois.

"O que seu coração diz? Você realmente quer isso? Se sim, não tenha medo. A primeira vez é estranha, mas tente aproveitar. Se tiver dúvidas, não faça e peça a ele para respeitar seu momento." – Ela fica pensativa por alguns minutos.

"Ok, te amo. Nos vemos amanhã." – Responde enquanto luta com sua indecisão.

Decidida, Rebecca volta ao quarto, pronta para aproveitar o momento. Quando Peter sai do banheiro sem camisa, ela fica imóvel, observando seus músculos e abdômen definidos. Ele se aproxima e a beija profundamente, até que ambos fiquem sem ar.

– Rebecca, eu te amo, sinto sua falta todos os dias. Quero ter você comigo, sentir cada centímetro do seu corpo. – Peter diz, abaixando a alça da camisola de Rebecca, deixando-a apenas de lingerie. Rebecca fica corada e ele a leva até a cama. – Fique tranquila, meu bem. Você vai gostar. Não vou te machucar.

Peter a beija novamente, explorando cada centímetro de seu corpo. O coração de Rebecca dispara quando ele beija seu mamilo sobre o sutiã. Ela solta um gemido alto, o que o deixa ainda mais excitado. Peter remove o sutiã e continua beijando seus seios. Quando ele se aproxima de sua intimidade, a beija sobre a calcinha enquanto a observa. Nervosa, Rebecca o interrompe exatamente quando ele está prestes a remover sua calcinha.

– Por favor, pare. Não sei se quero isso. – Diz, levantando-se da cama.

– O quê? Qual é o problema? Há um minuto você parecia estar gostando! – Peter a puxa para perto e a deita na cama novamente, distribuindo beijos pelo seu corpo. Ele tenta remover a calcinha novamente, mas Rebecca o afasta e sai para a sala. Ele soca a cama em frustração. – Rebecca, o que está acontecendo? – Pergunta, se aproximando.

– Eu disse não, Peter. Não quero. Não estou pronta. E parece que você está me forçando.

– É só sexo, Rebecca. Somos um casal. Não é o fim do mundo. Por que está sendo tão difícil?

– Só sexo? Não é a memória que quero para minha primeira vez. – Rebecca volta ao quarto e começa a se vestir. – Por favor, me leve para casa. Não quero dormir aqui esta noite.

– Você está brincando? É uma criança de 12 anos? Você é uma adulta. Namoramos há quase dois anos. Por que não podemos fazer amor?

– Peter, só não quero. Não me sinto confortável. Estou cansada da viagem. Me leve para casa.

– Você está agindo como a Virgem Maria. Rebecca, sexo é normal. Por que tanto drama? Pare de romantizar isso. Se quer ir embora, vá. Mas vá sozinha. Você não merece meu tempo. – A reação dele deixa Rebecca sem palavras. Ela pega suas coisas e sai do apartamento de Peter.

Eram mais de duas da manhã quando Nicolas e Alex finalmente chegam a Seattle. Ambos estão acompanhados por Ryan, ele é advogado e um dos melhores amigos de Alex. Após o check-in, Alex e Ryan decidem beber no PUB Tricks, próximo ao hotel.

– E então, meu amigo? Como estão as coisas entre você e a Sophia? Ouvi dizer que vocês vão noivar nos próximos meses.

– Não acredite em boatos. Não faço ideia de onde tiram essas histórias. Sophia é uma mulher boa, mas casamento não está nos meus planos. Não desejo isso e acredito que ela também não. Ela parece estar apenas seguindo os desejos dos pais, que querem casá-la com o único herdeiro da família Shaw.

– Alex, não entendo você. Ela já foi a mulher que você amava. O que aconteceu?

– Talvez já tenha sido assim. Mas agora sei que não é o que quero. Pode ser que ainda sinta algo por ela, mas casar não faz sentido. Parece que nossa relação se tornou um acordo de negócios.

– Amigo, juro que precisaria de dez vidas para entender você. Ser seu amigo é complicado, imagina ser sua esposa, namorada ou amante. – Alex ri.

– Me preocupo com ela, só isso. Quero que esteja bem. Ela é linda e inteligente, mas ultimamente parece sem personalidade. Desde que assumiu a empresa da família, se tornou outra pessoa. Faz tudo o que lhe pedem, não controla mais sua própria vida. E a constante pressão da minha avó, querendo esse casamento, me irrita. A família é a razão do meu desinteresse por Sophia e vice-versa.

– Eu entendo, mas não sei se ela aceitará bem essa decisão.

– Não é meu problema. Não vou me casar só porque querem. Nem sei se quero continuar com ela. Mas não quero falar disso agora.

– Tenho algo para te contar. Estou apaixonado. Espero que me apoie, sua opinião é importante para mim.

– Apaixonado por uma certa ruiva? – Perguntou, observando a reação surpresa do amigo.

– Eu sou tão previsível assim? Como você sabia?

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: ENTRE O AMOR E O ÓDIO