ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 71

Alex se sente entediado enquanto escuta os assuntos aleatórios de seus amigos. Sua mente vagueia, relembrando a noite passada, e ele não consegue evitar pensar que gostaria de estar na companhia dela.

— Alex? — Chama Sophia. — Alex, você está bem? — Questiona novamente.

— O quê? — Pergunta, voltando a si. — O que você quer, Sophia?

— Vamos conversar sobre o nosso assunto?

— Claro, você já marcou a data do DNA?

— Na verdade, Alex, seria mais apropriado conversarmos em particular.

— Por quê? Se provavelmente todos aqui já sabem que você está grávida! Ou você dirá que não contou a elas?

— E você contou a eles, então não me julgue.

— Na verdade, apenas confirmei, foi o Ryan quem contou! Mas isso não importa. Quando faremos o teste de DNA?

— Eu não vou fazê-lo, Alex. Pode ser perigoso para o meu bebê. Você já tem os meus exames. Se você realmente não quer se envolver com isso, fique à vontade, mas não permitirei que se aproxime quando ele nascer.

— Essa não é a única razão que a está impedindo de fazer o teste de DNA. E quanto a me aproximar dessa criança, se for meu filho, você não terá poder para me impedir. Proponho resolvermos isso de uma vez por todas!

— Sei que errei, mas é tão difícil para você aceitar que é o pai desse bebê?

— Sim, porque você teve coragem de mentir olhando nos meus olhos, pode estar mentindo novamente. — Alex encara Bryan, que está com um sorriso debochado, divertindo-se com essa situação. — Então, irmãozinho, quem você acha que é o pai?

— Alex, você sabe que minha família me proibiu de discutir isso, mas vou ser o melhor tio possível para essa criança, amando-a como se fosse meu próprio filho.

— Então, brindemos a isso, irmão. A condição Sophia para ter o meu apoio é a realização do teste de DNA. Caso contrário, esperaremos o nascimento da criança para realizá-lo. Você não terá como impedir, é simples.

— Alex, por que você age assim? Você não passa de um idiota arrogante e um homem de moral duvidosa! — Diz Christine irritada.

— E aí está ela, minha adorável amiga. Me diga, Srta. Harris, por que você sempre se intromete em assuntos que não lhe dizem respeito?

— Pelo amor de Deus, Alex! Você chega aqui, desrespeita a minha amiga e espera que eu não me envolva. Diga-me, por que você age dessa forma? Por que a traiu com outra mulher?

— Srta. Harris, até onde sei, você não é minha mulher, mas sim a do Ryan. Concentre-se na vida dele, que da minha vida eu cuido.

— Alex! — Exclama Ryan. — Pare com isso.

— Deem um tempo, é impossível aguentar tanta estupidez. — Diz, bebendo uma dose de uísque. — Não vou ficar discutindo esses assuntos com vocês, pois não lhes dizem respeito.

— Vamos parar com isso, okay? Vocês estão aqui para desfrutar da minha adorável presença, agora que voltei. Então, tratem de brigar depois. — Diz Leandro, tentando encerrar o assunto.

— Mas sabe o que acho engraçado? As pessoas não têm o direito de errar? Ela estava bêbada! — Continua Christine.

— Pelo amor de Deus! Você é uma chata, Srta. Harris! Eu não perdoar Sophia, incomoda você mais do que a ela. Não me interessa que ela estava bêbada, eu não sou obrigado a perdoá-la para te deixar mais feliz. E, não que seja da sua conta, mas eu também estava bêbado na noite em que fiquei com outra mulher. Você não me vê pedindo desculpas, vê? Então, por favor, concentre-se na vida do seu namorado e não na minha. Se vocês me derem licença, eu já vou! Não aguento mais essas bobagens. — Diz, levantando-se.

— Mas já, Alex? — Questiona Saulo.

— Sim, é melhor eu me concentrar no trabalho do que aturar essas discussões intermináveis. — Diz, encarando Christine.

— Alex, vou te acompanhar até a porta. Agradeço por vir. — Diz Leandro.

— Certo, vamos então. Ryan, venha conosco, preciso conversar com você. — Alex faz um gesto discreto na direção das mesas onde estão os mais velhos. Leandro o conduz até a saída, e Ryan os acompanha.

— Com licença, vou lá me despedir do Alex. — Paul se levanta. — Alex, é tão cedo. Por que está indo embora? — Pergunta quando se aproxima deles no hall de entrada.

— Estou sobrecarregado de trabalho, Sr. Murphy. Preciso resolver o máximo de pendências antes de voltar para Nova York.

— Você tem passado tanto tempo em Nova York. Por que está indo trabalhar no grupo Wealth Technologies?

— Vovô realmente não consegue guardar segredos. Estou coordenando a integração do grupo Technologies Ci&t ao grupo Wealth, o que consome bastante do meu tempo. Espero concluir em breve e voltar à minha rotina aqui em Boston.

— Ouvi falar sobre como você realizou a compra do grupo. Está valendo a pena?

— Com toda a certeza está, mas percebo a decepção em seu rosto. Vovô disse que roubei as propostas do grupo Shaw?

— Ele não o disse explicitamente, Alex, mas também não negou. Deixou essa possibilidade em aberto. O que você tem a dizer em sua defesa?

— Não sinto necessidade de me defender, mas posso compartilhar com duas condições: primeiro, que mantenha total confidencialidade sobre esse assunto. Segundo que nos próximos dias, esteja disposto a ouvir minha proposta.

— Fechado, Alex. — Diz, estendendo a mão, que Alex aperta com firmeza.

— Ótimo, agora, faça sua pergunta.

— Alex, você traiu a sua família? Levou os planos de aquisição do grupo Technologies Ci&t e os entregou ao concorrente?

— Não, Sr. Murphy, eu não traí minha família. Na verdade, eu nem mesmo estive envolvido no projeto. Foi o Ryan que me substituiu. Eu nunca tive acesso à proposta.

— Senhor Murphy, posso assegurar que Alex nunca teve acesso à proposta, ela sempre esteve sob o controle de nosso grupo. — Afirma Ryan.

— Então, Alex, por que não permitiu que sua família a adquirisse e preferiu levá-la para os concorrentes?

— Sr. Murphy, na verdade, eu não a levei para os concorrentes, eu a adquiri para mim mesmo. O grupo Wealth Technologies pertence a mim.

— O quê? — Leandro e Paul questionam simultaneamente, surpresos.

— É uma história longa. Com a ajuda do meu pai, criei o grupo muito cedo, pois não pretendia continuar sob o domínio de minha família. Chegou a hora de assumir meus próprios negócios. Já colaborei tempo demais com os Shaw.

— Você me surpreende, jovem. No lugar de seu avô, eu estaria orgulhoso.

— Ele está, só estamos lidando com outros problemas no momento.

— Alex, agradeço por esclarecer tudo. Pode confiar que guardarei seus negócios em segredo e considerarei sua proposta no futuro. Agora, deixe-me voltar. Até a próxima. — Diz Paul, saindo e deixando-os a sós.

— Então, Alex? Você me trouxe aqui para me arrumar trabalho, certo? A Srta. Denver já entrou em contato comigo.

— Ótimo, então você já está a par do assunto. Ajude-a no que for necessário.

— Cuidarei disso mais tarde, não se preocupe.

— Obrigado! Senhores, nos vemos em outra ocasião, até mais. — Diz Alex, se retirando.

— Fico um pouco confuso com tantas informações. — Comenta Leandro.

— É o Alex sendo o Alex. — Conclui Ryan, rindo, e os dois retornam à mesa dos amigos.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: ENTRE O AMOR E O ÓDIO