Resumo de Capítulo 06 – Capítulo essencial de Entre quatro paredes(Completo) por Winnie_welley
O capítulo Capítulo 06 é um dos momentos mais intensos da obra Entre quatro paredes(Completo), escrita por Winnie_welley. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Horas depois eu já estava em casa e fiquei ao lado de minha mãe em seu quarto. Anne ainda não havia chegado e eu estava no tédio assistindo um programa qualquer, mas minha mãe começa a se debater na cama. Eu a seguro em seus braços assustada, ela parecia estar tendo um pesadelo, estava usando suas últimas forças para soltar suas mãos, começo a ficar nervosa.
— Mamãe, sou eu, sua filha. — Digo assustada. Isso não tinha acontecido antes.
Ela abre os olhos, estava suada e trêmula.
— A-alice?
— Eu estou aqui mamãe. — Seguro suas mãos.
— Minha filha, você está aqui. Tive um sonho terrível. — Ela estava ofegante, seu peito descia e subia — sonhei que havia perdido você e Anne.
— Você não me perdeu, estou aqui, mamãe. — Digo dando um leve beijo em suas mãos.
Ainda ofegante ela passou sua mão em minha face, eu fechei os olhos e me deixei acalentada por seu toque.
— Não fique tão abalada, querida. — Articulou enxugando minhas lágrimas com dificuldade. — Não sei por que ainda gasta dinheiro com esses equipamentos, eu vou morrer de qualquer jeito.
— A senhora não vai morrer, pare de falar bobagens! — Eu a intervenho.
— Não, gaste seu dinheiro comigo Alice, deus me castigou por ter deixado aquele homem fazer... — eu a interrompo.
— Não fale mais nada, você não tem culpa de nada, mamãe. — Eu detestava lembrar do passado, essa parte da minha vida eu deixo enterrada bem fundo, entretanto, sempre tem alguém para cavar o buraco e encontrar, era inevitável. O passado me seguia lembrando de os coisas ruins que eu ainda tinha que superar. — Esqueça esse assunto, não foi culpa sua, já fazem anos.
— Para mim, nunca vai ter um dia sequer que eu não lembre disso.
Dou um beijo na testa dela.
— Não se martirize dessa forma, está tudo bem.
Os olhos azuis claros estavam rodeados por uma névoa estranha misturada com tons vermelhos, ela não parava de pensar e se sentir culpada.
— Estou indo bem no novo emprego, vou poder pagar um tratamento melhor e...
Ela segura minha mão com força.
— Prometa que se eu morrer você cuidará de Anne como se ela fosse sua própria filha.
— Eu — respiro fundo — prometo, mamãe. Na verdade, eu já faço isso há anos.
Ela relaxa as costas na cama e volta ao estado de antes, o calmante fez efeito.
A situação da mamãe cada vez mais grave, não sei por quanto tempo ela iria aguentar, não estou preparada para perdê-la. Há anos que eu estou sendo forte e enfrentando o câncer dela, engolindo muitos sapos, não é uma doença apenas do paciente, a família toda adoece. Minha irmã é a única pessoa que eu posso confiar e me apoiar, mesmo tendo pouca idade, Anne me ajuda e é forte comigo.
Entro na cozinha e encaro todos aqueles remédios que minha mãe tinha que tomar, deve ser mais difícil para ela do que para mim, todos os dias tomar aquelas vitaminas para ter pelo menos uma hora a mais de vida. Em um momento de fúria, eu os empurro e eles caem no chão, alguns abriram e outros apenas vivaram o rótulo para baixo.
Eu estava na beira do precipício.
Às vezes eu pensava que tudo aquilo não teria mais fim, que ela morreria e que todo o meu esforço seria em vão.
Anne entra na cozinha, assustada por conta do barulho.
— O que aconteceu, Alice? — Perguntou vindo em minha direção.
— Anne, eu estou me sentindo tão mal. Estou cansada, cansada de lutar e nada conseguir. — Falo. — Parece que estamos sempre caminhando para trás.
— Acalme-se, Alice. Você estava tão feliz...
— Eu sempre aparento. Nunca estou bem completamente. — Levo minhas mãos aos meus olhos. Anne caminha até mim e me abraça, eu me sento no chão e ela me acompanha.
— Você disse para mim quando o papai foi embora e levaram nossas coisas — ela parece se recordar amargamente do quanto ficamos devastadas após tudo aquilo —, que por mais ruins que as coisas estivessem, deveríamos acreditar que tudo ia ficar bem.
Todas as vezes que ele me chamava pelo nome, minhas pernas ficavam bambas.
— N-não, precisa. Eu estou bem. Pegaria mal eu andando com você para cima e pra baixo — eu o encaro. — Não acha? Vanessa ficaria uma fera.
— Eu sinceramente estou pouco me lixando para a opinião dela. — Ele tira os óculos e exibe aquele belo par de olhos verdes.
Eu não queria me atrasar, ele parecia convidativo.
— Está bem, vou aceitar para não me atrasar.
Todos que estavam na rua ficaram olhando, não é todo dia que vemos carros luxuosos passando por essa rua, o que eles deveriam estar pensando de mim? Uma menina pobre entrando num carro exuberante.
— Por que a Vanessa ficaria uma fera? — Ele pergunta com aquela voz rouca matinal.
— Por nada, ela sempre procura um motivo para me dar aqueles castigos chatos. — Coloco o cinto.
— Vanessa é muito controladora. — Ele me parecia aborrecido por falar nela, então mudo de assunto.
— Me desculpe pela pergunta, mas por que estava andando por essas bandas?
Dante olhou ligeiramente para o lado, mas levantou o queixo em seguida.
— Assuntos pendentes. Eu lembrei que você morava por aqui e então tentei a sorte.
— As coisas sempre estão ao meu favor. — Ele olha para mim com aquele par de olhos perfeitos e sorriu.
Desta vez eu me sentia mais confortável, mas não o suficiente para encarar ele. Dante me deixava desestabilizada, e sabia disso. Nenhum homem tinha me chamado tanto atenção como ele, mas eu não tinha tempo para isso, ele era muito para mim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Entre quatro paredes(Completo)
Bela história...
Linda história, valeu a pena. Gostei muito também das consigo finais, o aprendizado com o tempo....
Muito linda a história, valeu a pena!...
Amei, amei, amei! História objetiva, linda, detalhes que prendem! Parabéns a autora!...
Amei o livro! História que vale a pena ler até o final...
A hitótia é linda, vale a pena ler, é melhor ainda q ñ é longa....