A rua já foi liberada, Cristian já estava bem melhor.
—Eu já vou, se precisar de alguma coisa pode me ligar. Falo entregando meu número para Lúcia.
—Tá bom menina, ele já está melhor, agora eu cuido dele. Ela fala com um pequenos sorriso no rosto.
—Lúcia, ele estava chamando o pai, ele ainda é vivo?
Pergunto e ela olha para o quarto.
—Faz muito tempo que nós não tem notícia dele, o pai de Cris batia demais nele, por isso hoje ele é assim carrancudo, meu menino já sofreu demais filha, achei ele morando na rua e comendo porcaria, a sorte foi eu e o Léo. Ela fala e ouço ele chamar ela.
Me despeço dela e vou para casa, nas ruas tem muitas árvores no chão, a chuva foi muito forte. Chego em casa mais tarde do que o costume, está um silêncio, mais posso ver a lâmpada do quarto do Tay acesa.
Vou até o quarto, ele está jogando videogame com os fones de ouvido, deixo ele quieto e vou até o quarto da Lili, abro a porta com um pouco de dificuldade, o quarto está todo revirado, tem coisa quebrada para todos os lados.
—Lili?
Chamo e então vejo ela sentada do outro lado da cama, o quarto está um pouco escuro, olho para cima e até a lâmpada ela quebrou.
—O que foi que aconteceu aqui, passou um furação aqui dentro?
Ela está sentada do mesmo jeito, para isso ter acontecido, algo não está certo. Me aproximo dela, seu rosto está inchado, pelo visto ela chorou bastante.
—Meu Deus amiga, o que houve, você estava tão bem de manhã. Falo e ela me abraça.
Ela fica alguns minutos em silêncio, sua respiração está acelerada por causa só choro que pelo jeito foi bem recente. Aos poucos ela começa a falar.
—Eu estou grávida, e tive uma discussão com o pai do bebê. Ela fala me pegando de surpresa.
—Isso é ótimo amiga, mais uma criança. Falo abraçando ela mais forte, eu não vou julgar ela, pelo jeito ela já está bem mal com a situação, para que vou soltar os cachorros encima dela, eu não tenho esse direito, Lili sempre me ajudou, dês do começo da gravidez, e agora vou está com ela.
—O Léo é o pai do bebê. Ela fala me pegando de surpresa.
—O Léo Lili, poxa vinda. Ponho a mão na testa.
—Ele me falou coisas horríveis, disse que o bebê pode nem ser dele, por que uma mulher como eu. Ela fala e mais lágrimas desce dos seus olhos.
—Não fica assim, você é foda amiga, é a mulher mais forte e independente que eu conheço, isso é só mais um obstáculo que nós vamos passar juntas. Ela abre um pequeno sorriso.
—Obrigada. Ela fala e se aconchega em meus braços.
Fico ali com ela, apenas fazendo carinho em seus cabelos, eu já passei por isso, mais ao contrário dela, eu não falei para o pai do meu filho que estava grávida, talvez possa ter evitado uma decepção dessa.
Ajudei ela a deitar na cama. Vou até a cozinha e pego uma vassoura e uma pá, subo novamente até o quarto dela e começo a limpar. Consegui colocar a lâmpada e terminar de limpar as coisas.
Desço novamente até a cozinha, ponho as mãos na bancada e abaixo a cabeça, respiro fundo, eu preciso passar só coisas boas para ela, assim como ela passou para mim, Lili não merece passar por isso, ela é uma pessoa tão maravilhosa.
Olho no relógio e respiro fundo, são sete horas da noite, hoje não irei sair, mais amanhã se eu topar ele na minha frente, ele vai ouvir coisas absurdas.
Subo para o meu quarto e tomo um banho, vou até o quarto do Taylor e ele já está dormindo, fiquei tão envolvida com a Lili que não dei atenção para meu filhote, resolvo deitar com ele. Passei a noite sem dormir, pensei tanto sobre o que está acontecendo, a forma com que Cris me tratou hoje, seus apelos para seu pai não lhe bater, o que a Lúcia me falou, será que todos esses dias que mal troquei palavras com ele me fez me fechar para a pessoa que ele pode ser, acho que eu mesma criei uma barreira dentro de mim contra os homens.
Cheiro o cabelo do meu filhote, como eu amo ele, o medo que tenho de perder Taylor é maior que qualquer coisa, já pensei muito em falar para o pai dele, mais tenho medo que sua reação seja de querer tirar meu filho de mim, isso eu não suportaria.
Meu celular começa a despertar, abro os olhos lentamente, quando consegui dormir já passava de uma da manhã, Taylor ainda está dormindo, vou até o quarto da Lili que ainda está dormindo, fecho a porta lentamente, acordo Taylor para ir pra escola enquanto eu vou preparar o café da manhã.
—Bom dia meu amor. Falo assim que Taylor desce as escadas.
—Bom dia mamãe. Ele fala e vem até mim, dou um beijo em sua cabeça e coloco o prato de panquecas encima do balcão para ele.
—Vou me arrumar para nós irmos. Falo e começo a caminhar.
—A Lili está bem, eu fiquei preocupado com a briga dela e daquele homem. Ele fala e volto até onde ele está.
—Você viu a hora que ele chegou?
—Eu estava fazendo as tarefas, aí quando eu estava terminando eu ouvi eles discutindo, ela pediu que eu fosse para o quarto e colocasse os fones. Ele fala, passo a mão na testa e suspiro.
Ela não queria que ele ficasse com medo e pediu para ele pôr os fones.
—Ela está bem, e olha que ótima notícia, ela está esperando um bebê. Ele fica feliz com a notícia.
Subo para o quarto, dou mais uma olhada na Lili e vou me arrumar, tomo um banho, visto uma calça jeans e uma blusa branca, pego meu jaleco e passo meu perfume. Saímos de casa, deixei Tay na escola e segui para a casa do Cris.
Vejo o carro do Léo parado mais a frente um pouco, saio do carro juntando todas as minhas forças, vou até a porta e eu mesma abro a porta.
—Me desculpa Lúcia entrar assim. Falo assim que vejo ela.
—Você já é de casa menina. Ela fala com o sorriso de sempre.
—Eu preciso resolver uma coisa tá bom. Falo e vou até o quarto.
—Você está louco, um cara fudido igual eu não pode ser pai. Ouço ele falar para o Cris.
—Cara o que sua mãe lhe fez não pode se refletir numa criança que ainda nem se quer nasceu, você pode ser alguém melhor. Cris fala.
—O que um viciado em drogas tem a oferecer a uma criança Cris?
Ele é viciado?
—Tivesse pensado nisso antes de engravidar minha amiga. Falo entrando no quarto, eles me olham assustados.
—Mia me desculpe...
O interrompo.
—Eu aconselhei você chamar ela para sair, eu confiei em você, para agora que ela engravidou por descuido dos dois, você pular fora do barco, não é assim que funciona Léo. Falo me aproximando.
—Isso não tem haver com você. Ele grita.
—Tem sim, claro que tem, a partir do momento que você entrou na minha casa e deixou o meu filho assustado, tem a partir do momento que você falou que ela era uma qualquer. Falo alto chegando perto dele e pondo o dedo em seu peito.
—É melhor você se afastar. Ele fala com olhar de raiva.
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