Em uma sala tão fria quanto uma cela, havia uma garota sentada em frente a um detetive da polícia que vestia um terno azul formal, ele estava com os olhos semicerrados enquanto a ouvia dizer a mesma coisa pela décima terceira vez.
— Por favor, eu não sou a assassina, você pegou a pessoa errada. — Chloe assegurou com a voz trêmula, agarrando as mãos do homem enquanto o encarava.
No entanto, ele não pareceu se importar com as suas palavras, uma vez que já haviam encontrado todas as evidências necessárias, ele só precisava de uma confissão direta, embora isso não mudasse muito no julgamento.
Ele observava cada movimento e expressão da ruiva, escrevendo tudo no pequeno bloco de notas que sempre carregava consigo.
— Não adianta falar essas bobagens repetidas vezes, a polícia já encontrou as provas que te incriminam. — Maverick afirmou enquanto fechava o computador em baixo do pequeno caderno.
Por outro lado, Chloe arregalou os olhos e bateu com as duas mãos na mesa, ela não podia acreditar no que estava ouvindo, esse assassinato poderia roubar muitos anos de sua vida, senão prisão perpétua, muito em breve seu rosto estaria nos jornais, rotulando-a como uma amante sem coração que tentou roubar o noivo da vítima.
— O que você está dizendo…? — a ruiva murmurou, afastando-se dele e se agachando no canto da sala.
— Eles encontraram suas impressões digitais na faca que foi usada para o crime, nas câmeras, mostra você entrando no quarto logo após a vítima, e a recepção do hotel confirmou que você pegou o cartão acesso livre da cobertura, dizendo que pertencia a sua melhor amiga. Então, eu diria para você se render o mais rápido possível, talvez o juiz tenha um bom coração. — O detetive a aconselhou assim que pegou seus pertences para sair da sala.
O local era escuro, as paredes tinham espuma acústica para que o som através delas não pudesse ser ouvido, logo à frente havia uma grande vidraça, da qual os espectadores podiam ver toda a cena, entretanto, Chloe só olhava para o vidro escuro de dentro enquanto continuava sussurrando "Eu não a matei" para si mesma.
3 HORAS ANTES DO CRIME
Duas mulheres conversavam casualmente em uma luxuosa cobertura, a cada segundo que passava a raiva de Evangeline aumentava a ponto de fazê-la explodir.
— Você sabe, certo? Os homens são assim, um momento eles te amam, em outra hora vão estar em um motel, embora devamos sempre ter cuidado com o que é nosso. — Sarah respondeu maliciosamente enquanto se levantava do sofá da sala de estar.
— Sim, eu fiquei realmente surpresa quando aquela vadia ligou 20 minutos atrás, esta não é minha oportunidade perfeita para esclarecer as coisas? — Evangeline reconheceu ao passar o celular entre os dedos.
No entanto, uma expressão maliciosa apareceu no rosto de sua melhor amiga, ela se abaixou um pouco e tocou em seu ombro macio.
— Vou para sua suíte fazer uma rápida ligação, a essa altura, Chloe deve chegar muito em breve, então preste atenção na campanhia. — Sarah concluiu com um sorriso zombeteiro no rosto, caminhando logo em seguida pelo corredor.
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