Resumo de CAPÍTULO 48 – Uma virada em Improvável de Sra.Kaya
CAPÍTULO 48 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Improvável, escrito por Sra.Kaya. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
|KAYRA|
Não, não, não... Isso não pode estar acontecendo! Mas que absurdo! Que disparate! Que afronta! Que merda! O que foi que eu fiz na vida passada para estar passando por tudo isso? O que? Será que fui um ser humano tão ruim assim? É o que me questiono mentalmente com o conteúdo do meu estômago sendo revirado em meu interior como se fosse uma máquina de lavar roupas na fase de centrifugação.
Droga de azar, Kayra Pextton!
Muito provavelmente eu estou sonhando, ou melhor dizendo, tendo um terrível pesadelo, ou delirando completamente, diante do caos e da cacofonia assustadora que é o cenário que avisto bem diante dos meus olhos, como um filme de terror, através da janelinha de vidro das portas seladas que separam ambos os ambientes, interno e externo.
Para ser sincera, acho que nunca vi tantos homens uniformizados de social em toda a minha vida antes. O local está abarrotado de seguranças, mas não são os mesmo que normalmente fazem a segurança do hospital. Não, não... esses são muito diferentes, de alto porte e calibre... São homens da escolta real, são os homens de Deklan Callaham II, o poderoso príncipe de Bullut.
Muitos deles estão equipados e fortemente armados, prontos para qualquer eventualidade que possa ocorrer, enquanto fazem a vigilância do local com seus semblantes fechados e taciturnos, impondo proibições como lhes foram instruídos, o que impossibilita a entrada e saída de qualquer pessoa na área em questão, o que me faz imaginar se eles estão protegendo a vida do rei ali, para tamanha comitiva de segurança. Um verdadeiro exagero! Um grande circo armado em plena uma instituição de saúde!
Eu simplesmente não consigo acreditar no que meus olhos veem. Isso é tão... tão... eu sequer tenho palavras para descrever os sentimentos que transbordam dentro do meu peito como a lava quente de um vulcão prestes a explodir a qualquer segundo! É uma confusa mistura de raiva, desalento, desesperança e principalmente medo! Muito medo... medo de que a verdade seja descoberta e eu tenha que enfrentar as consequências de um ato cometido com a pessoa errada no passado.
O que esse homem pensa que está fazendo? Como ele pode facilmente manipular a vida das pessoas abaixo dele sem o menor o menor remorso ou sensação de culpa? Como? É o que me pergunto indignada e forço a minha entrada pelas portas que se encontram fechadas neste instante, separando-me do meu eminente futuro, seja ele para o bem ou para o mal.
Passagem negada!
As malditas portas estão travadas? Isso é mesmo sério? Mas não é possível! Eu não posso recuar agora, então dessa forma, começo a bater com força no vidro da janelinha com os nós dos dedos da mão cerrada em punho, até que alguma alma viva venha me atender devido a minha insistência, pois eu não irei parar. Não, até ser atendida. Daqui não saio, daqui ninguém me tira, pois preciso entrar nesse maldito corredor nem seja a última coisa que eu faça nessa vida! Afinal de contas, eu também sou funcionária dessa bosta e por isso tenho todo o direito do mundo de estar ali!
-Doutora, Pextton. Lamento informá-la, mas a senhorita não tem permissão para entrar no local. Seu nome não consta na lista restrita de pessoas autorizadas a circular nesse ambiente. Então por favor, eu irei pedir que a senhorita se afaste do perímetro.
Dexter, o segurança mequetrefe que até então parecia ser uma boa pessoa até um tempo atrás, agora, não deixa que eu sequer ultrapasse o limite das portas duplas e adentre o corredor. Bastardo! Aposto que deve ser um completo pau mandado do principezinho playboy!
-Mas eu preciso pegar um resultado confidencial com extrema urgência, senhor Dexter. Meu paciente está entre a vida e a morte e depende somente desses exames para saber como proceder no momento.
Invento a maior mentira deslavada da história, contudo que de nada adianta. A farsa não cola e o homem não cede nem um milímetro, ou se compadece do suposto paciente terminal que criei de última hora. Que cara mais insensível e coração de pedra! Penso comigo mesma fechando as mãos em punhos ao lado do corpo.
-Infelizmente não posso fazer nada pela senhorita, doutora Pextton. Somente os técnicos que estão isolados e sem comunicação com o exterior, realizando os testes já pré programados, podem estar dentro do laboratório, como também não podem deixar o local, até que saia o resultado esperado por vossa alteza, e que irá diretamente para as mãos do mesmo, quando concluído. Então, depois disso, tudo voltará ao normal e a senhorita poderá fazer o que precisa, eu garanto.
-Mas...
-Vossa alteza...
O homem de jaleco branco interrompe a fala dura do loiro que se vira no mesmo segundo para o mesmo com cara de poucos amigos, até ver o que ele tem nas mãos, e logo seu rosto se suaviza na mesma hora. Com um breve menear de cabeça em agradecimento, Callaham o dispensa e agarra o objeto com se fosse a coisa mais importante do mundo. E é, só não sei se é mais para mim do que para ele, ou o contrário.
Por frações de segundos meu coração dispara. A boca seca, e os olhos ardem. A sentença final está decretada. Não há como voltar atrás ou mudar o passado. É claro que eu sei o está escrito ali dentro, não perdi a memória e muito menos fiquei louca de uma hora para outra para não saber o resultado de tudo.
Contudo, nem por isso eu deixo de tremer violentamente e começar a suar frio quando vejo Deklan Callaham II, com o envelope lacrado em suas mãos, rasgando a abertura e retirando os papéis do interior. Seus olhos azuis correm muito rápidos, velozes feito um raio, sobre as linhas, atentos a cada informação e a cada letra ali impressas, fazendo com que eu morda o lábio inferior com grande apreensão e receio.
-O resultado do exame comprova que Deklan Callaham é 99,999% compatível com as amostras comparadas.
Ele diz em voz alta.
-E-eu sou... eu sou o pai, caramba! Eu sabia! Eu sabia! Eu sabia...
O senhor olhos azuis exclama em estado de puro êxtase e contentamento como se tivesse ganhado o maior prêmio na loteria. Repentinamente minha pressão cai, sinto minhas forças se esvaindo rapidamente do corpo e minha visão escurece completamente. A última coisa que consigo ver antes de apagar no mundo dos sonhos, é que eu desmaio nos braços de alguém, que não consigo ver com clareza quem é, mas que me ampara com agilidade antes que eu desabe no chão feito uma fruta podre.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Improvável
Amei...