INDECENTE DESEJO romance Capítulo 60

Resumo de CAPÍTULO 59 - HENRICO: INDECENTE DESEJO

Resumo de CAPÍTULO 59 - HENRICO – INDECENTE DESEJO por Canli pop

Em CAPÍTULO 59 - HENRICO, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico INDECENTE DESEJO, escrito por Canli pop, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de INDECENTE DESEJO.

Eu jurei pra mim mesmo que não sairia do lado dela, mas se antes meus pesadelos envolviam beliches barulhentas, grades e criminosos, agora sou levado para a noite em que o carro dela capotou mais de cinco vezes até finalmente explodir, mas, ao invés, de tirá-la como fiz, simplesmente assisto a cena paralisado e sem conseguir fazer nada para ajudá-la. E, droga! A porra desses pesadelos estão levando todas as minhas noites de sono junto do meu bom humor, eu apenas preciso fechar meus olhos por dez segundos e pá... estou de volta naquela noite. Me levanto da cama sabendo que esta será mais uma noite perdida e deixo o quarto, seguindo direto para o escritório, meu refúgio, no andar de baixo sem fazer grande alarde, já que Guilhermino está bancando a maldita babá e anda me vigiando. Bufo. Ele adora bancar o irmão mais velho.

Bastardo.

Deixo um sorriso escapar, apesar de todas as minhas implicâncias sou extremamente sortudo por tê-lo como amigo e depois do tiro que levou tive a certeza que perdê-lo seria como perder um verdadeiro irmão, o laço que criamos ao longo dos anos é bem mais forte do que a ligação pelo sangue. Eu o amo e não tenho vergonha de admitir isso. O barulho da porta me faz apressar meus passos quando já estou no fim da escada e me escondo, nem sei bem o porque faço isso, mas me mantenho quieto no compartimento que fica abaixo dos degraus e observo meu amigo entrar com um sorriso arrogante nos lábios.

Arqueio a sobrancelha, estudando seu comportamento atípico no meio da madrugada. Ele está assoviando?

Sim, porra!

Ele sobe as escadas assoviando e nem percebe que estou ao pé da escada o observando.

Onde ele estava?

Com as sobrancelhas franzidas o observo sumir , olhando dele para a porta até que dou de ombros e decido que não é da minha conta.

Deve ser mulher.

Mulher.

Esse pensamento me leva pra outro não muito agradável, um assunto que estou evitando pensar tem dois dias e não tenho obtido sucesso.

Amélia acordou.

Quando Anna me telefonou na manhã da segunda-feira, sua voz estava embargada e meu coração saltou antes mesmo que ela dissesse qualquer palavra. Eu já sabia o que aquela ligação significava, estive esperando por ela tinha seis meses. Porém, a frase tem me torturado como o próprio cão e sei que não posso mais evitar o inevitável, só porque não me sinto pronto para esse encontro. Aurora também ligou um dia depois da irmã acordar, mas ao contrário de Anna, ela estava irritada e sua ligação me pareceu mais um ultimato do que qualquer outra coisa. Meus lábios tremeram para perguntar se Amélia tinha pedido por mim, se ela tinha mencionado o meu nome ou se sequer lembrava da minha existência, mas minha ex não entenderia a meu receio, então, menti e inventei uma desculpa, me justificando com a promessa de que iria hoje. Eu não fui, no entanto.

Por que você está com medo. Minha consciência pontua, me fazendo rugir em desagrado por ser verdade.

Porra. Sim, estou com muito medo de ir vê-la.

Entro no meu escritório, não me importando mais em fazer silêncio, bato a porta com força e fecho na chave. Vou direto para o mini bar e me sirvo um copo de uísque. Ninguém me tira daqui antes de amanhecer.

Muito medo.

Viro o conteúdo âmbar de uma vez e me sirvo mais, tomando a bebida toda pela segunda vez. Ela estava tão ferida naquela noite. As memórias são como uma lâmina afiada de culpa e me sirvo de mais da bebida alcoólica, precisando do líquido quente mais do que nunca.

— Porra! — Descarto o copo e pego a garrafa, bebendo direto do gargalo. Dane-se.

Pensei que ela não sobreviveria. Tudo aconteceu tão rápido que  não pensei quando saltei do meu carro e a puxei pra fora do dela, poucos segundos antes do carro explodir com Pedro ainda dentro. Nós fomos atingidos pela explosão e como Amélia já possuía algumas escoriações teve ainda mais danos, como uma queimadura de terceiro grau na coxa esquerda e traumatismo craniano.

E por mais que meu racional condene esse sentimento, toda vez que fecho os olhos e consigo me livrar dos pesadelos, a voz dela vem como o sopro e me tortura ainda mais. E sem perceber Amélia Leal tornou-se o meu tudo, fazendo o resto perder o sentido. Eu não me importo se Augusto foi preso e declarou seus crimes. Tudo o que consigo pensar é nas últimas palavras que ela me disse antes de fechar os olhos.

“Quem é você?”

Antes do horário de visita estou no hospital, batucando com os dedos o balcão da recepção e tentando convencer a recepcionista de me deixar entrar. Quando ganho a permissão, passo meia hora plantado na porta do quarto dela esperando a coragem chegar.

— Será que você lembra de mim? — É a mina primeira pergunta. Tento controlar meu impulso de tocá-la, mas falho miseravelmente e acaricio seu cabelo, embora, eu possa me defender argumentando que ninguém me preparou para lidar com uma Amélia de cabelos longos e naturais. Me sinto estranho, nervoso por estar ao seu lado após tanto tempo de espera. Vê-la desse jeito me lembrou da época onde ela era só uma garota inocente, retraída e sem muito filtro. Aquela garota me fez calar à boca com apenas um olhar, mas se tremia toda vez que eu ameaça chegar cinco passos de distância. Amélia Leal era uma garotinha assustada que sabia como assustar também. Fiquei intrigado e preso no mistério dos seus olhos, apesar de não haver nenhum tipo de pensamento maldoso beirando na minha mente naquela época, eu sabia que Amélia não era só a irmã mais nova da minha mulher.

Ela era mais.

Sempre foi mais.

Afasto uma mecha de seu cabelo para atrás de sua orelha e ela se mexe, me fazendo recuar com a mão.

—Eu nunca poderia esquecer, não por completo pelo menos.—Sua voz me pega de surpresa e dou um salto da cadeira.

— Eu ... Desculpe. — Me atrapalho, perdido se devo ou não sair do quarto e chamar a enfermeira. — Você está bem? — Questiono e ela solta uma risadinha baixa.

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