INTENSO DESEJO romance Capítulo 9

Não aceitarei ser escorraçada de sua vida novamente, isso não é justo. Eu o levei ao limite e assumo total responsabilidade quanto a isso, mas ele não fez nada menos do que pedir por mais e mais.

Estou trancada no meu quarto desde que ele me mandou pra cá, para bem longe dele. Para minha própria segurança, eu entendi o que ele quis dizer, deduzi seu olhar muito antes de suas palavras chegarem aos meus ouvidos e nada me deixou mais entregue.

Essa sensação só cresceu em meu peito nas últimas semanas, estive lendo atrás de respostas por todo esse tempo.

Desejo.

Tesão.

Carência.

Eram explicações que tinham um começo diferente, mas sempre o mesmo conteúdo no final. Eu não sou ingênua e sei o que essas palavras significam e o que tenho que fazer para amenizar a sensação de ansiedade no qual meu corpo se encontra. Preciso dele, no entanto por enquanto posso resolver por mim mesma.

Talvez, as sensações que me cercam não sejam, realmente, nada saudáveis e eu devesse procurar por ajuda e encontrar algum psicólogo, deve haver uma explicação para tudo isso. Quem sabe tio Enzo e eu possamos voltar a ser como antes, embora acredite que já seja tarde demais para voltar a normalidade de antes. Eu nem quero voltar atrás para ser sincera, talvez o fizesse se ele pedisse, mas só se fosse o que ele quisesse de verdade.

A culpa o corrói. Enxergo isso, mas ela nunca me incomodou.

O medo de perdê-lo é maior. O nosso tudo. Ele e eu.

Por isso, paro de frente a porta do meu quarto e espero que algo me atinja e impeça minhas próximas ações, que sorrateiramente a alusão do desejo seja levado embora e evapore como fumaça. Fecho meus olhos e conto de um até cinquenta, depois vinte e até o dez. Nada, apenas mais anseio em meu peito.

Destravo a porta e sigo pelo corredor indo direto para seu quarto, ouço o barulho do chuveiro e deduzo que ele está em um banho nesse momento. Foco minha atenção em sua cama e respiro fundo, tomando coragem para o que pretendo fazer.

Retiro o short e me encaminho para o meio da grande cama, mantenho a blusa bege composta por algodão que cobre gentilmente o sutiã rosa claro. Encontro seu travesseiro favorito e o monto, minha calcinha fina não impede que minha parte íntima molhe o travesseiro e saber que ele terá meu cheiro em algo seu me deixa mais excitada. Rebolo sem pudor buscando alívio, não me importo se meus gemidos chegarem até ele, torço por isso.

Eu gemo, gemo, gemo seu nome.

Lorenzo.

Lorenzo.

Tio Enzo.

Sinto como se fosse explodir de ansiedade. Anseio por seus olhos em mim.

–– Que merda você acha que está fazendo? –– Paro de rebolar, encaro sua expressão dura e coberta de indignação, meu coração dispara em uma corrida desenfreada, cravo minhas unhas na pele nua de minhas coxas e busco coragem para encará-lo. Ele está furioso e me sinto pequena, totalmente acuada com seu olhar intenso. Minha parte íntima lateja sobre seu olhar acusador, a culpa está caindo sobre mim, mas eu não sinto nada além da adrenalina e desejo.

Volto a rebolar, dessa vez em lentidão. Saboreando toda atenção que ele está me dando.

Seu olhar incrédulo me diz o quanto aquilo está o deixando louco e sem ação, sua boca abre e fecha e nada sai de lá. Mordo meu lábio inferior e aperto minhas pernas contra o travesseiro, trazendo para mais perto do meu pequeno ponto de prazer e ele parece não acreditar no que ver.

Suas mãos se movem entre a cintura, os fios do cabelo e finalmente se cruzam em seu peito. Mantendo a postura rígida ele parece finalmente saber o que fazer.

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