Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 38

CAPÍTULO 38

Na Minha Casa

Narrado por Brian

Não sei o que fazer, mas vou descobrir.

Saio de casa da Alyson, já de manhã.

Tento que ninguém me veja e acho que o consigo fazer com sucesso.

Subo ao meu quarto, tomo um bom e demorado banho, e preparo-me para ir trabalhar.

Tenho montes de mensagens e chamadas da Sabrina.

Já no carro, ligo o alta voz e ligo para ela.

— Finalmente que te lembras-te que tens namorada Brian! — ela atende, logo a mandar farpas.

— Bom dia Sabrina.— digo irônico.

— Bom dia só se for para ti. Mas afinal o que aconteceu, que não me dizes nada desde ontem da parte da tarde? Ficaste de me ligar à noite e nada.

Não me lembrei mais, que lhe tinha dito que lhe ligava.

— Cheguei cansado a casa e fui me deitar Sabrina, tinha o telemóvel no silêncio. É preciso tanto estresse?

— Eu espero que tu não me andes a enganar Brian.

— Ai por favor, Sabrina, deixa de ser paranóica. — digo aborrecido — Vou desligar, estou a chegar ao escritório.

Nos despedimos e ligo logo de seguida para a Alyson.

— Oi Brian. — ela fala mal atende.

— Olá Alyson, como estás, desde à pouco. — falo sorrindo.

— Estou bem, muito bem. — ela ri — Estou a sair de casa, para ir para o curso.

— Ah, ok. Olha, estou aqui a pensar se não vais querer estar comigo de novo, logo à noite. — pergunto, esperançado que ela aceite.

— Quero, vai ter à minha casa à noitinha.

— Espero ansioso por logo à noite. — falo todo contente — Até logo então.

— Até logo Brian.

Saio do meu carro e vejo o Aaron a sair do dele.

Aceno e ele vem na minha direção.

— Bom dia amigo, como estás?

Conto a ele o que se passou na noite passada.

— Safados vocês os dois. — ele fala me dando uma palmada nas costas — E a mala da Sabrina? O que vais fazer com ela?

— Ainda não sei o que fazer, mas agora não quero pensar nisso.

Ele assente e subimos para o escritório.

Prefiro que Seja Eu a Sofrer

Narrado por Alyson

Tudo vai passar, um dia vai.

A noite com o Brian, foi simplesmente maravilhosa.

Eu tinha muitas saudades de viver assim de novo uma tesão, mas uma tesão saudável, não forçada.

Felizmente não sei o que é transar forçada, mas com o aproximar da minha data de ir embora e ser de novo leiloada, não sei quem me vai comprar de seguida.

Eu sei, vocês podem pensar, ah Alyson, tu és uma trouxa, tens carro, dinheiro de parte, porque não foges? Ninguém te está a prender, todos te deixam à vontade.

Seria fácil assim se não fosse aquele contrato maldito, que diz, que se o meu dono atual não me levar no dia marcado para ser de novo leiloada, alguém os mata a todos, e é claro que tudo isso pode ser um bluff daquele ordinário do meu pai, mas, e se não for? Condenaria todos aqui, que tão bem me receberam e me têm feito bem.

Nunca conseguiria viver comigo mesma se fugisse, porque sei que estaria a assinar a sentença de morte de todos aqui na fazenda.

Não, prefiro que seja eu a sofrer.

Ninguém merece sofrer por minha causa, muito menos pessoas tão boas como todos aqui.

Não sinto nenhum tipo de remorsos por ter me envolvido com o Brian esta noite, porque aquela metidinha da namorada dele, não merece que eu tenha nenhum tipo de consideração por ela.

Eu não tenho muita alternativa e vou contar, ele pode não saber os pormenores íntimos, mas sabe que algo se passa entre mim e a Alyson.

Eu paro perto do lago, desmonto o Caçador e o meu pai faz o mesmo com o Feroz, deixando os cavalos beber um pouco de água.

— Pai, eu e a Alyson andamos sim envolvidos, aconteceu há mais ou menos uns dois meses. — eu lhe digo por fim.

Ele finta o seu olhar na minha direção.

— Então e a Sabrina? Tu andas com as duas Brian? — ele pergunta perplexo.

— As coisas não são bem assim, pai. — tento me desculpar — Eu pensei em acabar a minha relação com a Sabrina, mas a Alyson achou por bem eu não o fazer.

— O quê? Mas porquê?

— Porque a Alyson sabe que em Outubro vai embora, sabemos bem que aquilo que nós temos, vai acabar em Outubro e depois disso, o mais provável é não nos voltarmos a ver. O que a Alyson me disse, foi, que se depois de ela já cá não estar eu quiser acabar com a Sabrina, aí já é uma decisão minha. Que já não tem nada a ver com ela.

— Mas assim tu andas a trair a Sabrina!

— Ando, mas acho que não sou o único. — falo, o que já ando a desconfiar à algum tempo.

— E porque dizes isso?

— Eu desconfio que a Sabrina anda com outro também.— acabo por dizer.

Pierce abre os braços surpreendido.

— Não entendo vocês, mas onde andam com a cabeça? Todos se traem uns aos outros assim? Como se fosse a coisa mais natural do mundo?

Eu abaixo o meu olhar para o chão e não digo nada.

— Tu gostas da Alyson? — ele pergunta um pouco depois.

— Gosto pai, gosto demais.

O meu pai passa a mão pelo cabelo.

— Filho, tu sabes que isso vai ser um problema, a Alyson tem que voltar a ser leiloada em Outubro, tu sabes disso! Ela sabe disso. Óbvio que eu não queria ser obrigado a levar a Alyson para essa merda de leilão, mas não posso fugir disso. É a nossa vida que está em jogo, em toda esta história.

— Eu sei pai, ela também sabe, todos nós sabemos. — falo triste. — Não há nada que se possa fazer para mudar isso pai? — pergunto com uma réstia de esperança.

— Não meu filho, não há nada que se possa fazer. Existe um contrato assinado e tem que ser cumprido. Se não for cumprido, iremos sofrer perdas irreparáveis.