Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 42

CAPÍTULO 42

Preciso Dar um Basta

Narrado por Brian

Para tudo na vida existe um novo dia, um novo sol, um novo luar.

Apesar de ter pena do que aconteceu à Sabrina, isso não quer dizer que o meu sentimento por ela voltou, claro que não.

Eu estou irremediavelmente apaixonado pela Alyson e não sei o que fazer, porque não a quero perder, mas faltam apenas quatro meses para o seu aniversário, e eu começo a desesperar com a ideia de a perder.

Sabrina voltou há duas semanas e esteve uns dias na casa do pai dela, mas voltou entretanto para o seu apartamento.

Me pediu para eu ir morar com ela, porque não queria estar sozinha, que tinha medo.

Só pode estar maluca, óbvio que eu disse logo que não, nem pensar.

Falou no casamento e disse que quer casar rapidamente, eu disse que não era a altura certa para casamentos, ela ficou danada, mas nada disse.

Não tivemos nenhuma intimidade depois que ela voltou de Milão, eu arranjo sempre uma desculpa mirabolante, mas começo a deixar de ter ideias e ela me cobra a toda a hora.

Estou farto desta situação.

Ando pelo jardim com as mãos nos bolsos, e percebo que o carro dela está ali estacionado à porta.

Ai que merda, ela está aqui a fazer o quê? Já nem posso estar sossegado na minha própria casa, nos meus dias de descanso.

Vejo ela lá ao fundo, a andar em passo apressado. Estranho, porque não sei o que ela vai fazer para as cavalariças, ela não gosta de cavalos, aliás, ela não gosta da vida no campo. Ela é uma mulher da cidade.

Apresso o meu passo e quando estou perto, percebo uma discussão, depois de tentar perceber o que se passa, percebo que é a Sabrina e a Alyson que estão a discutir.

— Mas quem tu pensas que és para me falares nesse tom? Eu não sou tua empregada.

— Ainda, minha cara, ainda não és minha empregada, mas quando eu casar com o Brian, aí sim, tu vais ser minha empregada e vou logo te avisando que vou te escorraçar daqui. Vai lá para onde tu vieste e onde o Pierce te foi buscar. Tu queres o meu namorado mas eu não vou permitir que tu me tires ele de mim.

Percebo que alguma delas deu um tapa na outra, entro e vejo elas as duas embrulhadas as duas à pancada. .

Coloco-me de imediato no meio delas as duas, tentando separar estas doidas varridas.

— Mas vocês são malucas?

— Foi ela que começou amor, — aponta para a Alyson — ela é uma víbora disfarçada, será que tu não percebes? Ninguém percebe?

— O que eu percebo, é que tu vieste aqui arranjar confusão, Sabrina.

— EU AMOR? — ela coloca uma mão no seu peito se fazendo de ofendida — Ela me bateu, me deu um tapa bem aqui no meu rosto. — ela aponta para a sua bochecha, que está vermelha.

Alyson defende-se também.

— Ela me ofendeu Brian, eu não tenho sangue de barata não, dei sim um tapa nas fuças dela e dou mais, se ela não parar de me tratar como se eu fosse um monte de merda. — ela diz, ofendida.

— MAS ÉS UMA MENTIROSA!

— CALEM-SE AS DUAS, JÁ. — ordeno já bastante irritado.

Respiro fundo.

Santa pachorra.

— Sabrina, eu ouvi o que tu disseste à Alyson, não te faças de Santa, porque de Santa, tu não tens nada. Eu não quero que tu venhas para aqui, maltratar seja quem for aqui dentro. Nós aqui somos todos família, por ISSO, eu quero que tu respeites todo o mundo aqui. E outra coisa, tu não vais escorraçar ninguém, quem manda aqui ainda é o meu pai, por isso não digas parvoíces maiores que a tua boca.

— Porque tu a defendes tanto Brian? — ela me acusa — Tu não vês que ela está a acabar com tudo o que nós dois construímos! O nosso amor, o nosso companheirismo, tudo amor. — ela choraminga.

— Ai Sabrina, por favor, nós já não temos nada disso há muito, muito tempo e não tem nada a ver com a Alyson.

— Tu vais discutir a nossa relação em frente à criadagem?

Ela olha para a Alyson.

— Eu não tenho nada a esconder de ninguém Sabrina, por favor, só não vê quem não quer, a nossa relação está a ir pelo cano e não tem nada a ver com outras pessoas, tem a ver connosco mesmo.

Ela abre a boca e fecha várias vezes para falar, mas não sai nada da boca dela.

— Eu não vou discutir o estado da nossa relação aqui e muito menos na frente dessa piranha aí, que não é mais do que uma destruidora de lares. Quando te acalmares, falamos amor.

Ela sai apressada.

— Mas que louca essa tua namorada, ela é maligna.

Respeito fundo, chateado, frustrado.

— Eu tenho que dar um basta na minha relação com ela, Aly. Eu não aguento mais esta situação

Alyson acaricia o meu rosto.

— E depois? O que fazes quando eu for embora? Voltas para ela? Mais vale não acabares agora, Brian, já falta pouco para eu ir embora.

— Eu não vou voltar para ela, eu já não sinto nada por ela.

— E quando precisares de carinho, quem te vai dar.

— Ela não, com toda a certeza, e eu só preciso e necessito de um carinho. O teu.

Tudo Arruinado

Narrado por Sabrina

Agora, sou apenas um bocado de confusão e desespero.

Hoje é um novo dia e estou pronta para reconquistar o Brian.

Aquela putinha de meia tigela, pensa o quê? Que me vai tirar o namorado?

Vai sonhando sua prostituta de beira de estrada.

Levanto-me, tomo o meu banho e desço para tomar o meu pequeno almoço, em paz e sossego.

Vejo que falta aqui na mesa as minhas barras de cereais.

— Oh sua imprestável! — falo para a empregada que está ali perto — Onde estão as minhas barras de cereais??

Ela olha para a mesa, claramente à procura das benditas barras.

— Desculpe, vou já buscar, Senhorita.

Ela aparece quase de imediato com as barras na mão.

— Peço mil desculpas, Senhorita. — ela se desculpa de imediato.

— Eu não quero desculpas, quero as coisas feitas e bem feitas, ouviste? Que isto não se volte a repetir, porque para a próxima vais para o olho da rua na hora. — a aviso.

— Sim, Senhorita. Não volta a acontecer. — ela fala quase a chorar.

— Ai queres saber? És uma imprestável mesmo e ainda por cima chorona, sai da minha casa, estás despedida.

Ela olha para mim em pânico.

— Senhorita, por favor, eu preciso deste emprego, para ajudar a minha mãe que está doente. — ela diz em prantos.

— E o que eu tenho a ver com isso? Por acaso sou a Madre Teresa de Calcutá? — falo a gozando — Sai, sai da minha casa para fora, não quero ver mais essas tuas fuças de anta.

A enxuto com ambas as minhas mãos.

Ela sai finalmente do meu campo de visão a chorar feita uma parva.

Tem a mãe doente, e o que me interessa essa merda? Não sou médica, estou a cagar para ela e a merda da mãe dela.

Estou farta destas pobretanas sem eira nem beira, afff.

O meu telemóvel toca e vejo que é a minha agente.

Sorrio, com toda a certeza é para me informar de mais um desfile importante.

— Oi Michelle. — a cumprimento toda simpática ao atender a chamada.

Mas a voz dela, está tudo menos simpática.

— Sabrina, tu já viste as notícias hoje? — ela pergunta ríspida.

Eu estranho a sua atitude, ela sempre foi tão amável comigo

— Ãhh, não. Mas porquê? Aconteceu alguma coisa? — pergunto um pouco a medo.

— Sabrina, a tua carreira e a tua vida, estão arruinadas depois destas notícias. — ela diz histérica.

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