Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 41

CAPÍTULO 41

Vai Perder Tudo

Narrado por Michel

O mal que me fizeram a sorrir, vão colher a chorar.

Começo a perceber o quanto eu fui enganado pela Sabrina.

Como ela foi capaz de me iludir, não me considero um iludido com as mulheres.

Já tive alguns relacionamentos, mas nada de muito sério, mas quando conheci a Sabrina, ela mexeu com todo o meu íntimo e quando percebi, já estava demasiado envolvido na sua teia, sim, porque ela parece aquelas aranhas assassinas que encontram outras aranhas, que são suas únicas presas, rastreando as linhas de seda que elas deixam para trás. Elas são também conhecidas por puxar a teia da aranha para se aproximar.

Foi exatamente isso que a Sabrina me fez, puxou a sua teia de sedução e me envolveu nela, sem dó nem piedade.

Não se importando com os meus sentimentos, isto foi apenas um jogo de sedução e um passatempo para ela.

Mas eu apaixonei-me, sou mesmo um trouxa.

Ela, com a sua altivez de merda disse com toda a segurança que estava tudo acabado.

Pois bem, nem sabe ela o que a espera, vou atacá-la por todos os lados.

Ela não brincou comigo??

Então agora vou fazer ela perder a sua reputação, o seu emprego, o seu namorado, todos vão saber quem ela realmente é, a modelo de renome internacional, vai acabar por desfilar na favela, que é onde ela merece estar, depois do que eu tenho preparado para ela, duvido que alguém a contrate para os desfiles internacionais e muito menos que ela volte a abrir uma passerelle.

Ela não vai ser minha, mas também não vai ficar com o namorado dela, até vou fazer um favor àquele otário, em tirar aquela biscate ordinária da vida dele.

Depois de ter me passado da cabeça e lhe ter apertado o pescoço, tive um momento de lucidez e a larguei, mas a minha vontade era socar a cara dela até a desfigurar, mas não, tenho um plano bem melhor.

Cuspi nela e a empurrei, ela bateu com a cabeça no passeio e eu me assustei, e se eu a matei?

Roubo a bolsa dela, para parecer que foi um assalto e assim também fico com o que eu quero, o seu telemóvel, para tirar os números que me vão dar jeito.

Soube depois que ela estava no hospital. Vou esperar que ela volte lá para a casa dela para a Suíça e vou deixar passar uns dias.

Mas depois disso!

Ah Sabrina, se tu soubesses o que vai cair na tua vida, tu fugias e era já.

Puta maldita.

Vou foder com a tua vida, como tu fodeste com o meu psicológico.

Acabei por Ganhar

Narrado por Sabrina

Depois de ganhar tudo, vou-me rir de todos.

Acordei numa cama de hospital.

Parece que alguém me viu ali no chão desmaiada e chamou uma ambulância.

A polícia veio falar comigo, mas eu disse que não me lembrava de nada.

Eles disseram que eu fui assaltada, mas que o assaltante tinha me apertado o pescoço, visto que eu tinha marcas.

Mas eu só falei que lembro-me apenas de alguém me puxar, mas não me lembro de mais nada.

Só quero voltar para casa e esquecer tudo isto, e vou manter-me afastada do Michel, ele é perigoso e eu não quero estar mais perto dele. Vou recusar todos os desfiles, onde sei que ele também lá estará, para não haver ideias da parte dele, eu não quero mais olhar para a cara daquele psicopata.

Tremo, só de pensar no que ele me podia ter feito, ele podia até ter me matado.

Santo Deus, que loucura.

Não entendo porque ele roubou a minha bolsa, ou terá sido outra pessoa que a roubou? Não sei, eu desmaiei, sabe se lá o que poderiam fazer comigo quando eu estava desacordada.

Chego em casa do meu pai, ele ordenou que eu viesse para aqui, sim, ordenou, porque ele falou logo que não ia receber um não como resposta e que se eu não obedecesse, ele próprio me ia buscar na minha casa.

Concordei, pois não quero discutir.

Já tenho o meu quarto pronto e vou de imediato me deitar.

Mas o meu sossego é interrompido por batidas na porta.

— O que é! — falo irritada

A empregada entra, cujo nome eu nem sei, e também não me interessa, ela está aqui para me servir, não para socializar.

— Senhorita, tem uma visita.

Eu bufo.

— Mas que porra, mal cheguei e já tenho alguém a chatear-me a paciência. — falo chateada — E quem é a pessoa? Fala logo, anta. — digo ríspida.

Lerda.

— O Senhor Brian. — ela fala por fim.

— Ohh, então estás à espera do quê para o mandares subir, molenga?

— É para já Senhorita.

Ela sai e eu me ajeito na cama, me colocando meia sentada.

Batem na porta de novo.

Eu coloco a minha cara de sofrimento e de choro e finjo estar com dores.

— Entrar. — falo como se tivesse com muita dificuldade em falar.

Brian entra no quarto e vem na minha direção, com ar preocupado.

— Sabrina, como tu estás?

— Mal, meu amor, muito mal mesmo. Fui assaltada e maltratada e me deixaram para morrer no meio da rua. — começo a chorar, ele se senta ao meu lado na cama e me abraça.

Choro no seu ombro, mas sorrio disfarçadamente.

O Brian está no papo, agora é que ele não me vai deixar mesmo.

Acabei por sair a ganhar desta história toda.

Sinto-me triunfante.

Uma História Favorável

Narrado por Pierce

Não é preciso vingança, as pessoas de coração ruim, sempre se autodestroem.

—Caríssimo Pierce, que bom vê-lo.

Estou a almoçar num restaurante em Berna, estou sozinho aqui descansado a almoçar, quando vejo o Doutor Smith.

— Doutor Smith, não o fazia aqui em Berna, o que faz aqui? — pergunto curioso.

O Doutor Smith é um advogado angolano, um bom homem, e é muito profissional no seu ramo de trabalho. Eu acho que ele nunca perdeu uma causa sequer.

Os seus clientes são pessoas de poder, de muito poder.

— Estou aqui porque tive que vir a um julgamento, do deputado, não sei se está a par, o James Davis.

— Oh sim, já li qualquer coisa a respeito.

Acabo por o convidar a se sentar comigo e ficamos ali na conversa, até que no meio da nossa cavaqueira, ele me diz algo muito útil.

— O Jack Hambleton também está metido em apuros.

O meu sinal de alarme dispara por todo o lado.

— O Jack Hambleton? Então porquê? — tento saber algo que talvez me ajude.

— Parece que houve um problema com uma coleção de jóias, raríssimas e de muito valor, foram roubadas e o Jack perdeu milhares e milhares de euros e por arrasto, perdeu também clientes muito abastados que se sentiram inseguros.

— Que pouca sorte! Então e agora? O negócio das jóias normalizou?

— Que nada, ele está à beira da falência, agora só mesmo um milagre para o tirar daquela situação.

Sinceramente, não tenho pena dele.

O que ele fez à própria filha, não se faz, ele agora está a pagar pela maldade dele.

Mas… acho que esta história ainda vai ser favorável para nós, só preciso de pensar bem nela.

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