Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 54

CAPÍTULO 54

O Pedido

Narrado por Anna

O meu lugar favorito é dentro dos teus braços.

Cássio está aqui na minha frente à espera da minha resposta.

— Não vais falar nada, Anna? — ele me pergunta, ansioso que eu lhe dê uma resposta.

— Eu, não sei o que dizer. — falo ainda abismada com a pergunta dele.

— Não é uma resposta muito difícil, Anna, ou sim ou não.

— Eu sei, mas, só não estava à espera que me fizesses essa pergunta.

— Acho que era evidente que faria, sua doida.

Ele ri, com aquele sorriso que me fascina.

— Anna, saímos juntos há mais de um mês, temos estado a maior parte das vezes juntos. Eu gostei de ti desde que nos envolvemos e com o tempo me apaixonei por ti, tu sabes isso. O certo a fazer é pedir-te em namoro, como acabei de fazer. — ele me olha assustado — A não ser que…

Encurto o meu olhar para ele.

— A não ser o quê?

— Céus. — ele fala em pânico — Tu não estás apaixonada por mim, não é? Por isso tu estás tão indecisa com a resposta a dar, porque não me queres magoar. É isso, não é Anna?

Faço uma careta.

— Não, não é nada disso Cássio, eu apenas pensei que tu me consideravas apenas uma aventura, é só isso, não tem nada a ver de não estar apaixonada por ti.

Ele se alegra.

— Então isso quer dizer, que estás apaixonada por mim? — ele fala esperançado.

Eu o abraço pelo pescoço.

— Sim seu tonto, estou muito apaixonada por ti e por isso a minha resposta à tua pergunta, só pode ser uma não é?

— E qual é! Quero ouvir desta tua boca linda. — ele passa os seus dedos pelos meus lábios.

— Claro que aceito namorar contigo.

"Ao longe, alguém os observa.

—Hum, aproveitem enquanto podem, porque eu vou acabar com essa merda bem rápido, me aguardem.

O sorriso maquiavélico que brota da sua boca é de ter medo."

Satisfeito

Narrado por Liam

A casualidade não existe no destino.

— Mas tu estás em que planeta?

A voz do meu amigo David, me sobressalta.

— O que disseste? — pergunto distraído.

— Caramba Liam, estou aqui farto de papaguear e tenho a certeza que não ouviste porra nenhuma do que eu disse.

— Desculpa David, realmente estou distraído hoje. — me desculpo, bebericando a minha bebida.

— Se eu não te conhecesse, até dizia que estás apaixonado. — ele fala, pousando os talheres no prato.

Olho para ele.

— Apaixonado ainda não sei, mas que ela está a mexer comigo loucamente, ah isso está.

— A April? — ele pergunta, limpando a boca no guardanapo.

David é meu amigo desde que tínhamos 16 anos, éramos da mesma turma e ficámos logo amigos.

Ele é advogado e dos bons.

Ele sabe o que se passa entre mim e a April.

— Passei a noite com ela, David.

— Sério? Então é por isso que estás no mundo da lua?

— Ela era virgem, amigo. — falo nervoso.

Ele me olha espantado.

— Agora fodeu. — ele fala sério.

— Porquê?

— Tu sabes bem, que quando uma garota dá a virgindade dela assim, sem estar bêbada é porque o cara é bem especial para ela.

Fico pensativo.

— Então eu sou especial para ela.

— Eu diria que és especial demais, Liam.

Sorrio satisfeito.

— Amigo, não vais fazer a garota sofrer, pois não? Se não estás interessado nela, não prolongues as coisas. — ele me adverte.

— E porque achas que eu não estou interessado?

— Porque tu sempre tiveste garotas casuais, sem importância nenhuma, apenas para foderes e a seguir não as querias mais.

— Eu sei David, mas não sei explicar porquê, mas a April é diferente, especial e me faz sentir coisas que nunca senti.

David me olha perplexo.

— Nunca pensei viver para ouvir uma coisa dessas da tua boca.

Ele ri debochado.

— Tu és muito palhaço.

Depois de rir ele pergunta.

— Então e agora? Vais casar e ter filhos? — e volta a rir feito anta.

— Vai te foder maluco. Eu hein, vou lá agora casar!

Narrado por April

"Quando é especial, nunca esquecemos"

Liam passou a noite na minha casa, na minha cama, nos meus braços.

A minha primeira vez foi muito especial.

Liam soube cuidar muito bem de mim, me tratou como uma flor, foi tão carinhoso, tão preocupado comigo, que eu, nem nos meus melhores sonhos, imaginei que a minha virgindade fosse tirada de uma forma tão plena, tão prazerosa, tão especial .

Óbvio que doeu, mas nada que não se suportasse, foi tão bom que gozei várias vezes.

As suas mãos, os seus dedos, a sua boca, foram uma das melhores maravilhas que já experimentei.

Ele saiu de manhã bem cedo, ainda tinha que ir a casa, tomar banho e mudar de roupa para depois ir para o trabalho.

Se despediu de mim com um beijo bem gostoso, me deixando com vontade que ele se voltasse a deitar e me preenchesse de novo por completo.

Não demonstrei a minha excitação e ele foi embora.

Hoje não vi o Gael, e nem sei como o vou encarar agora.

Depois de o deixar no jardim visivelmente excitado, e depois de tudo o que aconteceu entre mim e o Liam, como me vou sentir quando estiver com ele?

Claro que eu e o Liam não temos nada de sério, não somos namorados e nem eu quero namorar apenas porque ele me tirou a virgindade, nem pensar nisso.

Entro no carro no fim das aulas e o meu telemóvel toca, olho para o ecrã e vejo que é a minha amiga Anna.

Ela me conta que começou a namorar com o Cássio, o amigo e colega de quarto do Gael. Fico muito feliz por ela e a seguir conto o que se passou entre mim e o Liam. Ela dá um grito de surpresa e rimos feito duas doidas malucas.

— E o Gael? — Anna pergunta.

— Não sei, eu perdi a virgindade com o Liam, não sou sua propriedade por isso, não é? Deixa ver o que eu sinto quando estiver com o Gael, se ele continua a mexer comigo ou passou o encantamento.

QUATRO DIAS DEPOIS

Não Haverá Segredos

Narrado por April

No mistério do olhar, brilha com intensidade os desejos mais ocultos.

Já passaram quatro dias desde que estive com o Liam pela primeira vez, e perdi a virgindade. Depois disso, estivemos mais duas vezes juntos e posso dizer que cada vez mais, sinto um prazer colossal.

Falamos sobre nós dois, sobre uma suposta relação.

— Liam, eu não quero assumir nada e nem quero que te sintas obrigado a assumir seja o que for comigo, porque me tiraste a virgindade. Não vivemos no século passado, por favor. Somos pessoas modernas.

— Eu sei, se assumirmos algo é porque queremos e não por obrigação.

— Claro, mas eu não vejo o porquê de assumirmos seja o que for. Eu sou uma mulher prática e adoro estar contigo, mas acho que não devemos apressar as coisas. Vamos deixar andar, o que achas?

Ele sorri.

— Gosto da tua maneira de pensar, outra garota já estava grudada em mim feito uma lapa.

Eu dou uma gargalhada.

— Deus me livre.

— Eu gostava que não houvesse segredos entre nós, pode ser?

O encaro com um sorriso no rosto.

— Como assim?

— Sei lá, se te interessares por outro, ou houver alguém.

Penso um pouco sobre o que ele acaba de falar.

Será o destino a me dar alguma dica pela boca dele?

— Ok, o mesmo te peço a ti.

Fica combinado então.

Não haverá segredos.

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